Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng45.htm
Estudemos os princípios de governo simbolicamente indicados quando os Astros estão em seus Signos de
Exaltação. Estes representam o governo relacionado à maestria – a expressão, enquanto regência, do poder solar por humanos altamente evoluídos
(regiamente) que têm, como propósito, a iluminação da consciência da humanidade.
Esta abordagem de regências revela os atributos espirituais inerentes a cada
tipo, assim como as obrigações espirituais inerentes a essa forma de serviço.
A primeira é a Exaltação do Sol no Signo de Áries.
A identidade é “Eu Sou um Filho (ou Filha) Gerado do Pai-Mãe Deus”. Essa é a
identidade do nascimento espiritual e da consciência de possuir atributos
divinos. A regência indicada por esta vibração é autodomínio, fonte da
qual derivam todos os demais governos espirituais e da qual emanam todas as
expressões de amor e sabedoria transcendentes. Os sacerdotes-reis do antigo
Egito, formosamente descritos por Joan Grant em seu belo livro “O Faraó Alado”,
exemplifica esse tipo. Esses grandes regentes eram provados espiritualmente por
suas qualificações para servirem como governantes de seus povos naquela que foi
uma das épocas espirituais mais notáveis de projeção da história humana. Posto
que as especializações emanam do Uno, este ponto de Exaltação do Sol respalda
qualquer tipo de governo espiritual. O Regente de Áries, Marte, está exaltado
em Capricórnio. Nesse estudo Capricórnio simboliza o conceito hierárquico do
governo aristocrático; a especialização em “classes” reflete (ao menos deveria) as graduações da evolução espiritual. Originariamente a religião Bramânica
da Índia se baseava nesse conceito; Platão falou da “regência pelo
eleito filosófico”. A Exaltação de Marte em Capricórnio, em termos genéticos, é
a maturidade do princípio masculino no cumprimento da responsabilidade. Vê-se,
dessa maneira, a qualificação espiritual que designa os verdadeiros regentes em
um governo hierárquico: a responsabilidade de manter vivo o “Eu Sou” espiritual
de tal maneira que a função de governar os menos evoluídos possa ser exercida
com positivismo, coragem e senso de amor paternal como a motivação de amor
protetor. Dar vida é atributo dos pais; manter princípios de governo que
contribuam para o bem-estar e progresso gerais (material, intelectual e
culturalmente): esta é a vida que o verdadeiro governante aristocrático oferece ao seu povo. Seu atributo marciano lhe possibilita defender a si e,
consequentemente, seu povo das cristalizações de preconceito, da congestão
de casta, e das avaliações superficiais. Mantém vivo em sua consciência –
porque Marte é a vibração ultra masculina, como um derivativo do Sol – o senso
de se valorizar e apreciar como um trabalhador no mundo. O vigor, a virilidade
e o positivismo de Marte regenerado proporcionam saúde como efeito; o
exercício desses atributos neutraliza os perigos de congestão na indolência, no
luxo, e no parasitismo que se infiltra numa sociedade fundamentada no princípio
do dinheiro, da posição e dos valores herdados. Marte em Capricórnio é
vitalização do senso de amor paterno; seu exercício exige autodisciplina e
trabalho.
A Exaltação da Lua em Touro, segundo Signo de Terra, desperta o
instinto de alimentar e proteger o imaturo dentro da consciência de serviço.
Os fracos se tornarão fortes. Os imaturos se tornarão maduros. O negativo da
vibração de Câncer é superproteger e superalimentar aqueles que são dependentes
até certo ponto. A manutenção do desenvolvimento do fraco e imaturo é a oitava
exaltada do poder da Lua. Proteger o desenvolvimento é uma contribuição ao
progresso evolutivo; fomentar a fraqueza é contribuir para o atraso. A grande
Elizabeth da Inglaterra tinha a Lua em Touro, na 4ª Casa, e certamente nenhum
governante em nenhuma época foi mais respeitosamente atento e sensível ao
vigoroso potencial evolutivo da nação regida. Um fator psicológico significativo é visto nessa posição: Touro é o Signo da 11ª Casa da Lua; como
tal se relaciona a Câncer-Lua assim como Aquário-Urano se relaciona a Áries.
