Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng92.htm
Nós humanos, tendemos
a identificar as coisas em termos dos sentimentos experienciados no contato com
elas. "Dor, sofrimento, dificuldade e tristeza" são as associações
que tendemos a fazer quando vem à nossa atenção a ideia de "hospital".
Com tais associações na mente e sentimento, enfatizadas com o passar dos anos,
não surpreende que ansiedade, medo e terror aflorem em nós quando a experiência
hospitalar se torna iminente. Reconhecemos e admitimos, de evidência de nossas
condições, que precisamos de ajuda; nós desesperadamente queremos nos libertar
da desarmonia e desconforto da doença e da lesão; mas, em nossa limitada
compreensão da "verdade hospitalar", tendemos a intensificar nossas
dificuldades. Nos tornamos tão preocupados com a dor e medo que anestesiamos
nossa consciência de saúde e nossa fé na disponibilidade de poderes de cura. É
verdade que as pessoas podem se
libertar das desarmonias físicas, emocionais e mentais por uma ação interior,
uma mudança na consciência de congestão em desarmonia para realização de saúde.
Estas pessoas dão a prova viva que sarar é
interior. A primordial e instintiva vontade de viver é a fonte básica do
sarar, mesmo para aquelas pessoas que não estejam cientes de uma fé consciente
na recuperação. Entretanto, a intensificação consciente da percepção da saúde e do sanar não apenas acelera a correção da
condição particular mas ainda reestabelece a saúde em todos os planos de
funcionamento. Todas essas formas de serviço que podem ser chamadas
"caminhos do sanar" são na verdade meios pelos quais os humanos assistem uns aos outros para diminuir
o medo e a desesperança e para intensificar seu reconhecimento da natureza do bem estar. Peixes, o signo
da décima segunda casa da Grande Mandala, é a chave.
Há duas mandalas
astrológicas, extratos da Grande Mandala Astrológica (a roda com doze casas,
Áries como signo Ascendente, trinta graus para cada signo zodiacal
correspondendo a cada casa), que pode ser estudada em consideração do porquê os humanos passarem por
experiências hospitalares. A primeira descreve as causas evolucionárias. Isto é representado ao indicarmos os
símbolos dos signos mutáveis nas
cúspides das casas nove, seis, três e doze, com o símbolo de Sagitário na nona
cúspide desenhado maior que os outros três e todas as quatro cúspides
conectadas por uma sequência de linhas retas e os dois diâmetros intersetores.
Este desenho resulta no quadrado mutável
e suas linhas de força internas
complementares. O desenho do quadrado deve começar na cúspide de Sagitário
pois esse signo é "o signo de fogo representante" da cruz mutável;
como tal, ele simboliza a apercepção da
verdade. O quarto signo em sequência horária de Sagitário é Peixes,
representando o elemento água e o sujeito deste discurso. Uma representação
mais condensada desta sequência será vista em uma linha vertical dos quatro
signos mutáveis com Sagitário na base, Virgem a seguir, Gêmeos a seguir e
Peixes no topo; uma linha vertical ao lado, com a cabeça da seta no topo
próximo a Peixes mostrará como (pois isto é uma "mandala quadrada")
"descuidos em Sagitário levam a condições negativas em Peixes"; em
outras palavras, a falta de percepção da
verdade leva à condição cármica da décima segunda casa, Peixes. Em termos
da "interpretação dos aspectos quadratura e oposição", esta mandala
revela que hospitais são lugares de limitação, constrição e enterro apenas para
a consciência que recusa as oportunidades de reconhecer a verdade; as condições
que tornam a hospitalização necessária são sempre
os resultados da expressão de inverdades no passado. Mas, Verdade é um
atributo do Ser eterno; ela está sempre
acessível, sempre a serviço e onipotente a ajudar. Portanto, a necessidade
cármica que denominamos "experiência hospitalar" pode ser vista como
uma oportunidade de perceber a verdade de ser na maior intensidade possível.
