Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng91.htm
A palavra “afluência”
é derivada de duas palavras Latinas: “a” significa “para” ou “em direção”, e
“fluere” significando “fluir”. Nós comumente a utilizamos para nos referir a
condições caracterizadas por abundância, prosperidade, plenitude de suprimento
e riqueza, mas uma consideração da derivação da palavra nos dá uma pista para
seu significado esotérico. Ela não é basicamente uma descrição de condições senão uma qualidade de consciência pela qual a abundância é percebida e manifesta.
Em outras palavras, a consciência humana – a “luz pela qual o humano percebe a
Luz” – contém um potencial de funcionar “afluentemente” de forma que,
correspondentemente, condições de abundância possam fluir em direção a e interiormente aos ambientes e afazeres humanos.
Como o desejo de vivenciar a saúde é uma das muitas conquistas humanas para perceber a Luz, assim é o desejo de
vivenciar afluência; é importante considerar como um ser humano pode gerar o tipo de consciência que torna a
abundância evidente em sua vida.
Se a consciência de
“fome” é indicativa de uma necessidade
profundamente sentida, então a “pobreza” é uma combinação daquela necessidade
com uma convicção de que a necessidade pode não, não será ou deverá não ser
satisfeita. A pobreza é o oposto da afluência – ela representa uma condição
“limite” da consciência que se exterioriza pela deficiência ou falta relativa
de coisas essenciais ou desejadas. Não nos sentimos “pobres” por
não ter algo ao que nos sentimos indiferentes; “sentir-se pobre” é sentir-se privado daquilo pelo que temos um forte
sentimento de desejo ou necessidade. O complexo de pobreza é uma forma de
padrão mental, de qualidade congesta, pelo qual um humano se priva de
realizações de afluência; esta privação é uma convicção de deficiência que caracteriza seu viver geral ou se
manifesta em algum fator específico ou área de sua vida. O complexo de pobreza
é sempre um retorno cármico de mau uso ou abuso dos meios e oportunidades em
vidas passadas. Ele é essencialmente construído sobre o medo residual ou culpa
trazida – como reação no subconsciente – de ações passadas caracterizadas pelo
desperdício, destrutividade, desonestidade ou desonra. Pelo desperdício minamos
nossa consciência de uso correto; pela destrutividade ativamos um poder de
repulsão no subconsciente que “nega” nosso desejo de atrair aquilo que agora
queremos ou requeremos; pela desonestidade ou desonra nós privamos outros
daquilo que é deles por direito e o resíduo subconsciente, que se apresenta
como complexo de pobreza, é a enervante “sem vida” essência do medo e culpa.
Tenha curta ou longa duração, o “sentimento de pobreza” é sempre um indicativo,
entregue à mente consciente a partir da reação do subconsciente, de que uma
drástica revisão da consciência se faz necessária. Aquela revisão deve ser estabelecida na mente subconsciente
antes que as condições melhoradas apareçam nos assuntos exteriores. Em outras
palavras, o sentimento da pessoa sobre a
vida e ela mesma deve ser mudado por um processo de “abertura” de forma que
ela, por expressão de sua consciência, possa “fluir mais livremente na vida” e
consequentemente as manifestações da abundância da vida possam “fluir mais
livremente em seus assuntos pessoais”. A água é talvez o símbolo mais perfeito
do princípio da afluência da vida;
lembre que ela deve ser liberada a
partir de seu estado de suspensão enquanto nuvem, neve e gelo antes que possa
fluir doadora de vida como rios. É o poder do calor que libera o potencial da água de seu estado estático
enquanto gelo e neve; correspondentemente, alguma forma de calor espiritual deve ser estabelecida na subconsciência humana
como meio de revitalizar sua aparência em si e em suas condições. Como esta conquista renovadora é feita?
Consideremos o que a Grande Mandala Astrológica (o círculo com doze casas
circundado pelo cinturão zodiacal com Áries no Ascendente) tem a nos dizer:
Olhe primeiro para os
dois signos que focalizam os dois braços do diâmetro vertical: Câncer, água
cardinal, está na extremidade inferior; Capricórnio, terra cardinal, está na extremidade
superior; o eixo vertical total é a linha
de geração ou parental. A Lua, regente de Câncer, é o símbolo arquetípico
da mãe; Saturno, regente de Capricórnio, é o símbolo arquetípico do pai.
