Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng27.htm
As condições pertinentes
à segunda casa da roda da Carta focalizam muito daquilo que o astrólogo, em seu
trabalho é chamado a interpretar. Uma vez que cada fase do horóscopo tem seu
princípio particular, sugere-se que ampliemos nosso conceito da segunda casa para
além da abordagem tradicional que a vê como dinheiro e posses.
Em
primeiro lugar para colocar a segunda casa no esquema das coisas, consideremos
um mandala feito do seguinte modo. Uma roda com casas: coloque os símbolos de
Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem nas seis primeiras cúspides; trace
uma linha reta da cúspide da primeira à cúspide da quinta; trace outra linha da
cúspide da quinta à cúspide da sétima. O setor das quatro primeiras casas
corresponde ao 1º Grau da escola primária que todos nós cursamos na infância
como base para nossa experiência educacional. O setor adicional da quinta e
sexta casas poder-se-ia considerar correspondente à nossa educação colegial no
2º Grau, iniciada como é pelo impulso vital da quinta casa. O condicionamento
interno indicado por estas seis primeiras casas encontra sua expressão no
hemisfério superior, iniciado pela sétima casa, a casa da consciência de
parceria; isto é análogo à experiência no mundo em que entramos após
completarmos nossa educação formal; pomos nosso conhecimento a funcionar. O
composto destas seis casas é o que trazemos a toda experiência da maturidade
para regenerar e aperfeiçoar, assim como trazemos para as nossas experiências
da maturidade como adultos todo o treinamento, condicionamento e cursos que
fizemos em nossos anos de crescimento. As expressões não espiritualizadas das
seis casas – particularmente das quatro primeiras – indicam a raiz quadrada
essencial de todos os nossos problemas.
Quando
consideramos que a consciência humana primitiva expressa a quinta casa como
expressão instintiva – como um recurso da quarta casa – ao invés de
criatividade consciente, não é de admirar que a humanidade tenda a funcionar
amplamente na consciência das cinco primeiras casas. Para a maioria das
pessoas, até a sexta casa é uma expressão de sustento material ao invés de uma
expressão de contribuição impessoal em serviços. Há tanto da consciência de
relação humana primariamente arraigada na consciência de identidade da quarta
casa com a família e raça, que as decisões são tomadas em termos de sentimento
grupal ao invés de sê-lo pelos requerimentos de desenvolvimento pessoal e
desejo de expressar a consciência de integridade pessoal. Como a consciência
física é o reino no qual as pessoas tendem a viver, a segunda casa enfoca muito
de seus padrões de experiência e padrões de problemas, porque a segunda casa é
o símbolo essencial da consciência de sustento para toda a roda, concentrado
por seu significado no setor das quatro primeiras casas. As três primeiras
casas podem ser chamadas apropriadamente de quadrante da colheita –
representando os processos do plano interno pelos quais nós nos integramos com
a tríplice dimensão da manifestação física.
“Posse”
e “propriedade” são palavras que identificam a consciência da maioria das
pessoas com a expressão de sua segunda casa. Contudo, o princípio real da
segunda casa revela-se quando consideramos o ponto filosófico de que nós não
possuímos, nem somos proprietários de, nenhuma coisa física. A única coisa que
possuímos é a consciência. A qualidade dessa posse encontra-se em nossas
reações a qualquer fase da vida; a regeneração depende da nossa capacidade de
administrá-la. A vida da humanidade é uma coisa interna – a expressão material
é seu veículo. Portanto, aquilo que chamamos “desejos de possuir coisas” é a
maneira primitiva de dizer que desejamos experiências pelas quais possamos
exercitar nossa faculdade de administração das formas físicas e o progresso
proporcionado pela regeneração.
Uma
vez que cada fator encontrado na roda do horóscopo é uma coisa necessária na
vida da humanidade, não existe fator que seja “errado” ou “mau”. A segunda casa
– como um capítulo de experiência e um nível de consciência –, tanto quanto
qualquer outra casa é um símbolo do Espírito. Ela transmite essencialmente a
consciência emocional ou de desejo, pela qual a humanidade procura conseguir as
coisas necessárias ao seu sustento. Dizer “Eu Tenho” é uma extensão da
consciência da primeira casa, a consciência de “Eu Sou”. O impulso subjacente
do “Eu Sou” é sustentar a si próprio – é ser capaz de continuar dizendo “Eu
Sou” e perpetuar essa consciência no mundo da forma. Para algumas pessoas,
“meus filhos” ou “minha esposa” são ditos com o mesmo grau de consciência de posse
que dizem “meu dinheiro”. Ambas as frases implicam em auto-perpetuação e
auto-expressão.
