Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng85.htm
“Existir”
é “estar em movimento”, mas “viver construtivamente” é “existir com uma
consciência de base e objetivo”. Nesta consciência está a raiz do sentimento de
segurança independente das circunstâncias externas. A mandala astrológica
representa isso da seguinte forma: desenhe um círculo com seus diâmetros
horizontal e vertical; coloque o símbolo de Áries no Ascendente, Capricórnio no
meio do céu e Câncer no fundo do céu; conecte Áries a Capricórnio e Câncer por
linhas retas.
Áries
é o Eu sou primordial – a consciência da essência individualizada. Como Vida é
ação, “ser” significa “expressar”, “projetar” e “agir e reagir”. Criatividade e
epigênese são, dependendo da oitava evolucionária, os arqui-princípios da ação
da vida pois todas as expressões são radiativas e afetivas por natureza. Marte
é então o Princípio da Ação, a “Chispa da Chama Central” que provê todo aspecto
epigenético com a faculdade de movimento projetivo. Mas, Marte precisa de um
objetivo para o qual se dirigir, de outro modo sua ação é esvaziada de
propósito ou significado. Suas ações desfocadas são, portanto energia perdida.
Desperdiçar o reservatório de energia é depletar a consciência do Eu sou; o
resultado desta depleção é uma polaridade do sentimento de insegurança.
Ter
uma percepção deformada do Eu sou é estar relativamente descentralizado e
correspondentemente, relativamente suscetível aos impactos de outras projeções
de poderes mentais, emocionais, psíquicos e físicos. Lembre-se que no tiro ao
alvo, atirar e lançar não tem nenhum significado se não há um alvo em que se
focar para treinamento; o alvo simboliza quimicamente o objetivo de desenvolver
a coordenação física para a qual o atirador ou o lançador praticam. Continuar a
atirar e lançar sem o foco do alvo é “Marte sem um objetivo”; esta ação pode
resultar em algum grau de exercício muscular, mas pouco, se algum, resultado
sobre a coordenação muscular.
Nós
chamamos as crianças em crescimento de “adultos jovens”. Quando os objetivos do
amadurecimento vital não são focalizados, então o crescimento mecânico – como
no caso do treinamento de tiro e lançamento sem objetivo – eventualmente
resulta na insegurança consequente ao desperdício de movimento e energia.
“Encarnar” tem como propósito a doação de vida que é maturidade e que,
astrologicamente, é indicado pela exaltação de Marte em Capricórnio, o signo
saturnino do poder de assumir e cumprir responsabilidades. Estas
responsabilidades são inerentes ao fato de que a maturidade da consciência
implica em auto direcionamento e a responsabilidade espiritual é sua expressão
construtiva. Na oitava genérica da expressão, “expressão construtiva” é vida
geradora e cuidado com o que foi gerado, seja a encarnação de outros Egos –
“nossas crianças” – ou o início de um padrão de trabalho – “nosso serviço”.
Desperdiçar
o amadurecimento é, em alto grau, uma ação mecânica que resulta em insegurança
quando a pessoa é convocada em seu tempo para uma expressão madura, mas é
incapaz de exercê-la. Ele fica à mercê das vibrações e poderes de outras
pessoas e ele é incapaz de funcionar a partir de seu centro de auto
direcionamento. Marte, deixando Áries e viajando pelo mapa em sentido
anti-horário, deve se elevar a partir do ponto de Câncer no fundo do mapa;
permanecer ancorado a uma segurança dependente é evitar a propulsão dinâmica
ascendente do verdadeiro crescimento. Qualquer pessoa assim afundada tenta
funcionar a partir da força de outra pessoa, ele não “conhece sua essência”.
Ele fica fixo na “base”, mas como é incapaz de objetivos individualizados, não
pode evitar sua falha em vivenciar o ideal da verdadeira segurança.
Como
aquilo que está crescendo precisa de proteção e sustentação, a verdadeira
segurança dependente é o preenchimento de necessidades legítimas. O feto precisa
da substância materna, o bebê e a criança em crescimento precisam de comida,
abrigo, orientação e amor; o estudante precisa educação, o trabalhador precisa
de um serviço objetivo e um rendimento. Todas as pessoas em evolução precisam
do senso de segurança a partir de identidades específicas – afiliação familiar,
afiliação religiosa, afiliação nacional, afiliação racial – até que sua
verdadeira natureza interior se realize. Congestões na segurança-dependência
resultam em anormalidades sexuais e psicológicas, cristalização em opiniões,
preconceito, intolerância, fixação em expressões químicas como símbolos de
segurança, medos raciais e nacionalistas e inimizades, sobretudo na
incapacidade para se ajustar às mudanças necessárias para o desenvolvimento e
flexibilização da consciência.