Esotericamente, estes dois signos e a linha que eles formam como “emanação” a
partir do centro do mapa, se referem ao atributo
gerador do ser humano quanto a seu próprio destino pela maneira que ele
exercita sua consciência, de encarnação a encarnação. O humano qualifica a
linha evolucionária de sua existência pelo que ele estabelece em sua mente
subconsciente (Câncer) e pelas formas que ele exterioriza o estabelecido
(Capricórnio). Pela sua participação no poder
criativo do pensamento, cada humano é a mãe e o pai da qualidade de sua própria linha evolucionária. Pelos seus poderes de
reação no sentimento, ele se apercebe
do que ele estabeleceu em sua mente
subconsciente; por seus poderes de expressão
(pensamento, palavra e atos) ele corporifica
aquilo que estabeleceu em seu território subconsciente. A “convicção de
pobreza” é uma “escuridão no subconsciente” – significa que a pessoa, no
passado, identificou-se com a escassez
por algum tipo de ação representante do mau uso ou abuso de oportunidades e
meios. Em suma, por suas falhas nessas questões, ele “alberga” a condição
presente ou situação por ele “identificada
como pobreza”. A pobreza não é uma
realidade da vida, senão uma
interpretação individual de condições baseadas em reação cármica. Pense por
um instante: A vida é “pobreza-penúria”?
Nosso planeta é “pobreza-penúria”? Todo
ser humano tem o mesmo tipo de complexo
de pobreza que outro ser humano? Todos têm
que sofrer do complexo de pobreza eternamente? A resposta a todas essas
questões é não. Consideremos uma
pista astrológica esotérica muito importante e interessante para os meios pelos
quais o complexo de pobreza pode ser
descristalizado de modo que as energias bloqueadas possam ser liberadas
afluentemente.
A pista é encontrada
nas exaltações planetárias – poderes
anímicos de percepção espiritual, destilados a partir da regeneração consciente em vidas passadas – assim
como se apresentam na Grande Mandala Astrológica: Júpiter, regente de
Sagitário, exaltado em Câncer; Lua, regente de Câncer, exaltada em Touro; Vênus
o princípio do Equilíbrio – através da troca, rege Touro e Libra; Saturno,
regente de Capricórnio, exaltado em Libra; Marte, regente de Áries, exaltado em
Capricórnio. Primeiro Júpiter exaltado em Câncer, como apreciação do poder de
“doação”:
Se desejarmos superar
um complexo de pobreza, temos que expressar nossa sinceridade naquele ponto fazendo algo de natureza afluente para
manifestar a condição desejada em termos de experiência humana. Aquela
forma de expressão é o que chamamos “dar”. A sentença “é mais abençoado dar que
receber” é muito mais que “provérbio antigo”. Ela contém uma diretiva
metafísica profunda e oculta: o ato de
dar é uma benção para a mente subconsciente de quem dá. Se você estiver
convencido, em seu subconsciente congesto que um estado desejado ou requerido
“não é para você”, mas você faz algo
para tornar possível a outra pessoa realizá-lo, você toma o primeiro e mais importante passo em
descristalizar seu próprio complexo de pobreza. Caso seu complexo de pobreza
fosse “total”, você nem pensaria em tentar fazer aquilo evidente para outra
pessoa. O fato de você dar daquela coisa
imprime na mente subconsciente que você está
ciente da disponibilidade da coisa. Com aquela ação, realizada em sincera atitude de auxílio, você começa
liberar as energias subconscientes, pois dar
é afluência em ação. Você se abre então às possibilidades de reconhecer a
coisa desejada ou necessária em suas próprias relações e ambiente.