A
essência de qualquer fator astrológico encontra-se na consideração do princípio
espiritual inerente ao fator. Como a segunda casa tem sua “espiritualidade”
particular, vamos considerar três mandalas abstraídos da Carta natural ou
arquetípica. (Esta é uma roda com os trinta graus de cada signo na casa
apropriada, começando com Áries na primeira cúspide; os regentes planetários
são relacionados às casas e signos de sua dignificação).
O
primeiro mandala será uma roda em branco, exceto para as cúspides das quatro
primeiras casas que formam o primeiro quadrante. Os símbolos de Áries, Touro e
Gêmeos são postos nas cúspides das três primeiras casas respectivamente. Nossas
frases-chaves serão:
Primeira
casa: Eu sou uma consciência individualizada;
Segunda
casa: Eu desejo sustentar minha consciência nas dimensões físicas;
Terceira
casa: Eu aprendo como tornar possível esse sustento.
Este
quadrante de “colheita” representa nossos processos de “fincar raízes” em
qualquer ciclo de evolução.
Vênus,
regente de Touro é regente abstrato da segunda casa, é o princípio da atração;
seu significado relativo à segunda casa é o impulso de atrair para nós próprios
os meios de sustento material ou o fluxo de abundância material. De nenhum
outro modo é mais evidente a afirmativa de que nós não fazemos dinheiro. Na
realidade fazemos algo em troca por dinheiro. Isto chama atenção para o
arqui-princípio da vibração Venusiana: equilíbrio através da troca. Visto como
uma expressão deste arqui-princípio, o dinheiro é troca material entre as
pessoas; não uma posse material; em outras palavras, é algo recebido como
retorno de algo feito. Neste ponto a essência do uso correto do dinheiro é o
cumprimento perfeito do acordo mútuo. O Mandamento “Não furtarás” foi dado como
uma regra de procedimento contra a tentação de violar-se a expressão material
de um princípio universal.
Para
ampliar nossa apreciação da segunda casa, vamos ligá-la agora à outra casa que
é regida abstratamente por Vênus através de Libra – a sétima casa.
O
mandala será: a roda de doze casas; os símbolos de Touro e Libra nas cúspides
da segunda e sétima casa, respectivamente. O símbolo de Vênus em ambas as casas;
sombreie levemente essas casas de modo que elas se destaquem das demais na
roda. Temos aqui o arquétipo do mandala de Vênus – o retrato abstrato do foco
de influência da deusa sobre a experiência de vida da humanidade. A segunda
casa ilustra o Princípio de Atração na consciência do homem para atrair
material para o sustento próprio; a sétima casa é a união de pessoas que se
complementam mutuamente. Em outras palavras, a Vida, nos processos de
relacionamento humano, alcança o equilíbrio através do intercâmbio amoroso
entre complementares.
Abstratamente,
a sétima casa identifica todos os pares de doadores e credores. O empregado dá
seu trabalho – o empregador dá o pagamento. A vida física do empregado é
sustentada pelo uso do dinheiro que recebe; a vida da empresa do empregador é
sustentada pelos esforços daqueles que trabalham para ele. Quando a mutualidade
do bem é mantida em tais relacionamentos, todas as pessoas envolvidas
beneficiam-se umas às outras através de trocas justas. Quando os princípios de
qualquer dos fatores são violados, os resultados são desarmonia e
desequilíbrio. Isto se evidencia em todos os planos – entre indivíduos, entre
dois grupos ou entre duas nações.
Devemos
ter em mente que o dinheiro – nosso símbolo de posse material – é na realidade
um “fluído” no sentido de que alguma forma de troca entre as pessoas acontece
em toda parte e a toda hora. É como o sangue circulando pelo corpo físico para
sustentar a vida física. Cessando ou congestionando-se a circulação de dinheiro
na vida econômica, observe os resultados. Serão evidentes em qualquer lugar.
A
circulação do sangue no corpo físico começa com “produção”; e o “retorno” é
feito quando o impulso inicial completa seu trabalho. A circulação do dinheiro
entre as pessoas começa, primeiramente, quando algo é feito para que ele seja
dado como pagamento. A humanidade, para funcionar com êxito financeiro, deve
aprender a ter boa vontade para apresentar o melhor rendimento possível na
qualidade do serviço a ser prestado. A sexta casa forma o primeiro aspecto de
trígono com a segunda casa, sendo que a sexta casa introduz a sétima, símbolo
do abstrato da experiência de relacionamento.