Se nesta mandala do
quadrado mutável Sagitário representa descuidos passados no conhecimento e
expressão da Verdade, então Peixes - no topo da sequência - representa a manifestação daquele descuido em termos
da necessidade de expiação. Nós
expiamos por meio do processo de refocalização da consciência e a
externalização desta refocalização é a experiência de retardamento ao sermos
encarcerados no hospital. O hospital é um local de limitação, encarceramento,
tristeza, dor e problemas apenas para a pessoa que se recusa a expandir a consciência de si mesma em
relação à sua experiência. Para uma pessoa que verdadeiramente busca a verdade, o hospital é um local de
oportunidade para renovar. A experiência dolorosa focaliza o grande
questionamento interior do "Por que?" Quando o "por que?"
da pessoa é sincero, a Verdade sempre e inevitavelmente recarrega sua
consciência e esclarece o significado da experiência. Auto piedade,
preocupações absurdas e amargura mantêm a pessoa alinhada ao "quadrado
mutável" - e todas as suas implicações. O desejo sincero de vivenciar a
saúde inspira a pessoa em sofrimento a buscar
a verdadeira compreensão das causas de sua condição.
A experiência
hospitalar de uma pessoa também provê de oportunidade similar cada um de seus
próximos queridos, aos quais é dada a oportunidade de se expandir e
impessoalizar em relação aos planos emocional e mental. Ao sentirmos pena de
forma impensada enfatizamos os elementos dolorosos da experiência de nosso próximo
amado, pois focalizamos nossa atenção no aspecto
doloroso exterior e não no significado verdadeiro da experiência como
indicativa da oportunidade para o crescimento, harmonização e realização.
Sagitário, como a "raiz" dessa representação do quadrado mutável,
sentencia que há uma compreensão de
princípios a ser percebida na experiência; quando se resiste e se ressente
à oportunidade, o encarceramento na dificuldade se intensifica; quando ela é
aceita, aliada à dissolução da auto piedade e auto justificação, o fluxo da
Verdade esclarece a consciência além de
fortalecer a fé e aprofundar a capacidade de simpatia pura. Então a pessoa
compreende de forma mais clara e verdadeira as dificuldades dos próximos, e os
poderes de auxiliar corretamente são expandidos e reforçados.
O caminho da evolução
humana pode ser atravessado de duas "formas" principais. Uma é o modo do misticismo; este é o
"Caminho do Coração" da simpatia, inspiração, instrumentação, devoção
impessoal, oração e dedicação. Ele é basicamente simbolizado por Peixes regido
por Netuno e signo de exaltação de Vênus. O outro é o modo do ocultismo, o poder radiante e o Caminho
da Mente. Ele identifica o caminho dos cientistas, inventores, artistas
criativos, mágicos e alquimistas. Todos humanos que servem através de
atividades de cura se inclinam a um destes modos, mas ambos os modos são
essenciais para a identificação de um Curador Mestre.
O caminho místico da
atividade de cura é bem ilustrado por pessoas como Bernardette Soubirous,
através de quem a instrumentação inspirada da Gruta de Lourdes se estabeleceu;
O Padre Flanagan, que estabeleceu a Cidade dos garotos, e todas as pessoas que rezam pela cura da humanidade também
ilustram o modo místico. Cientistas pesquisadores, inventores, administradores,
cirurgiões e dentistas ilustram o modo ocultista. Florence Nightingale, exemplo
primário do modo ocultista, foi um exemplo maravilhoso da combinação de ambos
os modos.
No tipo de curador
que mais proximamente se associa à correção da doença do paciente se encontrará
uma pista importante como causa cármica
da doença. O curador surge como representação personalizada da expansão de
consciência que o paciente precisa fazer - verdadeiramente
para corrigir a causa de sua doença. A habilidade de um cirurgião (ocultista)
pode corrigir o aspecto externo da condição, mas a suavidade devotada e amorosa
da enfermeira (mística) pode ser o poder que mais plenamente inspire o paciente
a renovar sua consciência sobre a verdade
da saúde; uma enfermeira descuidada, indiferente e sem simpatia pode
desencorajar o paciente e aumentar sua preocupação quanto ao seu problema. Seu
cirurgião, entretanto, pode inspirá-lo pelo seu comando de conhecimento e
habilidade, e esta forma de inspiração pode estimular no paciente um desejo
mais profundo que nunca de saber a
verdade de sua condição. É sinceramente sentido pelo autor que o curador
como ocultista é basicamente simbolizado por Netuno sendo exaltado em Leão, o
signo do Sol e símbolo arquetípico do poder.
