Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng41.htm
Observa-se
que a maioria dos estudantes de astrologia, vez ou outra, experimentam confusão
em sua investida de estudar e analisar fatores individuais de um mapa, tentando
ao mesmo tempo relacioná-los à soma total do mapa. Este material é oferecido na
esperança de servir para focar as sequências zodiacais em suas formações de
cruz e trígonos de modo que os fatores do mapa possam ser percebidos com maior
clareza; pelo seu valor individual assim como pela sua relação com o total.
Usaremos duas folhas de papel A4 para as mandalas.
O
primeiro passo na condensação será rever o que está sendo dito nestes artigos
várias vezes: existe apenas um horóscopo;
um Sol, uma Lua, um de cada
planeta, um Ascendente e um Meio do Céu, um de cada casa e signos, um
quadrado e uma oposição, uma conjunção, um sextil e um trígono, um raio e um diâmetro. Isto é assim, pois há apenas um Centro e um preenchimento dos potenciais daquele Centro.
O Centro é obviamente a ideia arquetípica da humanidade – da qual cada ser humano é
uma expressão especializada, encarnando por lei na dimensão triuna do tempo –
espaço – polaridade. Sua identidade pessoal nesta dimensão é dupla: seus potenciais
não preenchidos e suas conquistas relativas. O propósito de reencarnar é
realizar a identidade perfeita através do preenchimento de todos os potenciais.
Você é um veículo individualizado da lei de Causa (polaridade positiva) e
Efeito (polaridade negativa), pois você possui os atributos de expressar seus
potenciais de elaborar causas e reagir aos efeitos das causas. A identidade
perfeita é feita através dos processos de causar e reagir em ressonância com
Amor-Sabedoria. Suas modulações evolucionárias são as maneiras que você escolhe
expressar (causa inicial) e a reagir (interpretar o efeito).
Em uma folha A4 na vertical, divida o papel em
12 secções iguais. A linha de cima é designada “Fogo”; a secção superior
esquerda é designada “1- Cardinal”; a do meio é “2- Fixo”; e a secção da
direita é “3- Mutável”. As demais linhas devem ser preenchidas respectivamente
com “Terra”, “Ar” e “Água”. (Usaremos diagramas limpos usando um compasso para
os círculos).
Em uma folha em branco, a partir do representado
no centro do “quadrado” superior esquerdo, coloque um ponto e depois desenhe
uma horizontal para a esquerda de aproximadamente 3 cm. Termine esta linha com
um ponto preto grande.
Conforme o ponto de seu lápis emanava aquela
linha a partir do ponto central, você estava criando uma figura motriz
simbólica da quimificação de forças polarizantes. Esta linha, como você sabe, é
o Ascendente do horóscopo a ser; ela simboliza o aparecimento do Sol no
horizonte Leste – o “corpo do dia” – e ele também simboliza sua aparência química
neste plano ao nascimento, a aurora de sua encarnação. Nesta linha está
simbolicamente contida a soma total de seus “elementos genéricos” – suas
qualidades de, e capacidades para, sendo um causador e um vibrador simpático
aos efeitos das causas. Nestes termos se encontra sua identidade vibratória
como masculino e feminino, respectivamente. Em seu corpo físico é vista uma
especialização química que denominamos sexo; enquanto a aderência ao carma
biológico se sustenta, sua consciência de especialização é despertada pelo
contato vibratório com pessoas do sexo oposto. Seu carma vibratório é ativado
por pessoas de qualquer dos sexos cujas “misturas vibratórias”
masculino-femininas representem complementação de consciência para você. Pense
sobre isso.
Esta linha, sendo reta, é a forma mais simples de desenhar seus
potenciais genéricos destilados de todas as suas encarnações prévias e
“trazidas ao foco” durante o desenvolvimento pré-natal precedendo esta
encarnação. Nós “desdobraremos” a linha do ascendente assim como a flor
desdobra suas pétalas e estudaremos o significado da cruz como o arquétipo da
consciência humana de relacionamento a partir da qual nossa interpretação
experiencial deriva fundamentalmente.