Consequentemente, o resultado é que você criou
mais luz em sua mente subconsciente e aquela criação a partir de então se
torna um imã que passa a atrair coisas consistentes com seus desejos ou
necessidades. Com o sentimento de iluminação, resultante da “liberação”
decorrente de sua ação de doar e da maior consciência de doação, a exaltação de
Marte em Capricórnio o torna mais
consciente do que você deve fazer, como disciplina pessoal e
desenvolvimento, de modo a tornar aquele empreendimento alcançado uma
“associação permanente” de sua consciência anímica. Em outras palavras a nova
abertura o leva a um espaço novo de aventura espiritual, cujo objetivo é a organização integral, para uso permanente,
do novo atributo espiritual. Um ato de doação e auxílio sincero inicia o processo de afluência; mas
Marte exaltado – esforço construtivo
persistente – deve ser usado de modo a dissolver completamente o complexo
de pobreza presente há muitos anos e que a energia relacionada ao mesmo seja
completamente traduzida em consciência de Luz. Isso significa que mais auto-honestidade precisa ser alcançada;
coragem e autoconfiança precisam ser desenvolvidas; mais esforço metódico e
consistente precisa ser usado nas condições e atividades presentes; todas as
tendências e inclinações a segurar outros – mentalmente, emocionalmente ou
fisicamente – em qualquer tipo de ligação excessiva precisará ser abandonado.
Lembre-se, você quer liberdade de seu
complexo de pobreza, portanto deve dar aos outros a dádiva da liberdade;
para fazer isso você terá que deixar certos tipos de medo, mas a intrepidez é em si um atributo de
afluência. Como poderia a água fluir se houvesse medo de se mover, e se
houvesse medo de derreter no gelo e
neve? Temos que ser entusiásticos em derreter
e dissolver as congestões secretas quando buscamos a consciência – e
evidências – da afluência. Os poderes da Verdade, Coragem, Fé, Amor, Alegria e
Liberdade são as “qualidades termais” pelas quais o espírito derrete as
constrições paralisantes estabelecidas pelo “ego pessoal” em sua expressão de
interpretações degeneradas.
Se a abundância financeira é seu símbolo de afluência desejado ou
requisitado, então os dois pontos que estão exaltados nos signos de Vênus nos
dá algumas pistas. A pessoa que exercita o cuidado das questões materiais de forma caótica e desorganizada - não
importa quanto dinheiro tenha - está operando longe da afluência, pois este tipo de funcionamento é evidência concreta de fraquezas no trabalho.
A exaltação da Lua em Touro - o signo da segunda casa - pode ser dita como
portadora da palavra chave: Eu estabeleço
afluência pelo cuidado correto - agora.
Em casa, em estabelecimentos de negócios, em atividades profissionais ou
assuntos comerciais, os humanos não podem ser
desorganizados em seus padrões de trocas financeiras e esperar continuar
registrando afluência. Nós impomos fardos aos outros se perpetuarmos desordens
em questões pessoais e cedo ou tarde teremos que corrigir o desequilíbrio. O
signo de Touro é polarizado pelo signo fixo de água Escorpião que se refere à consciência sexual. É fato estabelecido,
por investigação psicológica e metafísica, que a consciência do dinheiro tem como contraparte a consciência sexual.
Ambas são aspectos do desejo por manutenção
e perpetuação. Assim, congestões nas atitudes em relação ao dinheiro e ou
sexo, têm efeito retroativo em seu oposto. Nesses dias de "aceleração evolucionária"
os humanos têm muitas chances de resolver muito carma de vidas passadas, sendo sexo e dinheiro os desejos responsáveis por muitas das expressões
negativas de nossas vidas passadas.
Considere isso à luz
dos programas de forte taxação com os quais estamos lidando. Também à luz do
que é revelado nesses dias em relação aos aspectos sexuais da natureza humana –
as condições cármicas da consciência geradora que estão sendo reveladas em
tantas formas complexas. Portanto, uma “consciência monetária sobrecarregada de
pobreza” pode bem ter suas raízes em condições psicogenéticas de tipo
constritivo e todas essas condições requerem maior afirmação da consciência de amor ou de boa vontade em relação
a outros humanos. Saturno, regente de Capricórnio, está exaltado em Libra, a
sétima casa da Grande Mandala. Esta é a insígnia, de forma astrológica simples,
da Regra de Ouro – o cumprimento perfeito da experiência através da consciência harmonizada do relacionamento
humano e a consciência de justiça
espiritual que aquela forma de conquista inclui. Afluência é a providência
da Vida para nosso sustento. Aquela “providência” está estabelecida para nosso
uso, mas se qualquer coisa em nossa
consciência busque privar outra daquilo que é seu correto cumprimento,
então bloqueamos nosso reconhecimento da afluência da Vida; limitamos nossa
expressão; e a pobreza se faz presente.