O
sucesso no ganho de dinheiro começa pela retidão mútua na consciência de troca
e na consciência de serviço. A deficiência ou obscuridade dessas consciências
garante eventualmente “problemas financeiros” na forma de remorso
subconsciente, perda de confiança própria, desconfiança dos outros (lembranças
de desonestidades passadas), avareza, e o tipo de extravagância que é toda
“produção” sem levar em conta o equilíbrio da troca. Estes quadros financeiros
negativos são resultados de ultrajes perpetrados no passado contra o Princípio
de Intercâmbio Mútuo e são manifestações de desamor ao próximo. Esses quadros atuam
como imãs para experiências negativas, perdas, limitações, e, até que sejam
regenerados pelo princípio, asseguram a experiência contínua de negativos
financeiros.
O
mandala de Vênus é a ilustração astrológica do dito: “o amor ao dinheiro é a
raiz de todos os males”. Não ao dinheiro em si; porque o dinheiro por si mesmo
não tem poder. Mas quando a consciência de uma pessoa está “enraizada” na
segunda casa sua consciência de amor está enraizada no apego às suas posses.
Portanto,
a alquimia do Amor na relação dele com outras pessoas são bloqueadas e com o
tempo, isto se congestiona a tal ponto que qualquer situação ou pessoa será
vista como uma ameaça aos seus bens. Sua ganância, desconfiança, avareza, medo,
etc., levam-no a criar imagens mentais muito deformadas das pessoas, e isto o
leva automaticamente a afastá-las cada vez mais de si. O mal cresce a tal ponto
que nossa consciência nos separa dos demais. Vemos, portanto que o dinheiro não
é apenas um meio de troca material, mas pelo modo como é usado, dá uma
indicação direta da consciência amorosa da pessoa.
A
pessoa pode gostar mais de possuir bens do que amar e respeitar as pessoas ou
em certos padrões de relação – pais, esposa, filhos, etc. – pode exercitar uma
bela consciência amorosa e nos negócios ter a consciência de um pirata; ou sua
consciência pode estar integrada na finalidade de manter equilibrado e
harmonioso o relacionamento com todas as pessoas. Podemos servir a Deus
exercendo o redentor poder do Amor ou servir a Mamon escravizando-nos a ilusão
de possuir as coisas. Enquanto esta ilusão dominar nossa consciência,
atrairemos experiências negativas e dolorosas.
Assim
que tenhamos uma atitude e um relacionamento correto com as pessoas como o
ponto focal da consciência, as correntes do poder do Amor iniciam um processo
alquímico que liberta da escravidão de “ser possuído pelas posses”. A despeito
do que qualquer outro faça cada ser humano deve, no devido tempo, dar-se conta
do valor espiritual do reto uso do dinheiro. Quando chega esse tempo, manifesta
a certeza de relacionamento correto entre as pessoas. A honestidade é um
florescimento do coração humano pelo qual a consciência é capaz de interpretar
as coisas da Vida pelo que elas são na realidade. As pessoas honestas veem as
coisas como elas são quanto ao princípio e como expressões dos princípios. As
pessoas verdadeiramente honestas, não precisam ser “legisladas” na ação honesta
por leis ou pela ameaça de castigo; elas funcionam na consciência da troca e do
respeito com outras pessoas de todas as maneiras.
O
processo envolvido na leitura astrológica pode ser enunciado deste modo:
primeiro uma sólida compreensão do significado abstrato ou espiritual de cada
fator na Carta; e segundo a aplicação da compreensão abstrata aos pormenores da
Carta em consideração. Isto porque cada horóscopo humano é uma variação do
Horóscopo Arquetípico que é o Grande Símbolo Vibratório da entidade que
chamamos Humanidade. Este arquétipo é a roda de doze casas, com os símbolos dos
signos colocados nas cúspides, começando com o grau zero de Áries na primeira,
zero de Touro na segunda, e assim sucessivamente com os demais signos nas
casas. Completa-se o Arquétipo com a colocação dos estelares nas casas e signos
de suas dignificações. Cada fator é justamente tão importante quanto qualquer
outro, uma vez que todos são expressões de consciência na encarnação. Todos são
espirituais, todos são bons, e todos são necessários. Todo astrólogo deve
fundamentar-se nesta compreensão se deseja desenvolver a habilidade para receber
os potenciais espirituais delineados na Carta que estuda, assim como as causas
e propósitos a serem descobertos.