A partir do ponto central deste primeiro desenho, desenhe uma vertical
para cima, uma vertical para baixo, e complete a horizontal da esquerda. Nós
agora temos uma figura arquetípica pura do esqueleto dos quatro macrocosmos da
identidade – o masculino o masculino feminino do homem e o feminino masculino
da mulher. No sentido anti-horário, começando pelo Ascendente, coloque os
símbolos de Áries, Capricórnio, Libra e Câncer – respectivamente nestes pontos.
As duas divisões verticais compõem a linha de geração – o processo dinâmico
pelo qual a substância da nova vida é gerada pela “colaboração” dos pais. Câncer,
regido pela Lua, é mãe; Capricórnio, seu complemento, é pai. Ambos são doadores
de vida; um – o homem – fecunda; o outro – a mulher – recebe a fecundação.
Agora, a partir do ponto médio da linha de Câncer, desenhe três quartos
de um círculo em direção ascendente através do ponto médio de Libra,
Capricórnio e Áries. Estes três quadrantes atravessados por esta linha –
compondo nove casas – simboliza os nove meses do período pré-natal, desde a
concepção ao nascimento. A linha de Libra simboliza o tempo durante este
período quando o sexo físico da encarnação por vir se torna objetivado e os
potenciais do sexo oposto são subjetivados – a serem subsequentemente
manifestos durante a encarnação, pelo companheiro. O complemento deste padrão
será visto ao desenhar a “linha circular de nove casas” desde Capricórnio até
Libra, em outras palavras “de pai a filha” uma vez que a linha circular Câncer
a Áries é “de mãe a filho”. Se fosse possível desenhar estas duas linhas
simultaneamente a figura seria aquela de virar a “vertical parental” através do
período pré-natal até o ponto de nascimento; um “Raio-X” da coordenação dos
elementos genéricos da encarnação por vir.
Uma pessoa encarna através de seus pais particulares pela ação magnética
da vibração simpática de sua combinação masculino feminino com a combinação
individual e coletiva de seus pais. O outro – e muito importante – fator desta
ação magnética é a “atração das diferenças” – a individualidade da criança
contrastando com a individualidade de cada um dos pais. Todas as relações entre
pessoas servem a evolução e relacionamento significa troca vibratória. Se a
criança fosse uma duplicata de “metade do pai e metade da mãe” nenhuma troca
poderia ocorrer – assim, nenhuma atração vibratória seria possível.
A “individualidade” da criança por vir é vista no quadrante remanescente
deste desenho – as três casas de Áries a Câncer. Esta é a involução – após
nascimento – em uso dos veículos físico e etérico e ninguém mais pode fazê-lo
além da criança. Ele, ninguém mais, usa seu corpo, sua mente, seus sentimentos,
emoções, habilidades e talentos. Os pais proveem a substância corpórea na
concepção e exercitam suas próprias mentes no serviço amoroso à criança após o
nascimento, mas a involução da criança para usar seus veículos é, por
necessidade, uma questão individual. (A complementação disso é obviamente o
quadrante de Libra a Capricórnio). O que está contido no composto dos veículos
etérico e químico é aquilo que será expresso, redimido e preenchido na
encarnação.
Este desenho de figuras em símbolos representa um fato estranho e
marcante: cada ser humano é seu próprio parentesco, sua própria fraternidade e
sua própria complementação marital. Outras pessoas são relacionadas a nós pela
nossa reação sentimental a elas, mas toda nossa reação sentimental emana da
mesma fonte – nossa consciência. Portanto, outras pessoas são expressões
quimificadas – ou manifestações de nossas próprias misturas vibratórias.
Sabendo isso, os Grandes nos disseram: “Amai-vos uns aos outros”.
Agora delineamos a base dos relacionamentos humanos: o homem masculino
feminino que é um causador de efeitos e reagente aos efeitos (“doador” e
“tomador”) e ela que é mulher bipolar causadora e reagente, doadora e tomadora.