Uma
pessoa “chega” em um ponto específico de sua evolução; quando ela identifica
aquele ponto como “uma realidade” ela permanece, de certo modo, parado por um
tempo até cumprir os requerimentos daquele ponto. Se ela falha em se ajustar às
mudanças necessárias – permanece fixa naquilo que se tornou familiar – ela
“morre por dentro”, pois sua consciência não permite que as forças
evolucionárias da vida se expressem através dela. E aquele “ponto” pode ser
qualquer das coisas inumeráveis com as quais os humanos se identificam durante
a sequência de suas encarnações.
O
signo de Câncer na Grande Mandala é o “símbolo-ninho” para a pessoa dependente.
Exotericamente ele é “fonte quimicalizada” (considerar como manifesta na
região química do mundo físico – sugestão do tradutor)– ventre, mãe, lar,
nação e raça. Esotericamente ele é sua própria base psicológica – suas bases
interiores como consciência de recurso de expressão para sua necessidade
individualizada de maior preenchimento. A base psicológica nunca é dependente
das expressões químicas da vida; uma vez estabelecida, a pessoa se baseia nela
onde quer que vá durante sua encarnação. Esta instituição interior torna
possível a ele se ajustar a quaisquer mudanças exteriores de circunstâncias,
aqui é vista uma figuração da Lua – regente de Câncer – sendo exaltada em seu
próprio signo de décima primeira casa, Touro. Touro corresponde a Câncer assim
como Aquário regido por Urano corresponde a Áries – o padrão do signo da décima
primeira casa é liberação e impessoalidade.
A
pessoa desorganizada– o nômade, o fora da lei e o insano – é assim, pois perdeu
o senso de contato com sua identidade e foco interior. O nômade tem
experiência, certamente, mas ela tem natureza de um movimento sem objetivo na vida;
o fora da lei perdeu seu senso de pertencimento com as outras pessoas – ele
está em estado de protesto contínuo contra algo nele mesmo (algo da fonte
vibratória da encarnação presente) que ele não compreendeu ou percebeu
claramente. Em outras palavras, não há conexão nas mentes destas pessoas, entre
o que elas foram no passado, o que elas deveriam ser agora e o que elas podem
vir a ser no futuro. Seu passado esquecido e seu futuro não delineado os mantêm
suspensos em um presente sem propósitos.
A pessoa
que designamos “avara” é uma das mais inseguras, pois não está consciente da
fonte de seu apego à quimicalidade – dinheiro – como símbolo de segurança. Sua
ambição e incessante acúmulo representa seu fundamento interior dissoluto – ele
busca segurança em “possuir” algo cuja identidade essencial é “meio de troca
como expressão de sentimento em relação a outras pessoas”.
A
ligação excessiva a alguém amado é também sinal da dependência de segurança
negativa, pois a pessoa em sofrimento identifica o outro humano como sua base
psicológica. O amor devoto e fiel não é em si um “mecanismo de congestão”,
senão a expressão de oitava superior do coração humano. Mas o tipo de amor que
não pode viver de modo independente da proximidade química não é
verdadeiramente amor, mas um símbolo de insegurança interior; qualquer um que
identifique o outro como “segurança” está fora de sua própria base interior –
ele é continuamente aflito por ansiedades, apreensões e tensões. A pessoa
“deslocada” de si, diz que está ansiosa a respeito do bem estar do amado, mas é
sua própria segurança que a deixa ansiosa. O amor verdadeiro é doador de saúde,
fortalecedor da fé, inspirador de confiança; o “amante” temeroso em tensa
dependência expressa justamente o oposto.