A segunda mandala da
experiência hospitalar é a mandala do trígono
de água: um triângulo equilátero formado por uma linha reta conectando as
cúspides das casas doze, oito e quatro com os símbolos de Peixes, Câncer e
Escorpião apropriadamente colocados; o símbolo de Peixes desenhado maior que os
símbolos dos outros dois signos e o símbolo de Netuno colocado na casa doze.
Prepare três dessa. Na primeira, indique o diâmetro Peixes-Virgem; na segunda indique o diâmetro Escorpião-Touro; na terceira indique o diâmetro Câncer-Capricórnio. Estas mandalas
ilustram a plenitude do significado
de cada um do signos de água em relação à experiência de hospital pela
aplicação do Princípio da Polaridade. Os símbolos para os três signos de água
arrumados em uma vertical com Peixes no topo, Escorpião segundo e Câncer na
base claramente representarão a sequência apropriada para esta discussão.
Primeira mandala -
Peixes-Virgem: Este é o diâmetro da consciência da saúde, cuja depleção torna a
terapia ou o hospital - experiências necessárias. Virgem é saúde enquanto
potência básica que torna a atividade de serviço possível; Peixes é a redenção necessária daquela potência. A
pessoa cuja consciência de sua potência física ou habilidade é menor que sua
plenitude natural não pode expressar a plenitude de sua atividade de serviço,
mesmo que ela faça esforços heroicos a despeito de sua limitação. Aqueles
esforços feitos enquanto expressão de sua vontade são, contudo redenção a partir de dentro, mas se a
terapia puder servir como expansão ou desdobramento de habilidades, então a
pessoa "pediu pela ajuda de Peixes" - ela adentra o hospital,
"cessa" sua atividade prévia por um momento, aceita a limitação em
suas atividades e ao mesmo tempo aceita a oportunidade de mais plenamente
melhorar sua condição física e sua capacidade para o serviço. O edifício
hospitalar que ela entra para ajuda e regeneração é a exteriorização dos poderes da graça divina obscurecidos. Pense
sobre isso.
Ninguém é imune à Lei
de Causa e Efeito, mas apesar de todo indivíduo dever encarar e resolver seus
resíduos cármicos, os poderes da Graça Divina, inerentes em toda atividade
humana, auxiliam na resolução das dificuldades. A presença da Graça Divina no
coração humano se evidencia em cada hospital, desde as pequenas tendas em
campos de combate às gigantes e complexas instituições das cidades
metropolitanas; todos hospitais, do
menor ao maior, são continuamente
cobertos e recarregados pelas atividades de cura a partir de dimensões mais
elevadas. Os mais inspirados e dedicados de nossos curadores são aqueles
que são consciente ou inconscientemente mais sensíveis aos estímulos diretivos dessa Assistência Superior. Os humanos que veem
apenas na superfície das coisas, interpretam hospitais como lugares de dor,
sofrimento e escuridão. O oposto exato é verdadeiro: Hospitais são focalizações dos poderes curativos da luz e
do amor. Quando a humanidade em sofrimento percebe isso, toda atitude em
relação à sua necessária experiência hospitalar passa por uma drástica e
luminosa mudança. Fé, gratidão, esperança e encorajamento neutralizam os
efeitos constritivos da dor, e ambos consciência e corpo se expandem para um
ajuste mais eficiente aos tratamentos sanadores. O poder da Graça Divina transforma
o hospital de local onde se encontra um carma de dor, tristeza e limitação em
outro onde a redenção e a compensação possam ser experimentados.
Se a primeira mandala,
encabeçada por Peixes, é o “que e onde” da experiência hospitalar, então o
diâmetro Escorpião-Touro indica os meios pelos quais o serviço hospitalar é
realizado e cumprido. Esotericamente, Escorpião-Touro é o diâmetro da
administração, o princípio espiritual que se destila a partir da consciência
humana através das experiências de “custódia e direitos”. Aquilo que é “agenciado” no serviço e experiência hospitalar é poder regenerativo. Ele se origina em
dimensões elevadas e invisíveis, sendo direcionado pelos Servidores Invisíveis
e canalizado em cada instituição de cura pelos servidores humanos aos
necessitados. Os Servidores Invisíveis trabalham dedicadamente por longos
períodos de tempo para direcionar a focalização de poder para as necessidades
humanas e o signo de Escorpião simboliza muito claramente a consciência dedicada e habilidades
disciplinadas de todos os verdadeiros curadores humanos.