Desvendar
os segredos da segunda casa é um dos mais significativos serviços que o
astrólogo pode prestar porque a humanidade, em sua maior parte, vive
escravizada ao desejo de posses. A consciência de posse é o nível primitivo do
princípio da segunda casa; o princípio em si é a capacidade administrativa – a
responsabilidade do uso certo e das trocas justas. Quando um horóscopo é lido
do ponto de vista das posses, o fator acúmulo é enfatizado – ou pode ser
enfatizado – na mente do nativo. O astrólogo não deve descuidar-se da
oportunidade de alertar seu cliente para o princípio. É o conhecimento do
princípio que abre a consciência para as soluções e reorientações.
A
faculdade da segunda casa pode ser vista claramente ao considerar-se o seguinte
mandala: uma roda de doze casas; os símbolos de Áries, Touro, Gêmeos nas
cúspides da primeira, segunda e terceira casas respectivamente; uma linha reta
liga as cúspides da primeira e quarta casa, circunscrevendo assim as três
primeiras casas. A segunda casa transmite uma implicação emocional, o desejo de
sustentar a vida física. A terceira casa é mental, o processo de aprender como
efetuar esse sustento. Nós sustentamos a vida física mediante o uso das coisas
da Terra, não por nos apegarmos a elas. Em análise final, não podemos nos
apegar a qualquer coisa física, mas o uso que fazemos das coisas físicas –
inclusive o dinheiro – retrata nossa consciência de escravidão ao sentido de
posse ou a liberdade íntima para usar as coisas da terra com juízo e
inteligência.
A
leitura de qualquer Carta pode ser um assunto complicado. Classifiquemos os
fatores que podem pertencer aos padrões da segunda casa, considerando-os em
sequência. Esta classificação envolverá a criação de vários mandalas de luz
branca. Use somente as posições planetárias por signo e casa, não os números
dos graus; vamos tentar perceber o funcionamento do princípio através dos
padrões da segunda casa, e não queremos limitar nossa percepção pelo efeito
psicologicamente negativo de impressionar nossas mentes com os “maus” aspectos.
Primeiro
mandala: o símbolo do signo da segunda casa sobre a segunda cúspide; ponha o
símbolo de seu regente planetário em seu correspondente signo e casa. Este é o
“mandala essencial da segunda casa” de qualquer horóscopo; ele transmite pelo
signo na cúspide, a consciência da pessoa em relação ao dinheiro e às posses; a
posição do seu regente indica onde e em que capacidade esta consciência vai
achar sua mais completa realização do poder de atrair os meios terrenos através
do exercício da troca perfeita. Isto serve também para delinear o departamento
de experiência que focalizará o melhor da consciência financeira da pessoa e,
essencialmente, mostra até que ponto o nível espiritual de capacidade
administrativa é expresso ou pode ser expresso pela pessoa. Mostra também a
tendência da pessoa em expressar possessividade ou o uso da posse.
Segundo
mandala (ou grupo): um mandala para cada estelar na segunda casa e no signo da
segunda casa. Ponha os símbolos dos signos nas cúspides das casas regidas por
esses estelares. Tais estelares focalizam a consciência de posse muito mais
intensamente que qualquer outro padrão, pois o capítulo de experiência
sincroniza-se com o padrão da consciência. Este mandala enfatiza muito
fortemente as experiências financeiras; tais experiências podem incluir
finanças em propriedades, em investimentos; em suma, todo tipo de experiências
que sejam focalizações da consciência financeira. A regeneração das casas
regidas pelos estelares depende definitivamente da regeneração da consciência
de posse.
Terceiro
mandala: um mandala para cada estelar no signo da segunda casa, mas na primeira
casa. Esta é uma fase da consciência financeira em formação. O desenvolvimento
pessoal – ou desenvolvimento da personalidade – nesta encarnação é preparar experiência
financeira para o futuro. A habilidade financeira é vista mais como um ponto de
avaliação pessoal do que como a faculdade de aquisição por si mesma.
Quarto
mandala: estelares na segunda casa, mas no signo da terceira casa: a educação e
o desenvolvimento mental são focalizados através de experiências financeiras.
Disciplinas mentais vão ser encontradas em experiências relacionadas com o
ganhar dinheiro. Em tal padrão a abordagem tende a ser colorida pela qualidade
do desejo de obter e reter. Os terceiros e quarto mandalas são padrões de
repercussão, pois os estelares assim colocados estão em casas que precedem
aquela a que estão relacionados por signo. O quarto mandala nos informa que a
pessoa ainda não está – até certo ponto – puramente integrada na mentalização
abstrata ou impessoal; ela tende a “pensar em termos de seus desejos de posse e
avaliação financeira”.
