Livre tradução de: http://www.rosicrucian.com/sia/siaeng26.htm
Estudantes, esta é uma
exposição sobre vocês.
A linha horizontal
esquerda da roda do horóscopo, que vai do centro até a circunferência, é a sua emergência
dos planos internos – como uma expressão da ideia que chamamos Humanidade –
para objetivação da encarnação; o ponto Ascendente é seu aparecimento neste
plano no momento do seu nascimento.
Quando emitiu seu
primeiro choro, você dizia: “Olha, Mundo aqui estou Eu novamente!” Aquele grito
foi sua “aurora”, sua Luz aparecendo no mundo de outras Luzes humanas, como já
apareceu muitas vezes no passado. Você veio para expressar uma qualidade mais
brilhante e mais clara de sua Luz que jamais expressou antes, e aqueles que lhe
deram as boas-vindas com Amor assim o fizeram, realmente, devido à promessa
inerente na sua Luz, promessa de melhoramento da Vida humana durante os anos de
sua encarnação. Cada encarnação é uma expressão de amor e fé da Humanidade na
Luz que é sua Origem e sua Habitação.
Sua encarnação foi marcada
vibratoriamente com uma nota-chave pelo signo zodiacal que cobre o ponto
Ascendente de seu Horóscopo. Cada um dos doze signos é um dos três aspectos (Vontade,
Amor, Sabedoria) da dimensão de Polaridade (Positivo-Negativa) nos termos de
Gênero (Masculino/Feminino). E o principal propósito vibratório de um ser
humano na encarnação é realizar, com o melhor que seja capaz, o potencial do
signo Ascendente através do capítulo de experiência e situação vibratória do
planeta que rege o signo Ascendente. Por “situação vibratória” queremos
significar o signo em que esse estelar se situa; a qualidade de expressão é
indicada pela natureza do estelar que o “dispõe”; o regente estando em Touro ou
Libra é “disposto” por Vênus; em Aquário é “disposto” por Urano, etc..
Faça três mandalas, uma
para os signos cardeais, uma para os signos fixos e outra para os signos
mutáveis. Isto é feito traçando-se três círculos; cada um com os símbolos de
uma dessas três classes tal como aparecem na sequência zodiacal; os pontos dos
signos são ligados por linhas retas, o que nos dá três variações de uma
quadratura.
Os signos cardeais são os
pontos decisivos quando circundamos a roda partindo do ponto Ascendente; eles
representam os quatro pontos básicos das mudanças de estação no decorrer do ano
e também representam os quatro pontos básicos da estrutura do relacionamento
humano; o masculino-feminino dos pais (Capricórnio/Câncer) e os
masculino/feminino daquilo que é gerado pelos pais (Áries/Libra). As pessoas
com um signo cardeal no Ascendente (a menos que haja interceptações e o signo
Ascendente também esteja na cúspide da décima segunda casa) vieram desta vez
para tomar uma “nova direção” em sua evolução – seu signo Ascendente abre um
novo quadrante do zodíaco, o quadrante das três primeiras casas. (Aqueles cujos
signos Ascendentes cardeais abrangem também as cúspides da décima segunda casa
estão simplesmente continuando aquilo que foi inaugurado como ponto decisivo na
encarnação anterior).
Cada um dos quatro signos
cardeais é o aspecto “Vontade”, do elemento ao qual pertence: Áries - Fogo;
Câncer - Água; Libra - Ar e Capricórnio - Terra. Áries e Capricórnio são os
“signos masculinos”, dentre os quais Áries é masculino e Capricórnio feminino;
Câncer e Libra são os “signos femininos”, dos quais Libra é masculino e Câncer feminino.
Os signos fixos são - o
“aspecto Amor” dos elementos – sendo cada um o quinto signo a partir do cardeal
do seu elemento. Em paralelo: Áries-Leão; Capricórnio-Touro; Câncer-Escorpião;
e Libra-Aquário. Como todo horóscopo é o resultado do exercício da consciência
na encarnação passada, e nós realmente damos “voltas e mais voltas na roda”
através de nossas encarnações, vemos que, sob um ponto de vista da evolução,
Leão é o primeiro signo fixo, Escorpião o segundo, Aquário o terceiro e Touro o
quarto. Em uma mandala com os doze signos em ordem – em volta da roda e a
partir de Áries – trace quatro linhas retas, como segue:
1)
de Áries a Leão (cúspide da primeira casa à cúspide da quinta);
2)
de Câncer a Escorpião (cúspide da quarta casa à cúspide da oitava);
3)
de Libra a Aquário (cúspide da sétima à cúspide da décima primeira casa);
4)
de Capricórnio a Touro (cúspide da décima à cúspide da segunda casa).
