Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng88.htm
Com o propósito de esclarecer a
expressão e compreensão deste material, combinemos que a palavra “Luz”,
iniciada por “l” minúsculo, se referirá à vibração visual perceptível; e quando
iniciada por “I” maiúsculo se referirá à Consciência; consciência com “c”
minúsculo se referirá à percepção humana.
É algo maravilhoso perceber ao
refletir que por tempos incontáveis os seres humanos revelaram a consciência da
natureza oculta ou esotérica da luz como tem sido – e é – percebida em termos
de preto, branco e o espectro de cores. Esse tema figurou de modo proeminente
em programas de ensinamentos filosóficos e aprendizados em vários lugares e,
nestes últimos anos, se tornou um fator importante nos campos terapêuticos
objetivos e subjetivos. Aqueles que hoje bancam e propagam esta matéria no
trabalho de cura estão recapitulando conhecimento adquirido em vidas prévias.
Não é novo nesta época, está simplesmente sendo recomeçado para as necessidades
espirituais da humanidade presente. A responsividade inspiracional ao potencial
da luz natural ou colorida e à beleza das cores na substância, serve de recarga
para a aura – que é sempre vista como cor ou cores ao estudo clarividente – da
pessoa necessitada, de tal modo que se possa tornar consciente de uma
intensidade espiritual; a condição da aura – a matriz etérica – é fortalecida e
harmonizada no mesmo grau que o corpo físico é trazido a um alinhamento mais
saudável. Não são todos humanos que sabem factualmente sobre a aura e seu
significado para sua existência, mas pode-se seguramente concluir que todos, em
algum momento, experienciaram uma elevação interior que representa a resposta
ao valor espiritual da luz em seus muitos e inspiradores aspectos da cor.
Dado este considerável – e
meditativo – pensamento: Reação a é
evidência de correspondência com. Nós
não podemos responder a nada ou ninguém com o que ou quem não tenhamos algum
grau de afinidade positiva ou negativa. O indiscutível fato de que um humano
pode responder à sombra ou qualidade de uma cor, revela que “algo” nele tem
afinidade com “algo” na cor, no preto ou no branco. O igualmente indiscutível
fato de que tal resposta pode diminuir ou aumentar a qualidade de sua condição
áurica, corpórea e espiritual, revela que sua consciência da cor tem afinidade
com a Consciência simbolizada pela cor. O poder, em algum grau, é a única coisa
que pode mudar qualquer estado vibracional – químico, emocional, mental ou
anímico. Portanto, se uma condição humana química, emocional, mental ou anímica
é baixada ou diminuída pela sua resposta ao preto, branco ou cores, ela revela
uma consciência enfraquecida ou imatura de poder em si. Se, entretanto, sua
condição é melhorada, fortalecida, purificada ou harmonizada, sua resposta ao
preto, branco ou cores revela uma afinidade entre seu Espírito e o espírito que
o branco, preto ou colorido simboliza em sua consciência. Reflita um momento
nessas ocasiões quando sua reação a um particular tom de verde, vermelho, preto
ou combinação de cores provocarem um sentimento de náusea, morbidade, depressão
ou irritação; naquele estado de sentimento você estava ciente de alegria,
saúde, harmonia e paz? Sua reação infeliz revelou uma falta de maestria
interior sobre você mesmo – algo no poder da qualidade da cor estimulou uma
qualidade correspondente em sua natureza astral, mental ou anímica. Sua reação,
que serviu para “diminuir seu tom”, simplesmente revelou a necessidade de você
regenerar algum fator em sua constituição interior. Não perca tempo e energia
“culpando a cor”. Com a regeneração interior através do redirecionamento de
poderes, sua capacidade de resposta melhorada servirá para revelar a você
valores até então desconhecidos de beleza e poder na cor. A regeneração de
nossa consciência sempre serve para nos revelar o Espírito.