Essa posição da Lua (relação de um Signo da 11ª Casa com a sua Dignificação)
impõe, aos espiritualmente maduros, a necessidade de descristalizar a sensação
de possuir aos imaturos e fracos. Procurar maternalmente (de uma maneira lunar)
possuir a outra pessoa é identificar Touro como a polaridade de Escorpião; os
dois juntos formam o diâmetro desejo-poder. Qualquer indivíduo ou governante
com a responsabilidade de alimentar através da posição da Lua em Touro, é
prevenido a se abster de considerar a pessoa mais fraca e imatura como uma
posse pessoal. A nação e a riqueza da nação não são posses da função
governante. Um governante recebe recompensa por seu trabalho como qualquer
outro trabalhador; esta recompensa deve ser uma expressão de troca entre o povo
da nação e seu governante, um pagamento pelos serviços deste como guardião
coordenador.
A “influência protetora” de Urano que se deve encontrar nesse
padrão é a descristalização da congestão criada pelo desejo-possessividade na manutenção
do crescimento e desenvolvimento, pelo respeito aos potenciais do indivíduo
para crescer e se realizar. Aplique essa instrução de modo pessoal ou nacional
– o padrão é arquetípico. A aspiração evolutiva do Próprio Logos Solar torna
possível a ação epigenética no microcosmos – desse modo é representado o
respeito do Pai-Mãe Deus por seus filhos. O poder solar liberado através dos
princípios lunares diz: “Deixe o microcosmo gerado crescer, se desenvolver, se
expressar e realizar seus potenciais: ajudá-lo, guiá-lo, instruí-lo,
alimentá-lo, nutri-lo, protegê-lo, mas deixai o meu poder fluir por ele com
força sempre crescente; não o protejam em excesso contra a entrada de meu
Estímulo Criativo. Encoraje-o sempre à constante expansiva radiação de amor
pelo microcosmo; não coloque barreiras a essa expressão por possessividade
congestiva”.
A Exaltação de Saturno em Libra é a fusão espiritual
alquímica da justiça com a misericórdia. É a dissolução da severidade excessiva
e da cristalização de conceito pelo exercício dos impulsos humanos. É também
(porque Libra, neste mandala, simboliza o conceito de governo democrático) o
equilíbrio da auto expressão na governança por uma consciência de
responsabilidade mútua dos cidadãos por meio de sua identidade fraternal enquanto co-nacionalidades. A Exaltação de Saturno nesse Signo é o símbolo
astrológico do conceito de justiça para todos – uma lei que se aplica ao pobre e ao
rico, ao instruído e ao ignorante, e significa que as verdadeiras leis são
cópias das leis divinas no sentido de que ninguém está isento delas. As leis
que protegem um às custas de outro representam as características degeneradas
da corrupta aristocracia de Saturno – a ilusão de superioridade de casta e as
injustiças das avaliações pela posse de riqueza. Nesse sentido, a administração
de certo governo religioso de âmbito mundial parece ser, em seu melhor, um devoto dessa lei de justiça para todos. Suas portas ficam abertas
para todos, suas medidas corretivas se aplicam a todos, a despeito de posições
ou posses mundanas. No que tem de pior, o símbolo de Saturno em Libra
contrabalança erros com pagamento material. Nas sociedades em que a posse
financeira é considerada o padrão de avaliação, uma transgressão espiritual
contra o indivíduo, um grupo ou contra a própria nação é considerada resgatada
se uma certa transação financeira for efetuada. Essa congestão de ignorância desempenha papel infame na história humana – é uma das ações mais
blasfemas de que o humano é capaz. É congestão de tal escuridão que
pode ser necessário um destino maduro de uma vida inteira para o governante, a
fim de descristalizar e regular o desequilíbrio. Na consciência humana, isto é,
na consciência dos indivíduos que governam, essa posição de Saturno no mandala
destaca a Luz Branca de Saturno, quando o governante reconhece sua fraternidade
– como um concidadão – com seus governados. Essa é a justiça balanceada e o
equilíbrio no relacionamento governante-cidadão. Que nenhum governo esqueça
esse princípio; dele depende o recurso de valor espiritual do serviço
governamental.