Deste modo vemos um
“filme” da ligação entre uma encarnação e a próxima, uma vez que a linha que
liga Capricórnio a Touro retrocede ao ciclo zodiacal através da décima, décima
primeira, décima segunda e primeira casa. Na realidade nós não giramos
repetidamente “em torno de um círculo”; nós nos desenvolvemos através de um
processo em espiral que vai de uma “oitava” a outra oitava superior; cada
“oitava” traz-nos cada vez mais perto do “retorno ao Centro”, que é o nosso
“Éden perdido”; com efeito, nós somos, em consciência, reabsorvidos pela nossa
Origem.
Os signos mutáveis representam
o aspecto Sabedoria dos elementos, porque cada mutável é o nono signo a partir
do seu cardeal inicial. Traçaremos agora no mandala acima mais quatro linhas
retas, como segue:
1)
de Leão a Sagitário, cúspides da quinta e nona casa;
2)
de Escorpião a Peixes, cúspides da oitava e décima segunda casa;
3)
de Aquário a Gêmeos, cúspides da décima primeira e terceira casa;
4)
de Touro a Virgem, cúspides da segunda e sexta casa.
Temos agora a ilustração
dos quatro elementos em seus aspectos de trígono, os aspectos de Vontade, Amor
e Sabedoria das duas expressões de Polaridade, e as quatro “combinações” de
Gênero. Aplique esta fórmula ao seu signo Ascendente para obter uma imagem
clara da “qualidade trígono” e da “qualidade gênero” de seu signo.
Seu planeta regente é o
significador do enfoque, e expressando a vibração do seu signo Ascendente e seu
Princípio, representa a função básica que você vai cumprir nesta encarnação.
Contudo, você tem outro regente que é o estelar “dispositor” do seu regente;
podemos denominar este estelar de “regente vibratório” de sua Carta natal, já
que sua qualidade de gênero é aquela através da qual seu regente planetário
deve expressar-se (a menos, é claro, que o regente planetário esteja em seu
próprio signo de dignificação – caso em que é “duplo” regente).
O requisito ambiental
para o desenvolvimento e realização de seus potenciais de personalidade é
indicado pela casa em que seu regente planetário está posicionado. As palavras
chaves de cada casa devem ser dominadas pelo estudante de astrologia, caso este
queira saber onde sua “essência” pessoal há de ser cumprida progressivamente.
Não importa aonde vamos neste plano, levamos conosco nosso horóscopo inteiro, e
dentro de nós mesmos, pela simples razão de que o horóscopo é a imagem da nossa
consciência, e dela nunca podemos fugir. Podemos, todavia, permanecer firmados
nos requisitos do nosso regente planetário se perceber que qualquer lugar ou
ligação com qualquer grupo de pessoas, contém possibilidades de exercitar os
potenciais do regente planetário. O ser humano deve utilizar o plano físico.
Ele não deve ser usado por ele, mas ficará congestionado e limitado nele se não
firmar sua consciência própria representada pela combinação de qualidades do
signo Ascendente, seu regente planetário qualificado pelo seu “dispositor” e
seu significado por posicionamento em determinada casa.
O desenho astrológico
mostra-nos uma coisa estranha e maravilhosa – conhecida como “base
psicológica”; a cúspide da quarta casa natal. Esta cúspide, sob o ponto de
vista oculto, pode ser estudada pela Lei de Causa e Efeito como a significadora
de uma condição que liga esta encarnação à encarnação passada – mostrando-nos
assim como poderemos fortalecer nosso sentido de “continuidade” da corporificação
passada para o presente.
Lembremos-nos
primeiramente de que nós encarnamos sem nenhuma percepção consciente de nossa
procedência; o supraconsciente detém todas as nossas lembranças do passado, e a
“revivificação” dessas lembranças é que nos possibilita “contatar”
conscientemente com certo nível de nosso ser vibratório que está intimamente
ligado às nossas memórias de progresso, alcançado na encarnação passada.