Em capacidade e inclinação a
responder com resultados negativos a estados de luz, humanos, enquanto
indivíduos, variam consideravelmente. Mas, há um estado ao qual a humanidade –
coletiva ou individualmente – tem reagido com muito mais negatividade que a
qualquer outro, por muito tempo, e ele é o Preto. No sentido cósmico, Preto é
vida indiferenciada e não manifesta; Branco é a consciência, a Luz, que torna
toda criação e manifestação possível. Pela recíproca no plano da percepção
física, Preto é a congestão de todas as Cores e Branco é o estado da cor
indiferenciada. Portanto, o Branco tem simbolizado para o subconsciente da
humanidade o reconhecimento do estado de pureza, mais alta espiritualidade e
Luz perfeita. O Preto tem simbolizado aquilo que não pode ser percebido em
termos de suas partes ou fatores. Como o conhecimento e reconhecimento dos
fenômenos dependem de nossa habilidade de “discernir entre coisas”, nos
primórdios da evolução nós congestionamos em medo, insegurança e desespero
nossa reação à negritude (ausência de luz) do período noturno. Essa reação foi
uma experiência individual e coletiva, sendo ainda assim na atualidade para
muitas pessoas. Como seres conscientes (encarnados e/ou desencarnados) que
temos sido há muitas e muitas eras, não podemos sequer imaginar um estado de
“não ser” ou “não existir”. Portanto, enquanto “cor”, o Preto simboliza aquelas
coisas que chamamos “morte”, “o desconhecido”, “as congestões de consciência
extremamente não regeneradas” – em suma, todas aquelas coisas frente às quais
respondemos com sentimentos de estarmos sendo obstruídos ou ameaçados em nosso
progresso através da existência. Na mesma medida em que nos alinhamos ou nos
relacionamos com estes estados obscuros, intensificamos nossa incapacidade e
inclinação de existir em termos de doação de Vida e expressão de Vida;
depletamos nossa consciência da Luz do Espírito. Entretanto, “negritude” na
alma não significa nem pode significar “obstrução na vida” de modo algum; ela
simplesmente indica um estado de congestão que por sua vez indica a necessidade
urgente de medidas regenerativas. A Luz é e é para nós sempre; um humano pode
criar muito carma doloroso ao colocar-se em ação com base em sua relação com a
negritude da alma, mas aquele carma por sua vez o proverá com experiências subsequentes
que mudam o fluxo de sua regeneração e envolvimento na direção de novos
reconhecimentos da Luz de Deus e da Luz em seu interior.
Do ponto de vista cósmico novamente,
o Branco é o símbolo cromático da pureza da inocência
– consciência ainda indiferenciada ou qualificada pela experiência
encarnatória. O Branco simboliza a “identidade cromática” dos Espíritos
Virginais antes de suas descidas involucionárias como individualizações em corpos. No outro
extremo, o Branco é a consciência purificada do indivíduo após completar sua
evolução como humano – a realização clara, pura e unificada de sua verdadeira
identidade enquanto criação do divino. No princípio ele era pureza desconhecedora
de pureza; ao final ele será pureza realizada. Sua resposta inspiracional ao
valor oculto do Branco em seu estado encarnatório evolutivo é evidência de sua
onipresença Espiritual; lembre-se que se o humano não tivesse algo em si que
correspondesse à perfeição pura do Branco ele não poderia responder ao mesmo
com resultados espiritualizantes. Semelhante atrai – e reconhece semelhante.
A todos estudantes que estão
explorando os significados espirituais e esotéricos da astrologia, fica a
sugestão de que se tornem mais concentrados e mais conscientemente sensíveis ao
seu significado pessoal relativo ao Preto e ao Branco enquanto “espectro de
cores”, como símbolos-qualidades pessoal e espiritual, como poderes vibratórios
que o estimulam de uma o outra forma e como figuras de linguagem encontradas na
poesia, alegoria e lendas. Da perspectiva da educação e compreensão filosófica
torne-se mais perceptivo que nunca sobre como o sentimento e a mente
subconsciente coletiva da humanidade tem interpretado estes dois símbolos da
luz. Preto e Branco – e sua compreensão deles – tem muita significância para
sua abordagem espiritual à astrologia e para sua capacidade evolutiva de
interpretar horóscopos – seu próprio e de outras pessoas. O simbolismo dessas
duas palavras é dos mais profundos. Sobre o que, mais se segue.