Estes
quatro mandalas focalizam os padrões de experiência da segunda casa. O
desenvolvimento harmonioso deste fator em nossa experiência terrena fica
demonstrado a ser de enorme significância para o crescimento anímico quando
recordamos que a segunda casa é o primeiro passo na formação do Grande Trígono
do Elemento Terra. A base deste trígono é a horizontal que liga a cúspide da
segunda casa à cúspide da sexta casa; a implicação simbólica é que o Princípio
do Serviço Perfeito (uma fase da consciência impessoal) depende diretamente do
exercício justo da consciência monetária. O ápice do trígono de Terra é a
décima casa – a Sociedade e suas expressões aperfeiçoadas como uma entidade
universal. Os defeitos da segunda e da sexta casa asseguram defeitos na décima.
A frase “Capital (segunda casa) versus Trabalho (sexta casa)” é tão negativa
quanto qualquer coisa pode ser. Ela deve se tornar “Capital e Trabalho”,
funcionando juntos na troca perfeita entre todos os fatores para que o ápice de
qualquer sociedade ou civilização possa alcançar o melhor. A regência natural –
ou abstrata – da décima casa por Saturno e a exaltação deste em Libra – signo
regido por Vênus, e que também abstratamente rege a segunda casa – é algo sobre
o que todos nós podemos meditar. Ela ilustra o sentido essencial da palavra
civilização: “Relações civis entre todas as pessoas em seus procedimentos com
as coisas terrenas e em todas as trocas pertinentes a estas”.
Não
obstante o signo na segunda cúspide e os estelares envolvidos deve-se ter em
mente que Vênus é o símbolo arquetípico da segunda casa como um fator de
consciência espiritual. Neste ponto é apropriado dizer que os regentes naturais
ou abstratos, dos signos e casas condensam - ou concentram – o sentido
esotérico das casas como capítulos de nosso desenvolvimento. Por conseguinte,
nossa consideração sobre a leitura da segunda casa não pode ser completa sem
estudarmos as posições e padrões de Vênus; além disso, devemos intensificar
nossa consciência do significado de Vênus como o “Princípio do Equilíbrio”
(Harmonia e Equilíbrio) através das trocas.
Quinto
mandala – o mandala de Vênus: Touro na segunda cúspide, Libra na sétima
cúspide. Estude este mandala girando a roda de tal maneira que cada cúspide,
por sua vez, torne-se o Ascendente. Observe como os dois signos – formando o
aspecto de 150º - relacionam-se à roda como um todo nessas diferentes posições.
Touro e Libra compõem a “consciência do dinheiro” e a “consciência de relação”.
O princípio, conforme dito antes é “Equilíbrio através da mutualidade de dar e
receber” – o Princípio do Matrimônio. Medite sobre o mandala de Vênus de
qualquer Carta que lhe peçam para interpretar, do ponto de vista financeiro,
para chegar às raízes da consciência básica de troca do nativo. As posições de
Vênus por casa e signo – não importando seus aspectos – dar-lhe-ão um indício
sobre as razões esotéricas para a manifestação de falta ou insuficiência de
dinheiro. Os estelares que afligem Vênus devem ser regenerados se a raiz da
consciência de pobreza tiver de ser removida. As aflições a Vênus mostram
somente como a pessoa, em suas encarnações anteriores, expressaram
desequilíbrio e desarmonia em suas relações com outras pessoas. As condições
referentes à segunda casa são especialmente para esta encarnação, mas Vênus é o
símbolo arquetípico do relacionamento certo em todas as fases e em todos os
planos. Ajude o individuo a tornar-se mais cônscio da verdade deste princípio.
Fazer isso é uma de suas maiores responsabilidades.
Concluindo
esta exposição: utilize as palavras-chave espirituais dos estelares quando eles
expressem as condições de regência ou ocupação da segunda casa; isto assegura a
percepção do propósito esotérico do dinheiro nesta encarnação da pessoa. Não o
enfraqueça tomando decisões financeiras por ele – fazer isso é uma violação do
seu próprio Princípio de Serviço. Alerte-o para a sua própria consciência do
Princípio, e encoraje-o a tomar o seu próprio caminho (financeiro), seguir nos
caminhos do exercício de sua inteligência financeira o melhor possível, com boa
vontade, honestidade, e perfeito intercâmbio com todas as pessoas.
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