sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

CAPÍTULO XLVII – DESIGN

Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng56.htm
 
            No primeiro artigo dessa série, discutimos o ponto, a linha e o círculo como os três fundamentos da arte simbólica. O ponto é a subjetividade infinita; por correspondência ele pode ser o incognoscível, ele pode ser Deus Pai-Mãe, ele pode ser o potencial de deidade do ser humano individual. A linha horizontal para a esquerda a partir do ponto é o processo de quimicalização dos potenciais do ponto. O final da linha simboliza o estado da maior quimicalidade, correspondendo à maior densidade da matéria no Universo, nosso sistema solar ou o corpo físico total do humano, a soma total de seus potenciais manifestos. O círculo é o símbolo da perfeição infinita da objetividade. Lembre que a linha horizontal tem polaridade; seus finais são dois pontos dos quais a emanação pode ocorrer. No simbolismo astrológico, o primeiro Ponto (o Centro) inicia a emanação pelo processo de quimicalização; o segundo ponto (o extremo esquerdo da linha) inicia a emanação pelo processo de preenchimento dos potenciais do centro. O desenho da linha horizontal para a esquerda a partir do centro simboliza a involução; o desenho do círculo, usando aquela linha como raio, simboliza a evolução; um círculo completo simboliza as perfeições inerentes de todos os potenciais do ponto central em manifestações realizadas; ele simboliza a essência do idealismo que o homem busca realizar em todas as suas experiências evolucionárias; o círculo, em sua beleza perfeita, simboliza a manifestação realizada de um arquétipo – em nosso caso, aquele arquétipo é a humanidade. Estes três símbolos são (como símbolos) arquétipos; a partir deles derivam todos os demais símbolos arquetípicos.

            Design é a Lei Cósmica da Ordem aplicada à forma e estrutura das manifestações. Forma é a aparência externa, a condensação da forma da matriz; Estrutura é a inter-relação das partes física e etérica com os fatores de uma manifestação. Estrutura é o resultado total das emanações do centro da matriz e forma é aquilo visualmente percebido da estrutura.

            Todos os fatores de uma manifestação são desenhados, pois cada fator é significativo para os propósitos da manifestação total. Em outras palavras, o desenho de todas as partes está em acordo com as leis da natureza essencial da manifestação; o desenho da manifestação completa é a aparência externa objetivada do arquétipo subjetivo. Pense sobre o “design das partes” e “design externo” do mamífero (ser humano, cavalo, baleia – sendo “mamífero” um arquétipo). De que modo seus designs interno e externo são similares? Pense nos quadrúpedes (leopardo, castor, antílope, iaque); pássaro (águia, pato, avestruz, beija-flor); réptil, inseto, peixe, etc. Considere a tremenda significância do design no mundo natural. Flores constituem um objeto perfeito para este tipo de estudo, pois a beleza de seu design inclui forma, cor e fragrância; a fragrância da flor é parte de seu design assim como o são forma e cor. Toda vida animal tem um design em seu tempo para reprodução e gestação; a vida humana tem designs de relacionamentos e atividades de trabalho, desenvolvimento intelectual e iluminações espirituais. Regozijem-se pensando sobre os inúmeros designs pelos quais a vida expressa seus poderes.

            Como nosso objeto de estudo principal é a astrologia, por uma arte figurativa (gráfica), confinaremos nossas observações concernentes ao design àquelas analogias entre astrologia e a arte da pintura que tem, como sua abstração, a arte de desenhar a linha. O design é todo presente nas artes: música, dança, poesia, drama, etc. – mas devemos por concisão nos ater àquelas duas artes que mais diretamente correspondem à astrologia.

            Se pudermos nos imaginar exercitando a faculdade da visão pela primeira vez e sendo totalmente inconscientes das identificações e propósitos das coisas materiais nesse planeta veríamos, até onde nossa consciência permitisse ilhas de cor. Vemos “tridimensionalmente” apenas porque exercitamos a visão por muitas encarnações, e a não ser pelo breve período na infância quando nos reorientamos para este plano, somos acostumados à perspectiva. Mas, hipoteticamente por enquanto, sendo totalmente desacostumados à perspectiva nós veríamos tudo em termos de duas dimensões. Olhando em seu quarto, você vê o que reconhece como “grande ou pequeno” de vidro, tecido, madeira etc. Esquecendo identidade e perspectiva, a única “substância” que você vê é cor manifesta pelo design das formas das coisas que percebe. A cor é inerente à substância, mas o design da substância molda a cor ou cores.

            Agora – design em astrologia – que belo tema este!

            Como fator na essência pictórica do simbolismo astrológico, o círculo da mandala astrológica é a estrutura para aquilo que o astrólogo estuda. Lembre que a estrutura de nossas percepções visuais é a extensão circular do escopo de ação de nossos olhos. Não vemos através de uma grade quadrada ou retangular – o design de nossos olhos nos torna possível ver tudo através de um círculo.

            “Ver” ocorre de duas maneiras – ou em duas “oitavas”. Uma é “visão física” – percepção das coisas físicas pelo exercício de uma faculdade física que é o foco de dois órgãos similares em uma coisa única, ou “ponto”. A outra é visão “intuitiva” ou “espiritual” que se dá pelo foco ou “bipolaridade”, e o círculo da roda astrológica é também o símbolo da “estrutura” dessa “visão”. O astrólogo olha para o horóscopo com foco em ambos seus elementos genéricos – este foco é o olho único da compreensão; ele utiliza seus recursos intelectuais para calcular o mapa e estudar seus elementos de um ponto de vista técnico, mas também disponibiliza os recursos de memórias de experiências de encarnações passadas masculinas e femininas para perceber os valores espirituais dos fatores contidos no mapa. Um astrólogo funciona como um composto de ambas as polaridades quando suas percepções intuitivas são despertas pela concentração em um mapa; ele compreende a consciência de ambos os sexos e é capaz de avaliar as indicações astrológicas de acordo. Leste-oeste, norte-sul devem ser estudados em cada mapa de cada ser humano. Todos somos causadores e reatores aos efeitos de causas – e sempre temos sido. O astrólogo, focalizando a bipolaridade – o Centro – Ponto – de sua consciência, é capaz de perceber as avaliações objetivas e subjetivas dos posicionamentos e padrões astrológicos; em outras palavras ele percebe, através do círculo de seu insight espiritual, as tendências da pessoa cujo mapa está sendo estudado do ponto de vista de seu ser enquanto “Causador” e como “Reator aos efeitos das causas”. O astrólogo deve conhecer a vida do corpo assim como a vida do Espírito (Consciência e Ação) – “vida subjetiva” e “vida objetiva”.

            Como um horóscopo é o que é (uma representação simbólica da interpretação de princípios de vida por uma consciência individualizada em encarnação), não fazemos horóscopo de pessoas desencarnadas ou arquétipos sub-humanos. Guarde em sua mente este pensar: O círculo não é o desenho básico do horóscopo; a cruz dos diâmetros horizontal e vertical é. O círculo é apenas porque o raio do ascendente é, e o raio do ascendente é apenas porque o ponto é. O círculo é, de fato, o último fator no simbolismo astrológico, pois ele é as perfeições manifestas inerentes ao potencial do ponto. Um círculo em branco não representa a ação da bipolaridade e, portanto não pode ser considerado como um design básico. O design básico deve preencher o propósito de indicar a ação da bipolaridade, porque aquela ação é o que a vida é. Todos os outros fatores obteníveis, um horóscopo pode ser feito sem que se desenhe um círculo; mas para termos qualquer horóscopo o grau do ascendente é imperativo – tendo o grau do ascendente você automaticamente tem a cúspide da sétima casa. Esses dois fatores representam a figura básica da complementação, e aquele fator, mais que qualquer outro, é o desenho da bipolaridade essencial da consciência individualizada – a essência da vida em si mesma.