O espectro das cores são símbolos
luminosos das qualidades anímicas. Ele se refere à consciência mais
espiritualizada do corpo, mente e emoções que o humano já realizou ou pode
alcançar – enquanto estiver evoluindo na identidade de ser humano. Um homem de
grande sabedoria disse um dia que as cores são os sofrimentos e alegrias na
existência da luz e deduz-se que ele quisesse dizer que as cores correspondem
com – ou têm correspondência a – os estados de sofrimento e alegria que os
humanos experienciam e que enquanto humanos podem perceber luz e foram criados
pela Luz. Fomos instruídos que além da série de cores como conhecemos há
infinitas variações e extensões de vibrações luminosas que podem ser percebidas
apenas a partir de percepção extra-sensorial neste plano ou funcionando em
dimensões mais elevadas de existência. Mas então novamente, devemos ter
afinidade com as condições da alma ou consciência representada por estas
extensões de cores antes que possamos percebê-las.
Como a aura do humano é uma questão
individual – resultando em seu grau de realizar sua identidade Espiritual – a
cor – variações e qualidades da cor que podem simbolizar seu estado espiritual
em qualquer ponto de seu desenvolvimento podem revelar, aqui e ali, uma
condição escurecida que sugira uma tendência na direção da “negritude” em uma
ou mais de suas cores correspondentes, é claro, para um estado de congestão
relativa, obstrução, ou “pequena morte” em sua consciência devido a medos e
ódios acumulados ou o que quer seja negativo. Lembre-se que a negritude indica
a tendência em direção à congestão, ou “caos”, na consciência humana, mas sua
presença, na aura ou consciência é de auxílio desde que revela a necessidade de
regeneração. A indicação do preto está agindo como um “barômetro da alma” de
forma especializada. No mesmo grau que a responsividade de uma pessoa à cor
pura, luminosa e potente se torna mais e mais parte de seu funcionamento
natural, se pode ver evidências de sua motivação anímica, de seus impulsos
aspiracionais, de seu amor, de sua generosidade, de seu idealismo, e de sua
devoção à companhia de Deus.
A aura da pessoa pode revelar uma
área preenchida com uma variação rica e intensa de certa cor. Essa qualidade de
cor revelará a evidência de esforço e atenção consideráveis dados a certa fase
de desenvolvimento. Correspondentemente sua personalidade revelará habilidade
pronunciada sobre aquela linha de empreitada, e as características da mente e
emoção o marcarão de modo muito particular. Sua “alma é forte e focada” naquele
ponto particular. Mas o desenvolvimento e realização espirituais são indicados
pelo largo corpo-alma, e as cores da aura, mais que profundas e intensas em
suas variações, tenderão à qualidade pastel – sendo “carregadas com Branco”. Há
uma significante e interessante correspondência a ser encontrada entre
“tendência direcional à brancura” nas auras dos humanos espiritualmente
desenvolvidos e sua inclinação pessoal em direção à simplicidade de maneiras e
pureza de integridade, motivos e propósitos. A espiritualização resulta em
simplificação e assim, com a evolução, as cores que representam a consciência
da pessoa tendem à simplificação da Brancura. Entretanto, uma vibração de
coloração pastel pode estar nas auras dos humanos espiritualmente
desenvolvidos; estas amáveis e delicadas formas de cor pastel têm grande
potência vibratória ou “poder de imposição”. Frases como “gota por gota (a
gentil e modesta ação da água) desgasta a pedra (água mole em pedra dura tanto
bate até que fura)”, “uma resposta branda afasta a ira” e “perdoe seus
inimigos” são correspondências de poderes entre as cores pastéis embranquecidas
da aura espiritualizada e a consciência espiritualizada de um humano altamente
desenvolvido. Também a presença da “potência pastel” na aura revela o grau de
integração da consciência da pessoa na direção de todos os planos de seu
funcionamento – os vários aspectos de seu ser e consciência estão, em grau,
unificados e harmonizados uns com os outros.