Vemos
então que a dependência excessiva de recursos exteriores é a raiz primordial da
insegurança. A correção é encontrada na compreensão do que o externo simboliza
e em estabelecer a realidade daquele símbolo na consciência, passando a
expressar a partir daquela base psicológica; esta expressão é auto regeneradora
e auto direcionadora; ela é simbolizada pela linha desenhada de Câncer em
direção ascensional a Capricórnio na Grande Mandala. Esta é a figura da pessoa
dependente e imatura transmutando sua consciência a partir da experiência para
alcançar o estado de indivíduo maduro e independente. Nós reconhecemos, pois a
polaridade é interativa e retroativa, que o diâmetro Câncer-Capricórnio
representa as inseguranças presentes resultantes do passado não realizado e as
seguranças presentes resultantes de realizações passadas. Aquilo que agora é
estabelecido como som, a base psicológica integrada de poder, é pábulo para o
exercício das realizações de responsabilidade. Ser livre da dependência de
fatores externos qualifica para o auto direcionamento e funcionamento eficiente
e dinâmico. Muitas pessoas assumem responsabilidades – família, trabalho etc. –
mas sua base psicológica fragmentada, com a dependência resultante do exterior
como segurança, os desqualifica para o cumprimento pleno daquilo que assumiram.
Por
exemplo – e há muito disso a ser estudado nesses tempos – um homem assume a
responsabilidade de um trabalho no governo; ele é inseguro pela sua dependência
excessiva do dinheiro como símbolo de segurança; ele denigre os princípios
inerentes às responsabilidades de sua ocupação; ele “trabalha sobre os
princípios de levar vantagem” e falha em cumprir o que prometeu para conquistar
seu símbolo ilusório de segurança; em sua próxima encarnação ou em alguma
encarnação futura – sua fé nas outras pessoas será desafiada pela sua falsidade
e falta de princípios; elas simplesmente representarão sua própria insegurança
intensificada, o resultado de sua imaturidade espiritual prévia (presente).
Isto é um ponto importante a considerar: aderir aos princípios de um padrão de
trabalho ou um padrão de relacionamento assegura a eficiência máxima na
realização da responsabilidade e correspondentemente, uma eficiência máxima na
maturação da base psicológica a ser trazida como “pábulo de força” para a
próxima encarnação. O acúmulo de pábulo de força equivale ao acúmulo de
Maestria relativa; a depleção do pábulo de força é estagnação em cumprir com o
ideal.
A
pessoa que assume um padrão de responsabilidade e trai aquele padrão por
escuridão interior e falta de princípios desintegra sua própria base
psicológica em algum grau. Ele se desqualifica para maior expressão de poder
até que acesse sua consciência, enfrente e passe nos testes que a Vida (sua
própria consciência) traz para que prove seu mérito. Quando você como
astro-filósofo estudar mapas para analisar as causas dos problemas alheios e
reconhecer que o sofrimento decorre da dependência excessiva de fatores
externos, saiba então que em algum lugar no passado ele se desqualificou e suas
desqualificações se manifestam desta vez pela sua reação de dependência nas
fraquezas dos outros. Ele dirá a você que seus pais nunca lhe deram o
suficiente, ele nunca tem folga, seu chefe nunca o aprecia, sempre tiram
vantagem dele e o provocam, ele sempre se envolve em acidentes
automobilísticos, seus filhos estão sempre doentes, ele se divorciou três
vezes, foi traído pela mulher que amava, etc. Estas histórias sempre
representam inseguranças terrivelmente profundas, o resultado direto da traição
dos compromissos de responsabilidade no passado. Agora, tal pessoa não sabe
justamente quem é ou o que está aqui a fazer; suas motivações são minimamente
percebidas; ele é desinformado de seus recursos de poder (pábulo de força); e
sua consciência dos princípios de experiência é na melhor das hipóteses
borrada. Ele tem que aprender novamente qual é a sua identidade e o que
significa compreender princípios de experiência e os métodos espirituais para
se expressar de acordo ao Princípio.
Agora
– um caso muito em evidência nos dias de hoje – segurança internacional.
Este
termo é um composto da consciência de segurança de cada humano agora encarnado.
Nestes últimos tempos passamos a reconhecer mais claramente o “Um Mundo” que em
qualquer outro momento histórico. Reconhecer “Um Mundo” é assumir a
responsabilidade de viver de acordo. Não reconhecer – ou não ser capaz de
reconhecer – “Um Mundo” simplesmente representa a aderência a conceitos
nacionalistas separatistas; Não se pode esperar que pessoas nacionalisticamente
pensantes “pensem internacionalmente” assim como não se espera que uma criança
pequena ame as mães e os pais de outras crianças como seus próprios. Mas – e
isto é muito significante – há muitos encarnados que professam a “Consciência
de Um Mundo”, mas que a violam continuamente. O que nos traz à questão do
“Americanismo”:
Encarnar
como cidadão dos Estados Unidos da América é assumir a responsabilidade de
viver a “Consciência de Um Mundo”. Você e Eu e qualquer outro cidadão Americano
qualificado para a encarnação aqui, e devemos justificar aquela qualificação ou
reencarnar – sob formas muito menos liberais de governo. Estamos estabelecidos
como uma nação sob a diretiva espiritual de liberdade e justiça para todos – e
o “todos” não se restringe apenas aos Americanos. A comunidade desta nação é
principalmente derivada dos antepassados de Europeus, Asiáticos e Africanos e
devido à consciência – qualidade em que estamos – de sintonia aos princípios
democráticos do viver fomos permitidos – temporalmente –a encarnar sob uma
forma de governo baseada naqueles princípios.