            O diâmetro horizontal, pois ele é uma linha, não é por si – e não pode ser – um design; mas como suas extremidades tocam a circunferência do círculo ele serve para criar um design no interior da roda. Este design de dois semicírculos é o arque-símbolo da simetria, e simetria é a bipolaridade do design; “macho-fêmea” é a simetria do sexo, e “masculino-feminino” ou “receptividade dinâmica” ou “refletividade expressiva” são as simetrias de gênero. Esta linha horizontal que serve para “ativar” os potenciais contidos no círculo é o símbolo de todas as diferenças entre as expressões polares do universo, ou correspondentemente, da natureza humana. O diâmetro de um círculo não “divide” o círculo em “duas coisas”: ele ativa a polaridade de tudo representado pelos conteúdos do círculo que são, por sua vez, emanações do ponto central. Além disso, o diâmetro, que é o aspecto duplo do raio ascendente, é a representação da bipolaridade do ponto central, “desdobrada” da maneira mais simples e direta possível. Os semicírculos superior e inferior são a expressão plena de cada polaridade – os dois, reunidos, formam o circulo completo que é o composto total da polaridade. “Macho e Fêmea” são as palavras que simbolizam a quimicalização das diferenças polares no plano gerador do ser. Agora, para considerar o design da bipolaridade de cada polaridade; mantendo em mente sempre que tudo representado no horóscopo é emanação do ponto central:

            O relacionamento entre dois planetas que identificamos pelo ângulo de noventa graus é a quadratura – arque-símbolo da congestão de potenciais. Em sua aparência conforme a utilizamos, ela repousa sobre uma base horizontal e seus dois lados são verticais – variações do símbolo arquetípico da Cruz – “comprimida” em limitações implícitas na circunferência do círculo. Este registro do design do quadrado é chamado “mal” por alguns, pois ele representa uma tendência a permanecer “inexpressivo” – portanto “morto”, que é “anti-Vida”. A “dor” implícita nesse registro é o despertar de potenciais por forças evolucionárias que trabalham através da consciência humana de forma que os potenciais de vida possam ser liberados contra uma inércia “incorporada”. Esta quadratura, aplicada à estrutura do círculo, toca o mesmo em quatro pontos (aqueles correspondentes aos pontos médios da segunda, quinta, oitava e décima primeira casas), os signos fixos do zodíaco, os recursos de poder do amor-desejo. A regeneração desses recursos é a grande “mágica integral” da alquimia – o ápice do empreendimento espiritual. Mas esses pontos sendo “pontos médios”, não coincidem com as cúspides que, por sua vez, são emanações do “Eu Sou” do raio ascendente único. Há apenas uma representação do símbolo do quadrado que não apenas coincide com as cúspides das casas, mas ainda é estruturalmente simétrico e equilibrado: o quadrado cujos pontos angulares são as cúspides da primeira, quarta, sétima e décima casas – os signos cardeais da Grande Mandala, que são os pontos estruturais do relacionamento humano básico. E a “inércia” e “contramedidas à inércia” (a polaridade dos processos de vida) são representadas nesse quadrado de forma marcadamente iluminada desde que lida diretamente com a “humanidade dos relacionamentos”.

            No centro exato de uma folha de papel coloque um ponto. A partir do ponto, desenhe uma linha horizontal de cinco centímetros para a esquerda; volte ao ponto e desenhe outra linha agora vertical com a mesma extensão e retorne ao ponto. Na porção superior da horizontal e do lado esquerdo da vertical escreva a palavra “masculino”. Agora, a partir do ponto complete uma linha de cinco centímetros para a direita, retorne ao ponto e faça outra linha vertical para baixo e novamente retorne ao ponto; você criou as “linhas de força” no design dos relacionamentos humanos básicos. Coloque os símbolos dos signos cardinais apropriadamente, de acordo com a Grande Mandala. Agora, o ângulo feito por cada par de linhas a partir do ponto é um ângulo reto, o mesmo encontrado na estrutura de pontos do quadrado dos signos fixos. Áries e Capricórnio representam “inércia” e “ação” desse modo: Áries é o “masculino gerado”; Capricórnio é o “masculino gerador”.

            Pense cuidadosamente a esse respeito: a “tendência ao mal” simbolizada pelo design do quadrado significa isso: a tendência a continuar a expressar a partir de um nível sustentado de inércia espiritual. Quando não crescemos e nos desdobramos, retrocedemos; retrocesso é a blasfêmia suprema, pois representa a contramedida aos requisitos da vida. Os potenciais estáticos da imaturidade precisam ser liberados e cumpridos, e a “imaturidade” é o não cumprimento relativo de qualquer nível, oitava ou ciclo. Olhando em nosso design novamente, os ângulos e as linhas de força na figura cardinal e o quadrado dos signos fixos:

            Na figura cardinal, desenhe um pequeno arco próximo ao ponto conectando as linhas que representam Áries e Capricórnio; desenhe outro pequeno arco próximo ao ponto conectando a horizontal superior e a vertical esquerda do quadrado fixo. Estes dois arcos envolvem duas expressões de “ângulo reto”; a cardinal é “aberta”, a fixa é “fechada” – ao menos enquanto relacionamentos com o design total estejam conectados. O ângulo reto Áries-Capricórnio desdobra o quadrante superior esquerdo dessa roda; o ângulo reto do quadrado fixo focaliza o superior pela esquerda dessa roda. Você vê como o design do aspecto quadratura, em sua natureza essencial, ilustra os potenciais para o florescimento ou congestão? Desenhe arcos em ambas as figuras, análogos a esses dois, relacionando Capricórnio-Libra ao quadrante superior direito do quadrado fixo, Libra-Câncer ao inferior direito e Câncer-Áries ao quadrante inferior esquerdo; cada ângulo reto central aberto da “cruz” cardinal tem seus potenciais para congestão mostrados pelos ângulos correspondentes do quadrado fixo arquetípico. Estes dois aspectos (polaridades) do design da quadratura mostram a “contramedida” para cada uma das tendências inerciais da consciência humana. Cada “imaturidade” (criancice) da consciência deve transcender a tendência inercial de se autocomprazer no simbolismo do círculo. Os “ângulos” dinâmicos e congestos nestas duas figuras – desde que cada ângulo é uma relação de dois fatores dos potenciais do ponto – constituem a necessidade eterna da polaridade cósmica através da consciência de relacionamento humano para cumprir os potenciais do arquétipo “humanidade”.

            O estudo dos símbolos astrológicos como figuras é um exercício mental e estético fascinante. Estes símbolos, em sua maioria, são usados desde tempos imemoriais como delineações da realização de princípios de vida. Este discurso vai se referir à essência geométrica desses símbolos, visto poderem ser correlacionados aos valores geométricos da Arte de Desenhar, a abstração da Arte de Pintar.

