quinta-feira, 16 de novembro de 2017

CAPÍTULO LVI – ALEGRIAS PLANETÁRIAS – PARTE II

O signo Leão, regido pelo Sol, enquanto signo da quinta casa do grande Mandala, será tomado nessa apresentação como o arquétipo da consciência de alegria. Quando uma clara realização de nossa identidade solar seja cada vez mais revelada através de funcionamento alquímico, reconhecemos uma maior amplitude de capacidades e objetivos. Nosso Parente Solar é a Fonte de tudo o que somos, temos ou podemos obter durante nosso funcionamento humano, e a percepção de nossa unidade com essa Fonte nos alinha em consciência à presença e disponibilidade de abundância solar em todos os planos. Uma pessoa verdadeiramente alegre em seu coração deve isso à sua percepção, em algum grau, da disponibilidade dessa abundância - ele é relativamente livre de medos impeditivos que na maioria de nós, minimizam a quantidade e qualidade de nossa expressividade e reatividade assim que encarnamos. Pelo exercício da consciência solar, autoconsciência e auto direção, que são as raízes de toda segurança, são praticadas; se aprende com o resultado dos erros, o que constitui a essência de toda educação verdadeira. A expressão da consciência Solar é a maior amplitude da doação, o antídoto ao instinto natural de "tomar" presente na pessoa limitada e insegura. Com a limitação dessas limitações e inseguranças, a consciência do amor floresce como a rosa vermelha em sua folhagem – a percepção do bem essencial nos outros humanos surge, mais e mais em prejuízo da retaliação, ciúme e medo. O tempo é percebido como um "aliado", não uma limitação; responsabilidades legítimas são vistas como canais para a maturidade, não como fardos pesados que puxam para baixo. Todos os poderes planetários são derivações do poder Solar; consideremos cada um por sua vez como um canal qualificado unicamente – para a expressão da alegria. 
Marte – regente de Áries: Alegria em ação física e desenvolvimento físico; a alegria de encontrar desafios internos e externos com coragem; boa participação nos esportes pela qual o instinto competitivo serve para estimular maiores e melhores esforços; a alegria da infância - a atitude interessada em relação às "coisas novas"; a alegria do pioneirismo e da "busca por novos caminhos"; na consciência superior esta alegria são os poderes dinâmicos morais expressos através da integração pessoal em buscar o correto conforme compreendido pelos indivíduos; é aquela qualidade no aspirante que o capacita a "encarar o inimigo nele mesmo" e sobrepujar aquele "inimigo" pela regeneração do reto viver; é o instinto de auto proteção traduzido na "alegria de proteger os amados, um trabalho amado ou ideais amados"; é coragem enquanto canal para a expressão do amor. 
Vênus - regente de Touro: Alegria enquanto senso de "identificação com a natureza"; auto expressão em termos de realização da necessidade física pessoal por meio das trocas corretas com a natureza e com outras pessoas; amor às coisas terrenas, cultivo da vida vegetal para utilidade e beleza; uso correto dos serviços da vida animal; alegria enquanto expressão da boa intenção nas trocas financeiras - para expressar o coração por meios financeiros; a devoção ao princípio do serviço correto em todos os planos de forma a manter o equilíbrio; alegria enquanto a forma de expressão pela qual nossas contribuições aos aspectos físicos da vida humana sejam feitos em termos de valores e padrões estéticos. 
Mercúrio - regente de Gêmeos: alegria enquanto exercício de uma mente aberta nas funções de aprender; as alegrias da comunicação pelas palavras escritas e faladas; as trocas de pensamentos e ideias pela fraternidade das linguagens, nas quais as mentes se encontram em mutualidade e as diferenças externas são minimizadas; alegria na expressão daquilo que foi aprendido pela lei de Causa e Efeito – a base de toda educação espiritual; ações baseadas nas respostas a todas as oportunidades de aprender esotericamente ou exotericamente; a arqui oitava dessa vibração é a alegria da comunicação - que  é fraternidade ativa. 