O
horóscopo dos Estados Unidos da América apresenta o Sol e três planetas no
signo de Câncer – somos verdadeiramente um “ninho” para humanos de todos os
tipos de antecedentes raciais, nacionais e religiosos. O Sol em Câncer é o
regente da quarta casa, e naquele signo se encontra em seu próprio signo da
décima segunda casa – o “padrão redentor”. Câncer está na segunda e terceira
cúspides; o Sol e dois dos planetas estão na segunda casa; Mercúrio, regente do
Ascendente Gêmeos e dispositor do Marte e Urano Geminianos, está em Câncer na
terceira casa; a Lua, regente da segunda e terceira casas está em Aquário;
Saturno, regente da oitava e da nona casas, está exaltado em Libra em trígono
com a Lua. Nossa “base psicológica nacional” (não há planetas na quarta casa em
Leão) está focada nesta “congregação planetária” no signo de Câncer; pode ser
interpretado como: educação e trocas de substâncias materiais de acordo com
princípios governamentais democráticos como recurso espiritualizado de nosso
progresso e evolução nacional.
Alguma
vez cometemos ultraje a estes princípios? Nosso tratamento aos nossos Índios
Americanos e cidadãos Negros diz sim. Alguma vez gastamos nosso fabuloso legado
de recursos naturais? A resposta é sim. Como nação inspirada democraticamente,
permitimos a compra e venda de camaradas humanos? A história da escravidão
negra neste país diz sim. Estimulamos a fraqueza de outras pessoas? A história
dos calotes das dívidas de guerra de outras nações diz sim. Estamos em Dezembro
de 1950 – jornais nas últimas semanas revelaram a permissão da venda de
produtos Americanos a nações contra as quais estamos em guerra – uma repetição,
em parte, da história da venda de sucata de ferro aos Japoneses durante seu ataque
aos Chineses nos anos 30. Isto, da parte de um governo democrático é certamente
a blasfêmia suprema contra nosso princípio de “justiça para todos”.
Para
dizer mais, aquele “nada pode ser feito a esse respeito” é o máximo supremo da
patética aquiescência; tais violações de nossos poderes, como custódia de
substâncias, devem ser interrompidas. Desde que uma expressão química apenas
representa um estado interior, dizer que estamos “com medo dos comunistas
Chineses”, “com medo dos Russos”, “com medo de bombardeio atômico” é apenas
meia verdade. Estamos receosos dos resultados de nossa própria violação dos
princípios e o caminho que estamos enveredando hoje no oriente é o resultado da
difamação daqueles princípios que inspiraram a fundação desta nação. Alimento
para o pensamento! Permita-se cada Americano se aperceber de como vive sua
cidadania. A cidadania americana é uma benção a ser honrada na vivência – não é
apenas algo que “caiu em nosso colo” para se tirar vantagem de modo impensado e
dispendioso. Na medida em que nos expressamos em termos de intolerância
religiosa, preconceito racial, corrupção financeira e falta de integridade
pessoal, nos desqualificamos para este privilégio; na medida em que auxiliamos
os outros a responsabilizarem-se na administração de recursos de forma
inteligente e pelo bem de todos na terra, mantemos nossa mente aberta para a
melhor apreciação das qualidades e direitos de todos assim como nossas
qualidades democráticas. Nós, como nação, somos o poder democrático; nós, como
Americanos, somos microcosmos daquele poder e é nossa responsabilidade
espiritual e nossa alegria pessoal manifestar aquele ideal enquanto estivermos
encarnados. Isso, nada mais, assegurará nossa segurança nacional e individual.
Devemos, como Americanos e Terráqueos, operar a partir de base psicológica – “o
pábulo de poder” – de nossos princípios espirituais. A regeneração de
Capricórnio e o cumprimento do idealismo democrático é o “amadurecimento” da
base de Câncer. Compreender essa maturidade é o significado de “ser Americano”
e o significado de “sermos Terráqueos democráticos”.