Libra, como significador do princípio de governo democrático, é
a fusão dos princípios do matrimônio com os princípios do autodomínio
contributivo. Em uma democracia, homens e mulheres têm o privilégio de se
expressarem, e esse conceito governamental é um dos quais, provavelmente mais
que qualquer outro padrão grupal, tem melhor servido para descristalizar a
ilusão de superioridade e inferioridade entre os sexos. O
matrimônio é uma cidadania com dois pontos de intercâmbio recíproco, o
desenvolvimento mútuo e o cumprimento mútuo. A democracia é uma cidadania de
muitos pontos de intercâmbio mútuo, de desenvolvimento mútuo e de cumprimento
mútuo. Um casal é um microcosmo de todos os homens e mulheres de uma nação em
particular; a polaridade da nação é a extensão da polaridade do casal. Encarnar
sob um governo democrático é realizar o resultado de muitas encarnações de
esforço regenerador como indivíduo; assim como com o Aspecto Trígono, tal
conquista impõe a responsabilidade (Saturno) de contribuir para o bem mútuo e
para a justiça de todos.
A Exaltação de Vênus (como regente de Libra) em Peixes é a
conscientização dos poderes espirituais como instrumentos governantes dos
assuntos da humanidade. Perceber as verdades por trás da posição de
governantes, as experiências das nações e a alquimia espiritual que atua continuamente
para concretizar o ideal da Humanidade torna possível a realização da relação fraterna interior entre a humanidade e outras vidas terrenas.
A natureza essencial da Cidadania é a “Fraternidade localizada”.
Como habitantes desse Sistema Solar, nossa primeira identidade de cidadania é a
(que chamaremos) de “solarianos”. Essa identidade é derivada do fato de que
todas as expressões de vida nesse Planeta e nos outros Astros deste Sistema são microcosmos de uma fonte comum: nosso Logos
Solar. Se houvesse algum modo de identificar nosso Sistema em seu
relacionamento com outros Sistemas Solares da galáxia, poderíamos
qualificar nossa identidade como “cidadãos galácticos”, depois “cidadãos
arqui-galáticos”, até a identidade final que temos com todas as outras
expressões de vida, como “Universarianos” ou “Cosmosianos”. Contudo, nossa
localização imediata no Cosmos é dada pela identidade com nossa Fonte Criadora
imediata, o Manifestador e Governador desse Sistema. Poderíamos designar esta
Fonte por um nome personalizado, por exemplo: “Hélios”. Isso poderia
especificar a identidade de nossa Fonte na inter-fraternidade de outros Logos
Solares em nossa galáxia. Então nossa identidade de cidadania poderia ser,
como membros desse Sistema. “Heliosolarianos” para diferençar nossa condição de
cidadãos de outros “Solarianos” em nossa galáxia. Como um cidadão americano de
antepassado espanhol é um “hispano-americano” (a procedência – derivativa –
qualifica a identidade localizada), do mesmo modo seríamos designados como “Heliosolarianos
Terrestres” para especificar nossa cidadania imediata no Planeta Terra do
Sistema Solar de “Hélios”. Em nossos horóscopos, o tradicional símbolo circular
do Sol colocado no centro da roda é o símbolo Astrológico de “Hélios” como
nossa Fonte Criadora; o símbolo sugerido do “semicírculo na linha horizontal”
(representação simbólica do Sol nascente) é nossa consciência personalizada da
existência e natureza de “Hélios”; nós designamos esse símbolo simplesmente
como “Sol” porque ele representa uma compreensão relativa da natureza de
“Hélios”.
O símbolo Astrológico arquetípico de cidadania democrática (como
princípio da fraternidade se manifestando em uma forma de governo) é o Signo de
Libra, Signo da 7ª Casa do Grande Mandala e iniciador Cardeal da triplicidade
de Ar, da qual todas as especificações de fraternidade são derivadas. Em
virtude de os quatro Signos Cardeais indicarem as especificações básicas de
nosso Ser polar-genérico, o mandala com Libra no Ascendente será, agora,
considerado como a raiz de nossa consciência de cidadania democrática.