Todas as relações humanas são derivadas desta base quádrupla. Portanto, a Cruz
Cardinal em nosso primeiro diagrama representa a identidade do “quatro em um”,
as quatro formas pelas quais os seres humanos dizem “EU SOU”. Mas identidade
não é suficiente em si, ela precisa expressão para que se torne perfeita.
Então, cada um desses signos cardinais emana de si, assim como uma linha emana
de um ponto, ou um plano de uma linha – duas expressões de identidade
espiritual – amor e sabedoria. Amor é o objetivo espiritual – redenção – do
desejo; sabedoria é o objetivo espiritual – redenção – da ignorância.
Desejo-ignorância é a compulsão cármica dupla que leva à reencarnação; através
dela forjamos o caminho evolucionário desde a virgindade até a realização
ideal. Os signos cardinais são, abstratamente, as pedras angulares de nossa
“casa de vida” – cujos quartos são as doze casas do horóscopo.
Há, como dito antes, apenas uma cruz como padrão, a variação de positivo
e negativo. Agora para correlacionar a cruz fixa e a mutável com a cardinal,
crie um mapa com doze casas para cada uma das duas secções remanescentes da
linha de cima, que você já designou como “fixo” e “mutável”, respectivamente,
de FOGO. No lugar do “fixo” coloque o símbolo de Leão no Ascendente, Touro na
décima, Aquário na sétima e Escorpião na quarta; “mutável” coloque o símbolo de
Sagitário no Ascendente, Virgem na décima, Gêmeos na sétima e Peixes na quarta.
Deixe seus olhos passarem de Áries a Leão a Sagitário. Você está imprimindo sua
mente com o fato de que os três signos do Trígono de Fogo iniciam as primeiras
representações da cruz da grande mandala. O padrão de elementos em cada uma
delas é similar: Fogo-Filho, Terra-Pai, Ar-complemento Feminino e Água-Mãe.
(Revertendo estas rodas o Fogo se torna o complemento masculino). De Áries
através dos nove signos até Capricórnio é “exaltação” – maturidade – do “EU
SOU”; a partir de um ser “gerado”, o símbolo arquetípico da expressão – Marte –
realiza-se na “paternidade” – tornando-se um doador de vida. Isto simboliza os
primeiros três quadrantes da Lua progredida após o nascimento – o clímax da
involução física, mental e emocional. (A involução espiritual ocorre durante os
28 a 30 anos – o cumprimento do primeiro ciclo da Lua progredida e de Saturno
em trânsito).
Uma vez que a sequência genérica vai
de Fogo para Terra para Ar para Água, podemos agora completar nossa tabulação
com as outras “emanações”. Os três mapas da linha de Terra terão como
Ascendentes: Capricórnio, Touro e Virgem, os de Ar: Libra, Aquário e Gêmeos, os
de Água: Câncer, Escorpião e Peixes como Ascendentes, respectivamente. Complete
os símbolos dos demais pontos estruturais de modo apropriado em todos os mapas
– o último dos quais, Peixes no Ascendente, representará a cruz que focaliza a
mais feminina, receptiva e refletiva dentre as doze. A linha de gestação em
cada mapa é (sendo dupla): do feminino da vertical ao masculino da horizontal
(como de Câncer a Áries) e do masculino da vertical ao feminino da horizontal
(como de Capricórnio a Libra) – sempre atravessando três quadrantes.
Para aplicação prática, desde que o
regente planetário de um mapa focaliza a vibração do signo Ascendente,
sugere-se que estas mandalas sejam estudadas em relação ao mapa genérico; esta
é a variação do mapa natal na qual o mapa é virado (a menos que o regente do
Ascendente esteja no signo Ascendente) de modo que o signo no qual o regente do
Ascendente está é colocado na Cúspide do Ascendente. Se for um homem e aquele
for um signo masculino, aquela variação é um mapa genérico masculino; se o
signo for masculino e a pessoa uma mulher, inverta e leia como mulher, etc.