            Após experienciar encarnações por muitas eras, temos uma reação instintiva aos designs geométricos enquanto representações de princípios, ações e processos cósmicos – e suas quimicalizações em Forma. Os designs essenciais que o artista usa para apresentar seus conceitos de arquétipos são em si arquetípicos. Enquanto arte gráfica, a astrologia representa a consciência do arquétipo “humanidade” – o recurso básico de toda conceituação humana. A qualidade arquetípica do simbolismo astrológico (simplismo) é tal que os significados dos princípios representados por ela se tornam mais basicamente compreensíveis conforme a consciência do ser humano é clareada pelas alquimias da regeneração. Este clareamento resulta em uma destilação de poder que através da manifestação ou interpretação artística serve para estimular, vivificar e iluminar a consciência de pessoas menos evoluídas. Conforme a consciência do artista é “impregnada” pela sintonia com forças inspiracionais, o poder de sua consciência, liberado através de seu trabalho artístico, “impregna” a consciência (trabalho interior) dos indivíduos; o resultado, em ambas oitavas, é o “nascimento” de um novo nível de realização. A resposta do artista e dos indivíduos ao impacto das forças inspiracionais é alquimia de tipo sutil, mas muito poderoso. É mágica muito semelhante à magia do amor, pois em ambas, arquétipos são percebidos em algum grau. A inércia do auto isolamento é descristalizada e o divino é vislumbrado. Toda experiência de uma pessoa responder ao poder inspirador da beleza manifesta é algum grau de “Casamento Hermético” – realização da “reunião com o Eu Superior”.

            Como os designs emanam da linha, consideremos os gêneros das linhas retas, que são as abstrações das linhas curvas. A vertical é dinâmica e estimulante; a horizontal é quiescente e receptiva. Como tais, essas duas simbolizam a causação e reação a, ou efeito de, causação, respectivamente. A diagonal que conecta uma vertical e uma horizontal é a reflexão dual genérica de ambas. (O gênero de linhas curvas é determinado pela qualidade da linha reta que conecta as duas extremidades). A vertical, por si mesma, estimula o que? A horizontal, por si mesma, reage a (ou é afetada) por o que? Quando os catetos de um triângulo reto são vertical e horizontal, a hipotenusa diagonal é oposta ao ângulo reto e reflete aquilo que é gerado pela junção das duas linhas. Como tal ela é análoga ao relacionamento de uma criança com seus pais que reflete, em algum grau, as qualidades de ambos. Toda linha reta envolta por um círculo ativa os potenciais dos conteúdos do círculo; portanto, os diâmetros vertical e horizontal juntos ativam os conteúdos do círculo de quatro formas – os quadrantes que iniciam pelos signos cardeais; cada semicírculo, portanto é “ativado” de forma dupla que resulta na figura da vibração simpática que atrai Pai-Mãe-Filho-Filha juntos para formar o “envoltório” do padrão da família humana. Dois tipos de vertical e horizontal são qualificados pelas quatro diagonais, assim como “homem-mulher” se qualificam como “parentes” pelas crianças que gerarem.

            Designs e formações lineares não apenas implicam molde e forma mas também ação, liberação, congestão, involução, evolução, imobilidade, radiação, gravitação e muitos outros tipos de ação de vida. Estar estático significa estar “posicionado entre movimentos precedentes e sucessores” – e movimento é alquimia cósmica. Nada na vida manifesta é eternamente estático, mas este estado de repouso é tão importante quanto o movimento, pois a radiação do poder sucede o foco do poder. O Universo quimicalizado é a forma da Natureza focalizar seus poderes, assim, na verdade, a palavra “estático” significa “focalização”; ela não pode significar “morto” ou “não vivente”. Deste ponto de vista, consideremos alguns símbolos astrológicos “estáticos”.

            Todos os símbolos simétricos expressam uma impressão de serem estáticos pois são lateralmente balanceados, mas há uma enorme diferença entre símbolos simétricos abertos e fechados. Os símbolos astrológicos mais estáticos são o do aspecto quadratura e o do Sol. Desses dois, o aspecto da quadratura (pois lhe falta completamente curva ou diagonalidade) é o mais estático. Este quadrado, com base horizontal, é “todo de cima a baixo e de lado a lado” com ângulos “inflexíveis” e uma completa falta de fluidez ou adaptabilidade. É a solidificação dos quatro ângulos retos inerente ao ponto central e sua “personalidade” pode ser descrita como: compressão, rigidez, poder restritivo, implacabilidade, peso, imobilidade, cristalização, autocomplacência, falta de visão, preconceito, medo-ignorância, a “letra da Justiça” e a desgraça. Como seu significado astrológico, como símbolo, é congestão de potenciais temos uma impressão de “força” a partir do aspecto quadratura, entretanto ele sugere uma força que não está sedo usada, músculo e inteligência que não estão sendo exercitadas. Potencial de amor corroído por ódio e autointeresse (do tipo errado). O quadrado é “definido” e “preciso” do mesmo modo que reforçamos são seus efeitos. Quando experimentamos a estimulação de nossos aspectos quadrados (forças de vida tentando nos libertar de congestões em inércia e imaturidade), o quadrado fala a nós em “sua” forma direta, forçosa e descompromissada. “Redundância” é como “pessoas quadradas”, que se expressam com confiança e muito efeito de palavras, mas que carecem de tato ou graciosidade. O quadrado é a figura do “duas vezes dois” – a essência da estrutura formal e portanto a essência do que se conhece por “classicismo” em arte. A arte clássica se preocupa com a simetria da estrutura e clareza de seu delineamento, qualquer seja seu meio. A arte clássica medíocre é “congestão em forma” e “ausência de poderes inspiracionais”; a grande arte clássica alegremente casa os dois. Aspectos, arte, natureza humana ou o que não, o quadrado é poder em estado de inércia relativa; estude desenhos focados no design do quadrado; qual a sua reação a eles?

            Designs circulares, por sua natureza essencial, são de dois tipos principais; o circular estático é radiativo, o circular móvel é convolutivo. Os três símbolos astrológicos arqui-radiativos são aqueles do Sol, a roda astrológica em si e o aspecto do sextil; os primeiros dois são fechados e o terceiro aberto. Dos três, o sextil é o mais radiativo pois seus “raios” não são limitados. Apenas o ponto no centro do símbolo do Sol faz com que ele sugira radiação; o círculo do símbolo é realmente uma figura de cumprimento dos potenciais de um arquétipo específico. A roda astrológica é um “símbolo do Sol em larga escala” – as linhas de força do qual são as doze oitavas básicas do “Eu Sou”, que por sua vez é o potencial quimicalizado do ponto central. Os três diâmetros, ou seis raios representados no símbolo do sextil são as Trindades Espirituais dos signos de ar e fogo – a polaridade masculina do sexo macho e fêmea da humanidade. Ele representa por sua “falta de limite” a universalidade da alquimia centrada no Incognoscível Deus Pai-Mãe ou o ser humano individual. O efeito do design radiativo é de impacto e iluminação – a “sensação” que acompanha o exercício alquímico. Quando você experimenta o “impacto” de um esforço alquímico, seus plexo solar é análogo ao centro do símbolo do sextil em relação a seu corpo. A emanação de sua consciência carregada ou regenerada pode se estender indefinidamente para o mundo de outras pessoas e condições. Se você foca sua consciência carregada em uma coisa ou condição, então você “a conecta com um círculo”. Veja o Sol, Lua e estrelas quando estão brilhando a luz plena; veja o rosto das pessoas quando sorriem; o que fazemos quando expressamos um cumprimento amigável? Nós radiamos ao estender a mão para outra pessoa que a toma em suas mãos. Esta é a conexão entre os trígonos de ar e fogo das linhas de força do sextil para criar o intercâmbio magnético duplo. Um design radiativo representando um sujeito extremamente desagradável pode nos repelir, assim como pessoas desagradáveis o fazem e assim como o fazemos quando somos desagradáveis. Quando o sujeito é de natureza inspiradora a “radiação do sextil” pode nos carregar com um impacto de beleza e inspiração que transmite uma sensação de exaltação e renovação. Estude designs radiativos em figuras. Permita-se sentir seus arquétipos.