O símbolo tradicional
do Sol – o ponto circunscrito pelo círculo – pode ser tomado para esta
consideração, como símbolo de todos os
potencias de afluência, o símbolo da inteira providência da Vida. A partir
do que ele representa, emanam todas as coisas necessárias para nossa evolução
emanam – assim como tudo representado em um horóscopo “emana” a partir do ponto
central. O Sol, como regente do signo de fogo Leão, pode ser visto como o
símbolo da afluência da luz espiritual – todo Amor, todo Sabedoria, todo
Verdade, todo Beleza, todo Ideação que os humanos possam realizar e, da mesma
forma, todas as representações materiais que interpretemos a partir de uma
consciência espiritualizada. O poder em todos os graus possíveis é representado
pelo Sol, e assim, ele representa todos os graus possíveis de poder que o
humano pode alcançar. Poder é – é
parte de nossa “missão de vida” alcançar seu reconhecimento em nosso interior.
Como a pobreza é uma ilusão criada pela consciência humana
relativamente não evoluída, não é estritamente verdadeiro, do ponto de
vista filosófico, que "Saturno seja o símbolo da pobreza". Tal
interpretação é uma injustiça a Saturno. Saturno nos fala a partir de nossos
medos e culpas, das áreas não preenchidas
de nossa experiência; quando essas áreas são preenchidas, a segurança se
estabelece na consciência e consequentemente surge aquela sensação interior de desimpedimento
geradora da afluência. Também as quadraturas no mapa representam áreas de
tensão interior que podem ser interpretadas como "potencial de
pobreza". A regeneração alquímica pela expressão dos atributos espirituais
dos pontos planetários envolvidos "derreterá o gelo" da congestão
interior. A pessoa que sofre de sensação de "pobreza educacional"
deve primeiro curar sua mente subconsciente recarregando-a com um forte desejo de aprender; o desejo de
aprender é o desejo de experienciar afluência no plano mental, e essa forma de afluência
só pode ser experienciada quando se permite
abrir a mente. Tendências ao preconceito, dogmatismo, teimosia e tirania
mental devem ser afrouxadas e a humildade
de um verdadeiro aprendiz deve se estabelecer no subconsciente. Se um curso
não estiver disponível, então o aprendiz sincero abrirá sua mente à percepção
de outros canais de estudo e aprendizado: bibliotecas, livrarias, palestras
públicas estão disponíveis em abundância hoje em dia. Se um aprendizado
específico for desejado, então a pessoa deverá indicar seu desejo sincero sendo
determinada em organizar sua vida e afazeres para a realização do objetivo. As
pessoas podem aprender muito pelo
método barato de se tornar mais perceptível ao mundo a seu redor.
A pobreza de amor,
amizade e companhia é, talvez, a mais trágica de todas as evidências de
congestão cármica. As pessoas que sofrem dessas privações devem atentar ao fato
de que amor e amizade são estados de
consciência - estabelecê-los na consciência torna possível sua expressão afluente nos relacionamentos.
Também é importante reconhecer que muitas pessoas que buscam profundamente por
alegria nos relacionamentos e por ideais de companheirismo não são amistosas consigo mesmas, a despeito de quão devotadas
possam ser aos outros. O respeito e a apreciação por si, enquanto expressão de Vida Divina, e os potenciais pessoais de
revelar aquilo que é bom e belo, podem ter que ser estabelecidos em lugar
da auto depreciação, sentimentos de inferioridade e afins. A falta de harmonia
em tais padrões de relacionamento como aqueles com um dos pais ou parente
fraterno podem ter que ser transformados expandindo
a consciência do relacionamento de formas mais universais. Mas, sempre
devemos lembrar que o desejo de
verdadeiramente compreender os outros deve - e pode - destravar as áreas
bloqueadas de qualquer relacionamento humano. Devemos ser afluentes em nossa boa vontade para com os outros se quisermos
conquistar afluência em nossa experiência.