Aplique a “linha gestacional” ao mapa genérico que coincida com o sexo físico
para a identificação parental – correlacione com o mapa natal. As duas
variações genéricas combinam o composto genérico do mapa natal de forma que os
elementos genéricos podem ser estudados separadamente.
Agora um novo papel para maior
condensação.
A partir do centro desta página crie
um mapa com cerca de 6 cm de raio; coloque os símbolos zodiacais na sequência
regular a cerca de 3 cm da circunferência. Entre este anel com os símbolos
zodiacais e a circunferência formando um segundo anel, coloque os símbolos
desde o ascendente no sentido anti-horário: Áries, Leão, Sagitário, Câncer,
Escorpião, Peixes, Libra, Aquário, Gêmeos, Capricórnio, Touro e Virgem. Signos
cardinais, fixos e mutáveis cobrem as casas cardinais, fixas e mutáveis. Este
círculo interior dos signos nos mostra o “desdobramento” dos elementos em
termos de seus potenciais de Amor-Sabedoria – as expressões espirituais da
identidade. Este “espalhar” nos mostra os decanatos em ação. A congestão da
Identidade, a congestão do Desejo e a congestão da Ignorância da cruzes
cardinal, fixa e mutável, respectivamente, encontram redenção através dos
atributos de Amor-Sabedoria inerentes a cada signo como expressão do princípio
“EU SOU”.
Cada casa do horóscopo constitui um
foco evolutivo experiencial de relacionamento ambiental especializado; a
sequência dos signos na Grande Mandala sincroniza princípio com atividade; em
outras palavras, os princípios filosóficos inerentes a cada um dos doze
“departamentos de experiência” são representados pelo significado essencial do
signo que está abstratamente identificado com ele. Variações na colocação dos
signos sobre as cúspides dizem respeito a questões de evolução pessoal; mas
podemos olha para elas com maior clareza se reconhecermos que todas as variações
são emanações – não “diferenças” – de uma base arquetípica.
O cinturão zodiacal ao redor de todo
horóscopo é uma sequência completa e ininterrupta sempre. O “espalhamento” de
cada elemento na formação do trígono, no interior do mapa, é a cobertura espiritual
de cada elemento contribuinte de cada uma das quatro bases genéricas pelo mapa.
A confusão sentida pelos estudantes diz respeito à sincronização da sequência
de “cardinal, fixo e mutável” com “Fogo, Terra, Ar e Água”. Reconheça agora,
caso ainda não o tenha feito, que esta aparente “mistura” de cruz com trígono é
a representação simbólica de uma Verdade Cósmica: o Microcosmo nunca se separa
do Amor-Sabedoria de seu Macrocosmo – ou “Humanidade do Deus Pai-Mãe”.
Pense sobre isso – silenciosamente,
profundamente e com concentração focada. Foi sentenciado muitas e muitas vezes
por professores através da religião e da filosofia desde tempos imemoriais:
deixe a realização emanar a partir de seu conhecimento interior.
Como nós,
como “Ascendentes” somos microcosmo do Deus Pai-Mãe, a Lei da Correspondência
(assim como em cima, é embaixo; assim como embaixo, é em cima) se aplica a nós
deste modo: nossos próprios potenciais de Amor-Sabedoria estão em nosso
interior eternamente – independentemente de nossas congestões, confusões e
escuridões. Estas escuridões da consciência são evidências de “não amor” e “não
sabedoria” expressados – mas nós mesmos somos os recursos de suas
transmutações.
Tente esta
condensação com tantos mapas quanto dispuser. Liste os planetas em cada mapa
por cruz, então identifique as colocações de seus trígonos. Faça “mapas
rascunhos” utilizando o “espalhamento por decanatos” – começando do signo
Ascendente para estabelecer a figura em sua mente de que cada signo é um poder
consciencial que pode se expressar em oitavas mais e mais elevadas. Sua abordagem
global na síntese e análise do mapa será simplificada e se tornará mais clara a
partir de então.
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