            O design circular convolutivo simboliza ação recorrente ao redor do ponto central. Ele é mais “móvel” que o tipo radiativo e seu significado interior apresenta um arquétipo diferente. Em astrologia temos dois designs convolutivos básicos: Câncer e o aspecto de oposição. Este tipo de design é, talvez, aquele que mais claramente expressa uma impressão de “cheia de graça” – é muito feminino em qualidade, sendo rítmico e inteiramente curvado. O original do símbolo de Câncer era o símbolo taoista chamado “Ying e Yang”; o envolvimento de duas figuras curvas por um círculo as torna o símbolo da bipolaridade da semente (aquela fechada no útero ou matriz), a palavra mãe arquetípica; Câncer, cardinal e generativo, é regido pela Lua cujo símbolo básico é um semicírculo vertical; a linha conectando suas extremidades é a vertical das casas astrológicas quatro e dez “linha parental”. O design convolutivo, enquanto sugestão de movimento, também transmite uma impressão de recorrência de monotonia contínua para e a partir do centro. Não é congestão como no quadrado; em uma figura fechada como no “Ying-Yang” é a dormência de energias ainda não expressas, ou fluxo cósmico contínuo a partir do centro e de volta a ele através das oitavas evolucionárias, como no símbolo do aspecto da oposição. A essência deste tipo de design expressa ao nosso conhecimento interior o “retorno ao descanso” rítmico – que é transição, ou sono, que é uma “pequena transição”; “é relaxante em efeito”, indo para fora mas sempre se curvando sobre si em um gracioso “dobrar” da linha.

            O símbolo de oposição tem algo da mesma monotonia do símbolo do Ying e Yang com o acréscimo de um fator dinâmico; a “linha básica” desse símbolo é a diagonal voltada para cima e “aspiração embrionária” está portanto implícita. Como um fator astrológico, este design é focado em três pontos: os pontos médios da segunda e oitava casas e o ponto central do mapa; seu significado essencial é: Escolha entre expressões não regeneradas e regeneradas de transmutação dos dois polos do diâmetro do desejo (Touro-Escorpião). Este símbolo, pelo seu “fluxo” contínuo a partir do ponto central até a segunda e oitava casas, implica repetição de padrões de experiência, em oitavas sempre maiores, até que a natureza de desejos seja destilada. Este símbolo, como desenho artístico de dois círculos tangentes entre si no ponto central, representa as transmutações pelos indivíduos macho e fêmea, do desejo por posses através do serviço (Touro – segunda casa) e através do amor (Escorpião – oitava casa); cada um desses pontos representa uma oitava do potencial de desejo e do atributo do amor – este diâmetro é polarizado pelo diâmetro complementar de Leão-Aquário que são as oitavas pessoal e impessoal do Poder do Amor. Pense na imagem em movimento de uma pessoa em um balanço: “dois tipos de acima” e “dois tipos de abaixo” – começando e terminando no centro gravitacional; há um ritmo e pulso no “para cima – para baixo” desse tipo de símbolo; é o impulso aspiracional eterno da humanidade, “surgindo acima” do “início” estático de cada oitava.

            O mais dinâmico de todos os designs circulares é a espiral vertical; este é um design de linha do círculo perpetuado no tempo, espaço e consciência. Ele é aberto, simétrico, rítmico e mais que qualquer outro design ele transmite um senso de progresso eterno. É o mais extasiante de todos os símbolos, pois (e quando o estudamos devemos perceber isso) ele simboliza a ação eterna do fogo cósmico, involucionária e evolucionariamente. O “pir” de “pirâmide” significa “fogo” e a pirâmide equilateral é a forma quimicalizada do triângulo equilátero. O triângulo equilátero é por sua vez a forma externa essencial daquilo que é representado pelas espirais involucionárias e evolucionárias em uma representação de duas dimensões. Pense em uma pirâmide: quatro triângulos equiláteros cujas bases são os lados de um quadrado; um círculo circunscrevendo o quadrado pode ser pensado como o primeiro nível básico da espiral. Em sua imaginação, olhe para baixo da pirâmide a partir do topo: esta visão da pirâmide apresenta um ponto central, o quadrado dinâmico da Grande Mandala dos signos cardinais, com suas quatro diagonais, linhas bipolares. Os quatro ângulos retos desse quadrado são os reflexos envoltos dos ângulos centrais da roda feitos pela intersecção dos diâmetros Touro-Escorpião e Leão-Aquário; eles correspondem aos quatro ângulos do quadrado estático que são os reflexos envoltos dos ângulos centrais feitos pela intersecção dos diâmetros de Áries-Libra e Capricórnio-Câncer. Você reconhece a roda astrológica dessa “vista”? A partir de qualquer um desses pontos estruturais cardinais (filho, filha, pai e mãe- machos e fêmeas dos causadores e reatores maduros e imaturos aos efeitos da causa) o “Filho consubstancial ao Pai (Deus)” involuiu, encarnou a humanidade, iniciou seu retorno a seu “paraíso perdido”, o ponto central do círculo, o ápice da pirâmide. A humanidade, em seu Corpo Manifesto, evolui pelo exercício da destilação do Amor-Sabedoria, não para um “ponto de desaparecimento” mas para a realização da fonte, que é o ser perfeito. A linha espiralar continua, de encarnação em encarnação, em círculos, através dos padrões de relacionamentos humanos, através de ciclos de experiência que se sucedem e de oitavas de consciência – mas sempre em direção ascendente a partir do círculo básico que circunscreve o quadrado básico. Conforme os círculos espiralares recedem da diferenciação do quadrado básico, eles se tornam menores e menores – continuamente procedendo em direção à unidade indiferenciada do ponto apical, o ponto central do círculo. Desenhe uma espiral circular começando pelo ponto correspondente ao do ascendente de um horóscopo, reconheça que enquanto você “evolui” em torno da linha espiral ao redor do ponto central, você vai deixando a separatividade quimicalizada e se torna mais e mais consciente de seu recurso espiritual, sua “Divindade”. Na representação quimicalizada não vemos o círculo básico ou a linha espiral. Olhando para a pirâmide de frente, o que vemos? O triângulo da identidade e atributo espiritual – o poder-amor-sabedoria inerente em cada uma das identidades humanas básicas das quais todos participamos em nossa jornada evolutiva espiralar.

            Então – verticalmente, horizontalmente, diagonalmente, radiativamente, convolucionariamente, estaticamente, congestivamente, abertamente, estaticamente espiralar, e todas as outras muitas qualidades sugeridas a nosso conhecimento interior pelas direções de todas as emanações dos pontos estruturais de design são os atributos a partir dos quais o artista que desenha e o astrólogo que interpreta exercitam suas habilidades manifestativas e interpretativas.

            Estude os símbolos astrológicos de forma renovada com “consciência aberta” a se tornar mais perceptivo à qualidade de seus designs. Sua sensibilidade astrológica se tornará mais e mais sensibilizada e iluminada. Você perceberá com o tempo que desenvolverá uma percepção sensível dos designs cósmicos inerentes a cada personalidade, experiência, relacionamentos humanos e todos os processos pelos quais as realizações espirituais ocorrem. Sua própria vida cotidiana será vista como um recurso para a expressão de sua consciência da beleza. Outras pessoas, representadas pelos horóscopos que você estuda, assumirão em sua consciência valor e beleza intensificada.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

CAPÍTULO XLVI – RITMO


Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng55.htm
            Nesse estudo do ritmo nosso objetivo é compreender a natureza e a essência do mais evanescente e intangível atributo da manifestação cósmica. Discutiremos esta matéria do ponto de vista mais arquetípico possível; é necessário fazê-lo se quisermos perceber o significado desse atributo para a essência das artes.