Lua – regente de Câncer: alegria enquanto qualidade cardíaca que nos prontifica a expressar em termos de nutrição, conforto e proteção; esta alegria é primitivamente baseada no auto sacrifício - a "alimentação da vida pela renúncia ao ego"; é na alegria do amor materno e em sua qualidade que pode ser reconhecida a alegria arquetípica da doação; verdadeira doação, nutrição e proteção dependem da sintonia simpática a verdades, e a alegria da doação superficial é elevada a cada vez mais altos patamares quando a discriminação é exercitada ao percebermos que somos movidos a nutrir o que há de bom nos outros. A simpatia às necessidades reais do próximo ativa nossas melhores expressões através dessa alegria - somos então alertados em nosso melhor a prover a realização da necessidade solicitada. Sacrifício - em qualquer nível - feito em resposta a compulsão pode ser efetivado com completude marcante, mas é o aspecto voluntário, sacrifício auto iniciado que é verdadeiramente alegre, pois tal expressão se baseia na integridade. Esta vibração é a base essencial de toda contribuição nutritiva à família, bem-estar e progresso nacional e internacional. Aqueles que se dedicam à raça em si são frequentemente crucificados pela sua doação, mas a "oportunidade possível da crucifixão" para um coração alegre, não reduz a qualidade da contribuição oferecida. 
Sol – regente de Leão: Alegria na pura radiação do poder do Amor, independente de resposta de retorno; a administração de poder em termos de equidade e honra; esta alegria é verdadeiramente aquela da hospitalidade, expressa através do que foi estabelecido em Câncer; é a qualidade particular da alegria que caracteriza todos os grandes apresentadores – cujas expressões talentosas nos faz responder com risos e a liberação de tensões. Essencialmente, Leão é alegria enquanto amplitude, de qualquer tipo, em expressão. 
Mercúrio - regente de Virgem: alegria enquanto colocar em uso aquilo que foi aprendido; tais expressões resultam no serviço verdadeiro – o exercício discriminativo do conhecimento. Através de Virgem começamos a "tocar o impessoal" pois é a modulação das seis casas inferiores dos signos do Grande Mandala em relação aos seis superiores. É a alegria de fazer o trabalho que se gosta de fazer e também a alegria de amar seus colegas de trabalho – sejam empregadores, colegas ou empregados; essas pessoas são fraternas conosco de forma especial e impessoal. Virgem é a alegria do treinamento físico, mental e psicológico de nos equiparmos para o cumprimento relativamente perfeito de nosso serviço escolhido em vida e o "entusiasmo total" pelo qual efetivamos aquele cumprimento. 
Vênus - regente de Libra: a alegria de expressar a consciência do "nós somos" - extensão, por polaridade, do EU SOU individualizado; a alegria de aspirar pela inclusão do bem nos outros em nossos planos e expressões enquanto amplificação de nossos desejos de realizar nosso próprio bem individualizado. Esta é a alegria da expressão mútua da troca de amor e da reflexão mútua da percepção da idealidade humana; é nossa alegria de ser de modo que a beleza do arquétipo humano possa, em algum grau, ser percebido em nós pelos outros de forma que seus profundos anseios por beleza possam ser ao menos relativamente gratificados. Alegria – enquanto Libra - é aquela expressão do poder anímico que chamamos de cooperação; é uma das arqui virtudes e as pessoas que, com amplitude e generosidade exercitam o poder de cooperação são aquelas para quem a alegria é uma companhia de vida; a integridade dos verdadeiramente bons corações toca uma nota simpática no coração dos outros, com "poder de elevação". Como resultado, a música do "nós somos" é cantada cada vez mais belamente. 
Plutão - regente de escorpião: sem amor e beleza, o exercício da geração é desvairado, compulsivamente autocentrado, mas enquanto expressão do amor mútuo ele se torna uma alegria cooperativa intensa e transfigurante; ela é como tal, uma expressão dinâmica da liberação de recursos profundos de poderes vibratórios em direção à finalidade de que os "ideais de parceria" de cada pessoa em questão possam ser o mais vividamente cumpridos; como expressão do amor, ele é "vida dando vida a si mesmo" - as duas pessoas envolvidas se identificam com o atributo criativo do Cosmos de fornecer novos veículos para a vida ou para a geração de consciência de amor mais profunda entre cada um deles. Nos planos subjetivos, Escorpião representa expressões dos mais profundos alcances de potencial e consciência - as mais intensas devoções e consagrações. É a alegria do mártir, do devoto e do ascético - de qualquer um em quem os fogos dos desejos personalizados tenham sido transmutados em oitavas superiores de amor impessoal. Tal pessoa não é apenas o padre – ela é seu próprio altar e sua vida sua Missa. Suas regenerações são o sacrifício que ela oferece diariamente de modo a tornar a vida mais fluida e ascensional. A alegria de Escorpião é êxtase, pois suas expressões são liberadas desde os nossos potenciais e aspirações mais intensamente comprimidos e focados. 