Vejamos agora a representação abstrata disso como um Princípio de Vida:
Uma mandala que contenha
apenas as cúspides da décima segunda e primeira casa; coloque o símbolo de
Peixes na décima segunda e o símbolo de Áries na primeira; ligue os dois pontos
na circunferência por uma linha reta. Esta é a imagem essencial do resíduo de
ideais não realizados que fez necessária a presente encarnação. Agora
acrescente a vertical inferior – a cúspide da quarta casa – e coloque nessa
cúspide o símbolo de Câncer; ligue este ponto, por linhas retas, às cúspides da
décima segunda e primeira. A “linha de Áries” na presente encarnação é a
involução ao ponto onde se estabelece identidade com a família e a herança
vibratória – o senso de “ocupação do ninho” – e a identificação de relação com
a qualidade vibratória dos pais (a quarta cúspide é, naturalmente, a metade da
linhagem completa dos ancestrais que para completar estende-se até a vertical
superior, ao signo de Capricórnio, a cúspide da décima casa).
A linha de Peixes no
mandala acima é a matriz espiritualizada; uma das três linhas e dois dos três
pontos da triplicidade de água de Câncer, Escorpião e Peixes. Por conseguinte,
como o primeiro ponto “de subida” no ciclo desde o Ascendente é a cúspide da
quarta casa, vemos que a matriz espiritualizada, derivada do melhor de nós
próprios no passado, é representada diretamente no melhor de nossa herança
vibratória. Conhecer somente o pior de nossos pais é, em termos humanos,
tornar-se mais intensamente cônscios do pior em nós mesmos, porque nós
encarnamos através deles pelas Leis de Causa e Efeito e de Simpatia Vibratória.
Permanecermos fixados em nossos piores sentimentos acerca de nós mesmos, como
“expressões” de nossos pais, é permanecermos congestionados no passado
negativo. Não podemos conseguir progresso espiritual e vibratório a menos que
reconheçamos nossos potenciais para progredir; alcançar tal progresso implica
na necessidade de nos tornarmos cônscios de nossos recursos espiritualizados.
Agora traduza esta
mandala para os termos de sua própria Carta natal – os signos nas cúspides de
suas décima segunda e quarta casa. A não ser que haja a complicação de
interceptações em certos arranjos, os signos nas décima segunda e quarta casas
representarão dois aspectos de um dos quatro trígonos elementares. Uma análise
detalhada – pelos valores genérico e espiritual – destes dois signos em relação
ao regente da Carta dá-nos uma ideia de como o melhor do nosso passado deve
prosseguir nesta encarnação como “pábulo” para a expressão progressiva e
ascendente do regente planetário.
Gire sua Carta natal de
tal maneira que a quarta cúspide se situe no Ascendente – um quarto de volta no
sentido horário. A (aparente) décima segunda casa é na realidade a terceira
casa da Carta natal e é a nona casa a partir da sétima casa natal – a “nona
casa” representando o “aspecto Sabedoria”. Esta é a representação do recurso de
sabedoria da última vez que você encarnou no sexo físico oposto ao de sua atual
expressão. A terceira cada da Carta natal é o presente desenvolvimento
intelectual, mas é também, conforme visto acima, uma chave para compreender
algo do melhor de sua polaridade complementar porque reflete uma das “oitavas
superiores” de você próprio expressando o sexo oposto. Sua habilidade para
aprender agora está condicionada e qualificada por sua destilação de sabedoria
nas encarnações passadas (aprender é, na maior parte, “recordar”), e o que você
“aprendeu por experiência” (Sabedoria) no passado tem agora uma relação direta
com suas habilidades mentais.
Vemos, portanto, que a
quarta casa do horóscopo natal contém muita informação concernente ao melhor de
nós mesmo traduzida do passado para o presente. Negamos a nós próprios se
ignoramos este potencial; mas se utilizamos este potencial começamos a escalada
para a maturidade psicológica.