            Movimento é a palavra arquetípica que significa a ação da alquimia cósmica. As manifestações do universo estão continuamente em estado de mudança de uma forma, grau, tamanho, qualidade, volume, ciclo e oitava a outra. Nenhuma coisa manifesta permanece estritamente a mesma de ano a ano – ou mesmo dia após dia. Tudo responde à essência dinâmica das forças evolucionárias na direção de uma finalidade em que os potenciais inerentes serão realizados e cumpridos. Seu corpo cresce em tamanho e em capacidade de expressão ou ele deteriora e diminui sua capacidade; qualquer seja a direção, você, em seu veículo, se move de um estado a outro. Sua consciência “se move” de um estado a outro e este movimento é diretamente dependente de duas coisas: (1) sua reação a uma experiência específica e (2) sua ação posterior sobre o estimulador de sua reação. Quando sua repetição de uma reação negativa é expressa em uma ação correspondente, você determina outra causa negativa e você se move para trás. Isto é assim, pois os padrões de experiência se manifestam em sequência; se você falha em aprender o efeito prévio de uma causa específica e coloca a ignorância em ação novamente, sua “linha da vida” retrocede ao invés de progredir. A repetição de uma reação negativa que é contrabalançada por uma ação construtiva do exercício da inteligência move sua direção evolucionária para frente e para cima. Pense sobre isso em termos de seu movimento em consciência através de sua encarnação. A liberdade completa para prosseguir a partir de um aspecto específico de um padrão de experiência específico significa que você aprendeu a aplicar o princípio inerente ao padrão de experiência em termos de seu estado-ciclo.

            Ritmo é a lei cósmica da causa e efeito trabalhando através do movimento. No ritmo, todos os efeitos ocorrem no tempo natural. Pelo ritmo, toda emanação específica “nasce” no momento consistente com seus atributos.

            A referência a “Alquimia Cósmica” é aplicável ao corpo humano dessa forma: respirar é a inalação que torna possível a oxidação; exalar é a eliminação de todo resíduo desnecessário. O batimento cardíaco torna possível ao corpo inalar de modo a alimentar e energizar os tecidos do corpo pela ação arterial; a ação venosa é a retirada daquilo que não é necessário. Estas duas ações do corpo, em acréscimo à “inalação” de alimentos e a “exalação” de restos, são as ilustrações primárias da ação rítmica na alquimização do corpo. Apesar do corpo ser programado para o cumprimento de suas necessidades, nós comemos e bebemos conforme ação consciente; a respiração e o batimento cardíaco são dirigidos pelo subconsciente – eles acontecem automaticamente. Pense um pouco sobre os ritmos naturais de sua vida física – alquimia é o propósito que está sendo cumprido por esses processos temporais. A humanidade tem outras formas de ser alertada quanto aos ritmos do universo. Consideremos alguns exemplos de ritmos no mundo natural:

            Aquela indicação métrica que em música chamamos de ritmo “dois quatro” – duas contagens completas para cada medida (um e dois e) não apenas ilustra a polaridade do tempo, mas é o arquétipo de toda ação rítmica. A contagem um é macho-masculina, o “e” é o complemento feminino da contagem; a contagem dois é fêmea-masculina, seu “e” é o complemento feminino. (O masculino-feminino do macho-fêmea é a polaridade cósmica em sua expressão quádrupla do Adão e Eva Universal). Agora:

            Respirando: contar um é o início da inalação; “e” é o complemento da inalação; contar dois é o início da exalação; seu “e” é o complemento da exalação.

            Ondas: contar um é a “reunião das forças da água” conforme elas regressam para o mar; “e” é o surgimento para frente do ápice da onda; contar dois é o quebrar da onda; “e” é o ponto mais distante onde a onda alcança na praia. Isso ilustra a “respiração” da onda, mas a música da onda é contada pelo “pulso” de seu som; contar um é a batida - o som do quebrar na praia; “e” é seu surgimento para frente até o ponto mais distante na praia; contar dois é o “som da reunião das forças”; seu “e” é o surgimento da crista da onda. O som do “quebrar” é análogo à batida da contagem um na medida musical, o “acento” mais pesado.

            Dias: o espectro dos dias de um ano tem polaridade rítmica de vários modos. Um é a polaridade do dia (existência consciente) e noite (existência subconsciente). Contar um é o nascer do sol; seu “e” é meio-dia; contar dois é o pôr do sol; seu “e” é meia-noite. Sazonalmente, no equinócio de primavera – Áries é análogo ao nascer do sol; Câncer ao meio-dia; Libra ao pôr do sol; e Capricórnio à meia-noite. (Esta analogia não se refere à Grande Mandala, que tem Câncer no ponto da meia-noite e Capricórnio ao meio-dia; ela é uma analogia aos poderes da luz do sol durante cada dia em relação a seu significado oculto durante as sequências no ano).

            Ciclo de Vida: uma ilustração perfeita do ritmo “dois quatro”, contar um é nascimento; “e” é adolescência; contar dois é maturidade; “e” é transição. Este “processo” é claramente um padrão cósmico; é a ação da Vida manifestando a si mesma.

            Amor Humano: contar um é o reconhecimento mútuo amoroso; “e” é geração; contar dois é preenchimento das responsabilidades assumidas; “e” é realização dos princípios envolvidos na experiência (preenchimento do Relacionamento).

            Educação: contar um é a ação que inicia uma experiência de estudo; “e” é o processo de aprendizado; contar dois é a ação de aplicar aquilo que foi intelectualmente aprendido; “e” é aprender através do trabalho ou através da aplicação do que foi aprendido intelectualmente. Se “dois-quatro” é o arquétipo rítmico da medida do tempo, “três-quatro” é o sub-arquétipo básico. Dois-quatro e três-quatro são as indicações métricas das quais todas as outras métricas derivam. O ritmo dois quatro é simbolizado na astrologia pelo símbolo arquetípico da cruz, quatro cada um dos signos cardeais, fixos e mutáveis. A cruz é a alquimização da consciência através da reação a (ou interpretação da) experiência encarnatória. O ritmo três-quatro é simbolizado pelo símbolo arquetípico do trígono que é o potencial espiritual inerente; este potencial é liberado e expresso pelo sextil para – e no interior – da quadratura, que é a cruz congesta. Os seis raios – três diâmetros do símbolo do sextil representando os seis signos de ar e fogo, representa o aspecto cardeal fixo e mutável desses signos masculinos, o macho dos quais é o fogo e o aspecto fêmea relacionado ao ar. O sextil então é “dois 3”; cada um desses 3, na forma fechada, é um triângulo equilátero, metade do grande trígono duplo, o poder-amor-sabedoria do macho ou fêmea individualizados. Os quatro pontos da Cruz arquetípica são os relacionamentos básicos humanos: macho e fêmea como “doadores”, macho e fêmea como “tomadores”; ou macho e fêmea como “iniciadores das causas” e macho e fêmea como “reagentes aos efeitos das causas”. Este grande símbolo representa as identidades de interação e trocas recíprocas de todos humanos entre si. O trígono (fechado) é potencial para radiação espiritual individualizada; este potencial é “fruição” daquilo que foi “fermentado” pela cruz congesta através de medo-ignorância, descristalizado por medidas decorrentes do exercício do sextil que resultaram no resíduo puro do poder, amor e sabedoria espirituais. O trígono é “aquilo que a alma manteve após a inalação da experiência quando a descristalização das congestões se cumpriu”. Pense na analogia entre o corpo físico e o corpo alma – cada um “inala e alimenta” – alquimiza, elimina o que não é mais necessário, e retêm as essências de que necessita.