Como “Cosmosianos” o mandala de Libra configura nosso atributo de “Reatores e Refletores” – reagimos aos estímulos das expressões de
outras pessoas. O mistério oculto do aspecto positivo do poder vibratório de
Vênus, como Regente de um Signo Cardeal, é observado no fato de que a ação que
expressamos subsequente à reação a uma expressão negativa de outra pessoa pode
ser uma expressão de alquimia que transmuta; podemos reagir com dor, mas não
temos que projetar novamente de acordo com a reação de dor; podemos projetar de
novo de tal maneira que o atrito, a desarmonia ou a condição negativa em geral
seja neutralizada. Por conseguinte, nesse mandala, Libra (um dos Signos focalizado por Vênus) é o que expressa, mas sua expressão, devido a Libra é a
polaridade reflexiva de Áries, é de alquimia contrária ou transmutativa. Nesse
mandala, as “transcendências” dos Signos de Libra através de Peixes focalizam os
elementos de consciência anímica naqueles capítulos de experiência arquetípicas
que geralmente pertencem à consciência do “eu separativo”. Reagir e expressar
pela alquimia transmutadora é elevar a consciência do eu separativo ao grau
da oitava do “eu inclusivo”. Na medida em que a ação regenerada segue a reação,
as forças vibratórias combinadas de duas ou mais pessoas magnetizadas na
relação serão transmutadas.
Em termos
físicos, esse mandala retrata a mulher como aquela que expressa, e o homem como
aquele que reage; retrata, em sentido mais abstrato, a expressividade da
consciência anímica e a reatividade da própria consciência. Expressões
dinâmicas de egoísmo negativo são coisas que sabotam a receptividade da
vibração de Vênus; a expressão reativa de Vênus é para neutralizar o elemento
destrutivo e, assim, estabelecer um maior grau de bem unificado. Na
fraternidade democrática do matrimônio, esse Ascendente Libra configura não
somente a mulher; configura também a composição alma-consciência de ambas as pessoas;
simboliza as belezas e perfeições que cada pessoa vê na outra; simboliza as
belezas e perfeições de cada uma e que são incendiadas na consciência pela
essência dinâmica da outra. Isso é “se elevar no amor” (não “se apaixonar”)
pelo qual dois seres humanos, cidadãos no mundo de um relacionamento
intensamente concentrado, se capacitam em perceber seus elementos anímicos por
meio da ignição mútua de idealidades. A alquimia transmutadora que tem lugar
num relacionamento amoroso (e todo relacionamento amoroso é matrimônio nos
reinos da consciência) é Libra como iniciador de uma nova consciência de vida e
como um originador de um novo mundo de experiência. Esposo e esposa – duplas
manifestações de amante-e-amada – são cidadãos fraternos no “país democrático
da união que eles estabelecem”; o desenvolvimento epigenético de cada um, por
meio da fusão mútua física, mental, emocional e vibratória é o propósito da
união; a expressão individualizada de ambos, o respeito mútuo às
individualidades e a ação colaboradora no serviço amoroso de gerar e criar
filhos constituem as qualidades democráticas da verdadeira união amorosa.
Consequentemente, vemos que um governo baseado em princípios democráticos é,
entre todos os governos, o mais altamente carregado com a essência da
consciência amorosa. Somente pessoas que haviam desenvolvido um alto grau de
percepção da unidade do poder do amor foram qualificadas para promulgar
princípios de governos democráticos. Eram pessoas que haviam entendido, até
certo ponto, o ideal de inter-fraternidade de humanos como terráqueos
e como cidadãos de grupos nacionais localizados. O respeito aos direitos
individuais de homens e mulheres e a criação de oportunidades para a expressão
individual configuram os princípios do amor espiritual no matrimônio
transpostos para a oitava ampliada da convivência de homens e mulheres nesse
Planeta ou num tipo racial específico ou numa forma nacional particular. O ser
humano individual, na localização de sua vida familiar pessoal, demonstra o tipo
de sua consciência de governo; como ele é em sua consciência é também com sua
família e nas suas relações com seus concidadãos.