Todas essas observações em relação
ao Preto, Branco e Cores têm aplicação espiritual prática ao estudo dos
horóscopos. Quando estivermos prontos para parar
de usar nossos conceitos errôneos descobriremos que:
O ponto que deveria ser indicado por
um pequeno ponto arredondado, no centro do horóscopo é um símbolo – e o único
válido que temos – do caos, vida indiferenciada, a partir da qual toda
manifestação ocorre. Aquele ponto central aplicado ao horóscopo do humano
individual é a Ideia (Humanidade) concebida pela Mente Divina de nosso Logos; é
a partir daquela ideia que nós, enquanto arquétipos terráqueos, fomos
projetados para a experiência individualizada. Um círculo circunscrevendo
aquele ponto central simboliza nosso Logos como Consciência criativa individualizada
e sua manifestação, como o Sol – o corpo central ou núcleo de nosso sistema
solar. Como o homem é Espírito, esse símbolo composto de ponto e círculo
representa sua Essência Espiritual, seu Átomo-semente e seu potencial de tornar
perfeitos todos os seus corpos. Então, a partir daquele símbolo central a linha
esquerda horizontal emana para formar a linha Ascendente do horóscopo
individual humano. Se fosse graficamente possível e prático, poderíamos colocar
os símbolos do Sol (enquanto regente de Leão), Lua e planetas assim como os
Nodos Lunares e Roda da Fortuna nos pontos apropriados na circunferência do
mapa completo; a circunferência é claro a emanação completa do raio Ascendente.
A figuração dos aspectos feitos pelos pontos planetários seria mostrada por
linhas retas a partir do círculo central aos pontos no raio que determinam as
posições astronômicas para aquele tempo e espaço. O ângulo feito por qualquer
destas duas linhas indica por grau numérico o aspecto criado pelos dois pontos
planetários em relação. Todo aspecto em um horóscopo – como uma “coisa em si” –
tem polaridade nos dois corpos que se relacionam, e a polaridade – entretanto
ou onde quer que seja – é a ignição para a consciência. A pessoa, a partir de
seu centro de consciência como ser humano, desenvolveu certos
inter-relacionamentos entre os fatores de sua consciência humana. Esses são
“aspectos” – chame-os, ou pense-os como “pontos de vista” – que ele olha a
partir do centro de seu mapa (esta consciência central) para as condições de seu
mapa, para as condições de seu ambiente, seus relacionamentos, suas atividades,
suas fraquezas e deficiências, suas aspirações, seus ideais e realizações
relativas. Cada um desses pontos na circunferência da roda tem correspondência
com uma cor que pode aparecer em sua aura e cada aspecto entre os pares de
planetas em seu padrão de mapa corresponderá – basicamente – a uma qualidade de
sua cor áurica ou cores. A brancura de um horóscopo humano não é representada
pelos conteúdos do mapa (pois esses conteúdos se referem a ele ou o descreve
enquanto uma personalidade evoluindo a consciência da verdade), mas pela
brancura no círculo central do mapa – o símbolo central do Sol. Se os fatores
do mapa fossem indicados em espectros de cores, este círculo central se
manteria branco – pois se trata do Espírito onipotente, onisciente e
onipresente. O preto é indicado no horóscopo humano apenas pelo ponto central,
em mais nenhum local – e como tal simboliza a infinitude, a subjetividade
incomensurável e incompreensível da vida em si, a partir da qual todo Logo
criativo e suas manifestações derivam. Em nenhum lugar do horóscopo há
“maldade” (ou preto no senso de mal absoluto) indicada. Os pontos de vista que
denominamos aspectos de “quadraturas” e “oposições” são padrões indicativos de
tensão, desarmonia, ignorância ou congestão de qualquer tipo, mas ainda são
registros do corpo-alma do humano; os pontos que formam cada aspecto são
poderes divinos conforme diferenciados pela consciência humana em evolução. Partindo
do Preto do Caos, o Branco da Consciência Criativa estabelece um campo de
evolução e aquele programa evolutivo é o que cada horóscopo revela. É através
da purificação das Cores áuricas (regeneração de “aspectos e pontos de vista”)
que a realização da identidade com o Branco da Divindade é finalmente feito.
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