            O significado oculto do trígono tem muito a dizer em respeito ao poder místico de cura do ritmo três-quatro. A astrologia ilustra isso na sequência dos signos cardinais-fixos-mutáveis. Cada signo “compreende” três decanatos e cada elemento “compreende” três signos. Os trígonos dos elementos genéricos são o ritmo três-quatro cósmico expressando-se a partir das quatro identidades básicas; isso ilustra o “envolvimento” do círculo zodiacal à semelhança do envolvimento do divino em relação ao universo. Portanto, o ritmo três quatro oferece a nosso conhecimento instintivo a lembrança da eterna Presença do Divino. Há uma sutil e quase indescritível graça e charme no ritmo três-quatro que os ritmos dois-quatro e quatro-quatro não têm. A significância oculta dos dois últimos é estrutural; mesmo no ritmo três-quatro, as frases são construídas em grupos de duas ou quatro medidas, carregando assim a afiliação do trígono com a cruz. Na musicoterapia, se provou que o ritmo três-quatro possui grande poder de confortar e acalmar. O ritmo três-quatro, na estrutura arquetípica das frases de quatro medidas, é o poder divino em manifestação.

            Quando aplicamos os significados ocultos do ritmo à astrologia em ação, encontramos coisas interessantes. A respiração básica da ação vibratória são as batidas da Lua Nova e da Lua Cheia. Esta ação é análoga à inalação de ar pelo humano; é a alquimização vibratória de todo o corpo arquetípico, humanidade, como a oxidação e a alimentação constituem o composto dos processos alquímicos físicos individuais. Conforme nossa consciência, nossos corpos “se movem” harmoniosamente ou não com as ações de nutrição. Correspondentemente, nossas almas se desenvolvem (mais) com nossas respostas à ação da vibração. Uma extensão da “respiração-lunação” é vista no estudo do eclipse solar, que é macrocosmos para a lunação (lua nova) microcósmica. Um padrão de eclipse solar é a estimulação de dois signos de um diâmetro zodiacal por dois eclipses que estão seis meses (seis signos) distantes entre si. Tal padrão cobre um ano; um ciclo de eclipse solar (estimulação dupla de dois signos do diâmetro zodiacal) cobre um período de dois anos e é marcadamente análogo a uma composição musical completa – no ritmo três-quatro.

            Conte um é o primeiro eclipse; conte dois e três daquela primeira “medida” são as duas lunações sucessivas; conte um a partir da segunda medida é o “ponto médio” da lunação, que quadra o eclipse; conte dois e três são as lunações que sucedem o “ponto-médio”; conte um da terceira medida é o próximo eclipse; as cinco lunações que o seguem repetem a sequência das primeiras duas medidas: o total de dois eclipses e suas dez lunações compreende um “padrão”; o “ciclo” é completo pelos dois próximos eclipses e suas dez lunações, fazendo uma composição vibratória completa; a Lua Cheia do quarto eclipse cairá aproximadamente em conjunção com o local do primeiro eclipse. Resumindo: um ciclo de duas estimulações de dois signos de um diâmetro zodiacal; cada eclipse tendo sua “lunação de ponto médio”; isto é análogo em música a vinte e quatro medidas no ritmo três-quatro, duas frases de oito medidas, quatro frases de quatro medidas. O “e” de cada “contagem separada” é, claro, a Lua Cheia de cada eclipse ou lunação.

            Exemplo: eclipse em 20 de Novembro de 1947 em Escorpião; lunação do ponto médio em Aquário 20 de Fevereiro de 1948; eclipse em 19 de maio de 1948 em Touro; lunação de ponto médio 13 de Agosto de 1948. As lunações em Virgem e Libra, em Setembro e Outubro de 1948, completam o "padrão", primeira metade do "ciclo" Escorpião- Touro. Eclipse de 9 de Novembro de 1948 em Escorpião, lunação de ponto médio em Aquário 9 de Fevereiro de 1949; eclipse de 9 de Maio de 1949 em Touro, seguida por cinco lunações ao eclipse de Libra (Touro-Libra regidos por Vênus - estímulo de uma vibração planetária) em Outubro de 1949, após o qual ocorreram cinco lunações até o eclipse de 28 de Março de 1950, que por sua vez inaugurou outro "ciclo de música vibratória" intitulado "Peixes-Virgem"; este último em 1952 - dois eclipses em Peixes, dois em Virgem com suas lunações de ponto médio. Como você reagiu aos estímulos sobre seu mapa durante o ciclo Escorpião-Touro? Como você está se preparando para encontrar as condições representadas em seu mapa pelos quatro eclipses em Peixes-Virgem? Agora (Agosto de 1950) estamos terminando a primeira metade do primeiro padrão deste ciclo; o segundo padrão se iniciará em 12 de Setembro pelo eclipse em 19 graus de Virgem. Como você está tocando sua "música"? Praticando com seriedade?

            Concluindo, algumas colocações sobre os ritmos em relação à sua aplicação sobre as outras artes. Música e dança são as duas artes nas quais o atributo do ritmo é mais obviamente e concretamente manifesto. Música é a percepção dos arquétipos pela audição intuitiva e a manifestação desta percepção em construções tonais. A dança é a alquimização das posturas corporais arquetípicas através do ritmo, enquanto manifestação da percepção do arquétipo; ela é pintura (ou desenho) e escultura "mobilizada"; ela é uma sequência da qual a escultura é um "ponto congelado". A pintura é manifesta basicamente por linhas. Nós reconhecemos que o trabalho da linha que coordena o tema básico de uma figura a seus fatores secundários é ritmo representado, pois a linha em um desenho ou pintura é a emanação dos pontos estruturais - assim como o é na astrologia. O tema de uma figura é claramente o arquétipo que o artista busca manifestar. Objetivamente, entretanto, a batida de uma figura é o ponto focal da expressão interpretativa. O "movimento rítmico" em uma figura está na graduação das direções das linhas e na graduação das partilhas das cores. A sequência (movimento) das harmonias inter-relacionadas do desenho e da vibração compõem a essência do "ritmo na pintura". A arte dramática tem ritmo no tempo de leitura da pauta, saídas e entradas (movimentos "para dentro e para fora"), ações no palco, e o elemento temporal proporcional na inter-relação das cenas (de cada ato) com cada outra, assim como dos atos entre si. A escultura e a arquitetura têm ritmo da mesma forma que a pintura e o desenho têm; exceto no fato da harmonia do relacionamento com a massa, ao invés das relações entre cores, seja o fator importante.

            As belas ilustrações do ritmo na astrologia são vistas no "espaçamento" das doze cúspides das casas e seu agrupamento em sequências de quadrantes e semicírculos; o "dois-quatro" de signos alternantes e dos signos opostos - também do padrão da lunação e da Lua Cheia; o "três-quatro" das cúspides em cada quadrante e dos signos em cada trígono; o "quatro-quatro" dos pontos de cada cruz e o grande padrão de ação da "conjunção, quadratura, oposição, quadratura" da lua progredida e dos planetas em trânsito.

            Há a "dança" do Sol cada ano e da Lua a cada vinte e oito dias, e de cada planeta em seu próprio tempo através do zodíaco; as “batidas” poderosas do dia e noite, do diâmetro zodiacal e da dignidade e detrimento planetários.

            Os poderosos Urano, Netuno e Plutão conduzem o fluxo de grandes ondas de vida vibratórias de humanos encarnando sob a entrada para – e na passagem através – dos signos zodiacais e seus decanatos pela alquimia rítmica destes poderes de maestria.