Júpiter - regente de Sagitário: a alegria de ensinar; esse planeta é a polaridade do Mercúrio geminiano – como tal é a radiação de sabedoria; sua posição enquanto signo da nona casa da Grande Mandala e como signo da quinta casa de Leão nos diz que todo ensinamento verdadeiro é uma expressão de amor. O estudante (Mercúrio - Gêmeos) sendo amado, é ensinado; o professor (Júpiter - Sagitário), amando, ensina. Júpiter significa a alegria de todos os exercícios religiosos, cerimonias, rituais e dramatizações de festivais simbólicos que alinham a consciência humana às percepções elevadas dos princípios vitais. Júpiter se exalta no signo da Lua, ncer, e representa a mais pura alegria autodirigida em atos de doação - ele é verdadeira dádiva independente de motivos. Ele é a alegria de todas as expressões verdadeiras pelas quais os miasmas e distorções de ignorância são dispersos pelo poder do verdadeiro ensinamento; esse ensinamento diz respeito à instrução em relação à existência e à natureza da Lei de Causa e Efeito – a alegria de Júpiter em sua forma básica mais pura. 
Saturno – regente de Capricórnio: a alegria "sem palavras" do cumprimento legítimo da responsabilidade; os poderes de uma consciência madura que capacita o humano a funcionar como "pedra angular" da família, nação e raça. A alegria de planejar pelo exercício da mente madura e levar a cabo o plano de forma eficiente, passo a passo, até que o mesmo se cumpra. A alegria da percepção das capacidades a serem assumidas, sem compulsão externa e que devem ser efetivadas. A alegria de viver em retidão que não "inibe e confina" - ela amadurece a consciência para o progresso evolucionário. Esta alegria é profundamente parental em essência; é aquela do pai, em termos humanos – e aquela do Redentor, nas altas oitavas de consciência. 
Urano – regente de Aquário: quando o humano integrar sua consciência por intermédio de várias encarnações de aderência à Lei Espiritual, a alegria de Urano floresce como alegria da alma liberta; tal pessoa "dança onde quer, mas não pisa nos dedos dos outros". Esta é a alegria do gênio criativo e da profecia; é "Amor que percebe a Alma do outro" - não é mais o "amor que cultua o corpo". É o amor de toda cooperação grupal impessoal - é a radiação de companheirismo que traduz a fraternidade em escopo ilimitado. É a "criatividade" ou "expressividade" pelas quais as belas verdades do arquétipo humano são reconhecidas e interiorizadas. Esta vibração é a alegria da revolta por meio da qual o arquétipo humano reconhece em si as situações que o impedem em sua realização da verdadeira fraternidade; é a alegria do exercício alquímico pelo qual congestões e inibições são deixadas em favor de oitavas de maior expressividade; é a alegria de todas as ressurreições - a "transcendência de todas as tumbas". 
Netuno – regente de Peixes: a alegria da prece dinâmica; a "respiração do Eu pessoal, com Amor, para os éteres"; a expansão da consciência que resulta da meditação focada e a percepção clara dos ideais que daí resultam. A alegria de toda expressão artística inspirada – particularmente aquela do músico e do ator. É a alegria da sintonia espiritual – da mais profunda e pura reverência do coração. Pela exaltação de Vênus aqui, este é o amor alegre pela vida e por tudo o que a vida expressa. É aquele amor que cria a beleza e a alegria de perceber as belezas mais puras e sutis da vida. É a percepção verdadeira pela qual todos os infernos são redimidos – por ela, santos e salvadores curam as feridas do corpo, mente e Espírito. É a alegria de renunciar ao "não mais necessário" e de "abraçar o agora necessário". É a fé na qual todos os passos verdadeiramente progressivos são dados – um modo de fé possível graças ao amor pela vida ter recarregado a consciência e traduzido as agitações do medo, ódio e insegurança, na serenidade da paz e sabedoria através da alegria.
 

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