Florence Nightingale,
cujo trabalho infatigável se estendeu por noventa anos é um exemplo humano
maravilhoso de serviços persistentes
dos Curadores Invisíveis. Curadores se
disciplinam para a qualificação, mas nenhum deles “possui” o poder curador
– em sua administração de seu equipamento pessoal ele age como um “agente” daquilo que é projetado a partir de Fontes
Invisíveis para o uso neste plano.
Toda liberação de poder é subsequente é subsequente à focalização do Poder; o curador que de modo equilibrado e
harmonioso conserva seus recursos pessoais é aquele que pode mais efetivamente
liberar o poder que flui através dele aos seus pacientes; esses recursos se
referem aos aspectos físico, emocional, mental e espiritual de seu ser.
Portanto, Escorpião-Touro se refere ao material
de poder que torna a cura regenerativa possível através da focalização e liberação; se refere ao
Princípio da Administração que opera através da consciência dos curadores
visíveis e invisíveis; se refere à Fonte
onipresente de poder, a providência do Deus Pai-Mãe para a preservação e
regeneração das formas em evolução e microcosmos. Aquele que serve como
“curador”, em serviço dedicado, “dá as mãos” aos Líderes Invisíveis e serve
como seu instrumento encarnado “terreno”.
A terceira
representação dessa mandala, enfatizada por Câncer, polarizada por Capricórnio,
ilustra “aquilo” que inspira ou estimula o humano a palmilhar o Caminho do
Serviço de Cura. É o poder parental da
pura simpatia. Foi dito uma vez que “o primeiro hospital foi construído
quando um humano rezou de forma desapegada e na plenitude da fé para a cura de
outro colega humano”. Aquela forma de oração quando externada no plano físico é
a construção hospitalar que engloba, assim como o útero envolve o embrião em
crescimento, a emergência expansiva da consciência de saúde. Câncer, o símbolo
materno, ilustra as qualidades de simpatia, suavidade, clemência e compaixão que
inspira os humanos a auxiliar na cura de outros; Capricórnio é o símbolo
paterno e ilustra a providência da forma material organizada para a proteção e
inclusão das atividades de cura, correspondendo à casa material que o pai provê
para a proteção de seus filhos. “Embrião no útero” e “paciente no hospital”
correspondem-se mutuamente no sentido que cada um tem a oportunidade de renovar
desdobramentos em suas consciências de vida a partir da experiência.
A relação entre
administradores hospitalares e servidores aos pacientes tem muitos pontos de
similaridade com a relação dos pais com
seus filhos. Todos os terapeutas são “pais” para a renovação da consciência
de Vida de seus pacientes através de suas atividades em melhorias na saúde e a
melhoria na saúde é sempre uma forma
de libertação. Aquele que busca a libertação
das causas das desarmonias físicas
deve renovar, regenerar e revitalizar sua consciência; aquele que busca
verdadeiramente servir a senda da cura deve acrescentar isso ao seu
conhecimento estratégico e técnica aprendendo sobre a importância de auxiliar
outros a regenerar suas consciências. Curar é algo espiritual; aqueles que
curam mais verdadeiramente são aqueles que servem para revelar a onipotência, onipresença
e onisciência do Espírito Interior. A oração é a “técnica” para esta revelação;
oração e conhecimento estratégico unificam os poderes místico-ocultistas no
curador. Simpatia, humildade, dedicação às verdades factuais e espirituais,
disciplina pessoal equilibrada e fé tornam possível a qualquer curador “aterrar”
as forças regenerativas dos reinos superiores para uso no hospital onde ele ou ela servem.
Em conclusão, estas
três representações da mandala do trígono de água podem ser usadas para estudar
a experiência da prisão. Em sua essência
natural e propósito, prisões são
hospitais. Em ambos, os resíduos cármicos devem ser confrontados e
resolvidos; o mesmo Poder e Função serve a ambos; o objetivo primário de ambas as formas de serviço é: reparação, e “reparação” significa consciência aumentada de sintonia, a unificação
harmoniosa do corpo, emoção, mente e alma com o Espírito.
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