            Há, é claro, sua própria entrada rítmica em cada padrão básico de experiência durante sua encarnação; o “espaçamento” dos aspectos em seu mapa natal conforme eles são ritmicamente ativados a partir do horário de seu nascimento.

            Abra seus olhos e sua percepção mais do que nunca ao significado rítmico harmonioso da simbologia astrológica; ela é de modo especializado, a representação da beleza da polaridade cósmica padronizada em ação.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CAPÍTULO XLV – ESPECTRO

        Espectro é uma das palavras arquetípicas mais importantes no estudo de expressões artísticas; a palavra, na aplicação arquetípica ou concreta, deriva do Latim e significa "olhar para". "Emanação" é processo pelo qual os potenciais de algo se manifestam; "espectro" é o resultado - o total dos potenciais perceptíveis, qualidades e partes. Usualmente utilizamos a palavra "espectro" para designar aquela aparência de um raio de luz refratado em suas cores componentes (partes) e isso é um exemplo excelente para o propósito desse estudo pois a astrologia em si é percebida visualmente. O arco íris é o exemplo concreto perfeito. Ele é um espectro natural; mas ele é mais que isso - ele é o símbolo perfeito de "espectro" enquanto palavra arquetípica. O raio da luz solar é macrocosmos, o arco íris é microcosmos; o arco íris como espectro é macrocosmos para cada uma das cores que designa, seu "microcosmos"; "Espectro", enquanto palavra arquetípica, se aplica a cada uma das cores como "macrocosmo" para cada uma de suas sombras, gradações ou qualidades. Em outras palavras ele é gerado como produto da luminosidade e refração; suas características básicas são "cores designáveis"; elas são por sua vez qualificadas por gradações e sombras que também podem ser designadas por palavras específicas.
                No que diz respeito a nosso sistema solar, o espectro original está na imaginação criativa do Deus pai-Mãe. A Mente Divina, que é a Fonte de cada arquétipo (ex: arco íris) manifesto nesse sistema, é a fonte de todo "espectro de manifestação" (ex: todos os tipos de arco íris) e todos os espectros de manifestação de cada arquétipo manifesto (ex: as cores totais e separadas, suas gradações, de cada arco íris). Por analogia, então, a Mente Divina corresponde ao raio da luz solar em nossa ilustração; um arquétipo é arco íris (uma manifestação da luz); um sub-arquétipo é uma das cores designáveis residentes no arco íris.
                A manifestação arquetípica da Mente Divina (a imaginação criativa do Deus Pai-Mãe) é observada como sendo nosso próprio sistema solar. O “espectro de emanação” seria a progressão dos planetas desde o momento da emanação do primeiro até que o último tenha emanado. O espectro de suas qualidades ocultas seria a gradação evolucionária do Logos Planetário do sistema análogo às cores diferenciadas do arco íris. A cor tem um espectro de frequência (quantidade) vibratória (sombreado específico) e também um espectro de qualidade vibratória (radiância relativa ou monotonia). O espectro de qualidade vibratória do sistema solar todo seria a soma da gradação de todos habitantes desse sistema em termos de “maior ao menor” (ou “menor ao maior”) exercícios de consciência espiritual. A mesma classificação poderia designar o espectro de qualidade vibratória dos habitantes de qualquer planeta e por sua vez, seu agrupamento por raça e ou nação. Esta analogia é aplicável ao tom arquetípico – o material essencial do manifestante e intérprete musical.
                O tom é o arquétipo de todo som, uma vez que pela sua natureza, ele é vibração rítmica audível. “Fraterno” com a cor, o tom tem um espectro duplo: frequência vibratória (baixa e alta) e qualidade vibratória; o espectro da qualidade vibratória tonal também é dual: aquele da Dinâmica (de suave a intenso) e do Poder (da monotonia à riqueza de tons). O espectro da “frequência tonal” é a manifestação inteira da escala tonal desde a velocidade vibratória mais lenta (mais baixa) até a mais rápida (mais alta). Esta “escala total” é dividida em “oitavas” e assim como o arco-íris é dividido em “cores” (cores são simplesmente as “oitavas” em um raio de luz). Assim como cada cor do arco-íris é um “espectro de sombras” também cada oitava tonal é um “espectro”. Cada sombra perceptível e designada de uma cor específica, a soma total da qual é a “matriz” de uma cor específica é análoga a cada nuance da nota musical. As nuances de uma nota musical específica na composição, compõem a “matriz” da nota assim como o envelope etérico humano, animal, vegetal ou mineral é sua matriz. O tom, em relação a seus sobre tons, é “incorporação vibratória condensada” – um fator específico de um sistema musical.
                O espectro dinâmico da cor é sua gradação do branco à sua densidade extrema; o espectro dinâmico do tom é a gradação representativa “suave-intenso – softness-loudness”. O espectro de poder de ambos cor e tom é a gradação desde “o poder menos impactante” (monotonia) ao “máximo poder impactante” (colorido tonal de qualidade carregada). Um grande pianista, pela ação controlada da mão, pulso ou dedos na compressão completa da tecla, pode criar um “pianíssimo” de delicada suavidade cujo poder será levado aos cantos distantes da sala de audiência. Outros, menos habilidosos, podem tocar o mais alto possível e os tons por eles soados serão duros ou sem vida. A analogia disso com a “monotonia” ou “brilho” ao interpretar princípios conforme representados no horóscopo é uma das coisas que você deve levar em consideração.
                O artista manifestante usa um espectro de meios para suas expressões. Este espectro vai desde o meio abstrato mais concreto (design) ao mais evanescente e abstrato meio – ritmo. Ele também inclui três meios concretos: tom, cor e substância. A linha é o meio abstrato entre o design e o ritmo. A linha é o símbolo arquetípico do “processo de manifestação”. O desenho de uma linha pode ser “espaçado” (ritmizado), e dele derivam todas as formas (designs) incorporadas (envoltas); assim como a linha em si emanou a partir de sua fonte, o ponto.
                Letra e palavra; tom e corda; linha e design (incorporação bidimensional) e massa (design tridimensional) compõem os meios do artista para representar seus conceitos de arquétipos, seja manifestamente ou interpretativamente. Ritmo, o espaçamento da sequência, ou da manifestação sequencial, é um "denominador comum" de todas as formas de arte, pois o ritmo é o arquétipo da natureza de todo movimento.
                A analogia do "espectro em Astrologia" com o "espectro nas artes" é fascinante devido à sua clareza. O recurso arquetípico de ambas as formas de interpretação é a consciência humana; o propósito arquetípico de ambas é interpretar a natureza dos arquétipos divinos através de conceitos manifestos; a ação arquetípica de ambas é intensificar, vivificar e iluminar a percepção humana a seu próprio respeito, outras pessoas e do mundo ao seu redor; a reação arquetípica a ambas ocorre a partir da composição do sentimento instintivo e do conhecimento instintivo.
                A palavra "artista" é arquetípica; seus dois princípios "emanações" são artista manifestativo (criativo) e artista interpretativo. O primeiro ser humano que se moveu ou colocou seu corpo em certa posição a dar expressão a um estado emocional específico foi o "primeiro" dançarino manifesto. O primeiro humano que reconheceu que "o ponto, a linha e o círculo" poderiam ser utilizados para simbolizar o ser, a consciência e a existência da humanidade - ou de um ser humano - foi o primeiro astrólogo manifesto. (Deve ser observado nesse momento que o "ponto, linha e círculo" são os "ingredientes" arquetípicos dos símbolos planetários assim como do desenho estrutural do mapa). O astrólogo manifestativo, assim como o artista manifestativo - corporifica seu conceito de arquétipo por um símbolo originalmente concebido; o símbolo é seu modo de representar a natureza, propósito e objetivação de um princípio cósmico. O astrólogo interpretativo estuda e percebe intuitivamente os significados dos símbolos já manifestos; ele cumpre sua função aplicando sua compreensão dos símbolos à interpretação do horóscopo. (Por exemplo, o autor sugere a consideração do seguinte enquanto símbolo "manifesto" para o planeta Plutão; um círculo envolvendo a seta para cima usada no símbolo de Marte; a seta é o potencial de expressão energética; o círculo é o subconsciente coletivo da humanidade - o desejo de poder arquetípico enquanto "fluído congelado" aguardando liberação através da expressão); é o conceito do autor do significado da regência de Escorpião por Plutão e co-regência por Marte.