As condições do horóscopo
acima descritas referem-se à Carta individualizada – o “você mesmo” de seu
retrato vibratório. Mas existe outra maneira de aprender a dizer “EU SOU”, e
esta se encontra na consideração do fato de que, não importam quais possam ser
o verdadeiro Ascendente e regente planetário, todo horóscopo tem o diâmetro
Áries - Libra em algum lugar – e Áries através de sua regência pelo dinâmico e
expressivo Marte – é a abstração de “EU SOU”. Em níveis primitivos de
consciência o “EU SOU” da humanidade é afirmado em termos de atrito, resistência,
contenda, autodefesa e destruição daquilo que é temido porque não é
compreendido. O ser humano tem lutado por sua sobrevivência – tanto contra o
mundo como contra outras pessoas e condições. Na realidade ele tem resistido à
exposição de sua própria ignorância dos Princípios de Vida – ele nunca lutou
contra outras pessoas, mas sim contra seus medos diante delas, posto que elas,
suas “inimigas”, nunca foram mais que espelhos para os seus negativos. Quando
amar verdadeiramente aquilo que ele realmente é, e quando seu amor for uma
expressão desse amor, então seus “inimigos” desaparecerão e todas as pessoas
serão reconhecidas como seus irmãos, irmãs e amigos.
Marte, através de sua
regência a Áries é o regente abstrato do horóscopo da humanidade. Através desta
vibração nós dizemos não apenas “EU SOU”, mas “EU ESTOU determinado a
sobreviver e perpetuar minha existência”. O potencial de Marte em todo
horóscopo é o “sangue vermelho” da consciência, a sensação vital de Existência
em estimular, impregnar (em qualquer plano), em contender com degradações
internas e externas, e, finalmente, através de suas destilações espirituais,
ele é a coragem nascida da fé – a aspiração do espírito ao progresso e ao viver
em oitavas eternamente ascendentes da consciência da Vida Una, do Amor Uno e da
Sabedoria Una.
O significado da cúspide
com Áries na sua Carta mostra que, não importa seu sexo físico, o pleno
cumprimento dessa experiência requer o exercício da mais vital qualidade
genérica masculina; você deve aprender a exercitar coragem, deve desenvolver
autoconfiança, deve enfrentar seus temores, aprender a entender a origem deles
em sua consciência e vencê-los através de transmutações e expressões
construtivas; você deve desenvolver e exercitar a qualidade básica Marciana da iniciativa
– referente à “arrancada” de Áries como primeiro signo do Horóscopo Abstrato;
neste ponto você deve aprender – e eventualmente aprenderá – o que significa
impelir a si mesmo sem esperar por sugestões, incitamentos ou encorajamentos
dos outros; através da casa que está seu Áries na cúspide você é o “passarinho”
que salta do ninho protetor e exercita sua capacidade de voar; uma vez no ar e
fora de sua casa ele voa ou cai no chão; ninguém e nada pode mantê-lo no ar,
exceto sua força e sua adaptação ao elemento que vai ser seu campo natural para
viver e mover-se.
Como a cúspide de Áries
pode estar em qualquer lugar na roda e o potencial de Marte pode ser pequeno ou
grande em esfera de ação em qualquer Carta Natal, existe uma variedade infinita
de possibilidades de “Marcialidade”. Na medida em que o seu Marte esteja
“congestionado” por aspectos de quadratura ou oposição, e na medida em que os
estelares em Áries (dispostos por Marte) estejam congestionados, você terá de
aprender a exercitar a virtude da coragem como uma expressão de seu
Amor-Sabedoria interno; para lutar, não por resistência a pessoas que você
pensa serem “inimigas”, mas lutar sem resistências pelas expressões
transmutadas de sua consciência; para firmar-se em suas convicções (se forem
autênticas) como uma expressão de sua integridade e, sobretudo, respeitar o
direito de outras pessoas de se expressarem consoante seu recurso vibratório.
Um Marte sadio e integrado nunca tenta congestionar, inibir, limitar ou deter a
realização de outrem, mas procura sempre encorajar com seu Amor-Sabedoria a
ignição de seus melhores e mais belos potenciais em todos os planos. A pessoa
que conhece o Amor-Coragem e a Sabedoria-Coragem conhece verdadeiramente o que
significa o “EU SOU”; todos nós, cedo ou tarde, precisamos nos dar conta deste
senso espiritualizado de identidade com nossa Origem – nosso Deus Pai-Mãe.
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