                A palavra arquetípica espectro tem polaridade. A polaridade masculina é "espectro de qualidade vibratória" e a polaridade feminina é o "espectro de formas manifestas" que é a cristalização do desenho arquetípico. Estas duas polaridades de espectro são vistas na astrologia desse modo: a polaridade masculina (subjetividade) é toda a "extensão vibratória" dos doze signos zodiacais, do primeiro segundo de Áries ao último segundo de Peixes. Este é o espectro da consciência, humanamente falando; é o espectro dos poderes cósmicos, divinamente falando. Do ponto de vista da polaridade como ela se manifesta nos atributos da natureza humana, ela é o espectro de qualidade genérica - o composto de "atividade" e "reatividade" que todos humanos partilham. Ela compõe a essência de nossa projetividade e reflexibilidade, nossa expressão e nossa percepção. Como "polaridade" é um composto, nós reconhecemos que este aspecto "masculino subjetivo" do mapa é uma "dispersão de pontos", cada um dos quais é um potencial pelo qual expressamos de acordo com nossas percepções, e percebemos de acordo com nossa capacidade de expressão. Expressão é o processo pelo qual a individualidade se manifesta; Percepção é a polaridade experienciada. Estas ações ocorrem em sequência temporal, mas sua fonte é uma unidade de consciência.
                A polaridade objetiva "negativa" ou "feminina" do espectro astrológico é a sequência das doze casas, desde a décima segunda até a primeira em sentido anti-horário. Estas descrevem experiências específicas nas quais e através das quais a consciência é expressa e percebida. Elas se referem à “objetividade” da vida. Cada casa é um “mecanismo” para focalização (como “parentes” focalizam a identidade de uma criança) das expressões de nossas percepções de princípios de vida específicos. Cada casa é um sub-arquétipo da palavra arquétipo “matriz”; ela nutre nossa experiência e crescimento do mesmo modo que o corpo materno nutre a gestação da criança internamente e o poder do pai nutre o bem estar da mãe e criança externamente. Assim esses doze padrões de experiência “gestam” nossos desdobramentos espirituais no tempo-espaço. Na congestão (expressão não regenerada da percepção cristalizada) permanecemos “ligados” à matriz experiencial; através da expressão regenerada das percepções cristalizadas, ganhamos domínio sobre o ambiente, assim como com a maturidade ganhamos “domínio” sobre nossas dependências de nossa matriz bipolar: pai e mãe. Assim nos capacitamos para funcionar cada vez mais com consciência individualizada dos princípios ao invés da conformidade repetitiva à limitação das aparências . Lembre que este “espectro de casas” é uma polaridade do arquétipo da experiência humana; assim nenhuma parte dele é “boa” ou “má”. As casas, em seu todo, são materiais a serem usados; elas são designações das quais devemos aprender os princípios – assim como o estudo das cores nos auxilia na compreensão da natureza da luz.
                Os planetas são focalizadores dos signos que regem; eles são especificamente colocados, pela Lei da Causa e Efeito, nas duas representações do espectro astrológico – signo e casa. Assim como cada cor tem sua gradação e cada som tem sua gama de subtons, cada planeta tem seus “espectro pessoal” de natureza dual. Um é o “espectro padrão” – todos os aspectos possíveis com outros planetas; o outro é o “espectro focal” – todos os possíveis posicionamentos em casas e signos enquanto especificações dos “pontos” genéricos significantes no horóscopo individual. Um planeta sem aspecto é como um tom “monótono e seco” na música – ele tem pouco “poder de movimento”. Uma congestão no relacionamento entre planetas é como qualquer problema técnico em qualquer arte – a pessoa tem que “aprender os princípios” envolvidos assim como o artista tem que superar sua ignorância ou inadequação de forma a manifestar ou interpretar de forma mais perfeita seus conceitos dos arquétipos. O artista “superando seu problema” é análogo à pessoa com aspecto congesto se tornando ciente dos princípios envolvidos em seu padrão de experiência particular a gerar uma ação com base em uma consciência expandida.
                O arqui-espectro do “padrão astrológico” é dual: o sub-espectro dos três quadrados (cardeal, fixo e mutável) e o sub-espectro dos quatro trígonos genéricos (fogo, terra, ar e água). O quadrado triplo em quatro variações é o arqui-símbolo do atributo do Deus Pai-Mãe a tomar forma. O trígono quádruplo em três variações, é o arqui-símbolo do potencial divino inerente em toda forma (manifestação ou identidade). A conjunção de dois planetas é realmente o símbolo arquetípico do casamento; dois planetas são “fundidos” para o início de toda uma série de relacionamentos-aspectos entre si durante as encarnações vindouras. (Assim como no casamento duas pessoas são “fundidas” para um relacionamento mútuo durante os anos vindouros. Pense sobre isso). Em outras palavras, o aspecto de conjunção é análogo ao ponto central do círculo pois o ponto central emana os potenciais ao Ascendente; o aspecto de conjunção emanará uma série de aspectos planetários enquanto a pessoa progride através de suas encarnações sucessivas.
                Todos os aspectos planetários têm “espectros” nesse sentido: pela significância da “orbe” dois planetas têm aspecto exato entre si, eles têm aspecto aproximado entre si ou eles não têm aspecto entre si. Este é o espectro de “exatidão de aspecto” – a exatidão de um aspecto determina a intensidade de seus efeitos, congestivamente ou expressivamente. O aspecto da quadratura tem polaridade no sentido de simbolizar arquetipicamente a congestão expressão (masculina) ou congestão da percepção (feminina). A quadratura, o sextil (alquimia, regeneração dinâmica), a conjunção (fusão de poderes), e a oposição (focalização planetária de um diâmetro) têm espectro apenas no sentido de que quaisquer signos, casas ou planetas podem aparecer nesses padrões. O aspecto do trígono tem o espectro dual da polaridade:
                Usamos o triângulo equilátero repousando sobre sua base horizontal (os três signos de terra da Grande Mandala) como símbolo para o “aspecto trígono”. Como os signos de terra são usados, e como esta é a representação mais estática do trígono, esta é realmente a polaridade feminina do mesmo; ela é o resultado de se ter exercitado amor-sabedoria relativos no passado, e esta é outra forma de dizer “Maestria relativa”. A pessoa com um aspecto de trígono desfruta de uma certa harmonia, abundância ou integração nesta encarnação devido a seus esforços no passado. A polaridade masculina do trígono é encontrada no elemento fogo de Áries-Leão-Sagitário. Este é o exercício dinâmico da consciência espiritualizada, sendo a maior oitava do aspecto sextil. Como causa e efeito têm a mesma fonte, podemos ver que esta representação dual da polaridade do trígono nos diz: “Sim, tenha os benefícios dos frutos desse aspecto mas lembre-se que você está evoluindo; você deve usar o trígono como poder dinâmico para elevar a qualidade de sua Maestria relativa para percepções maiores no futuro”.
                Seu horóscopo se revestirá de “brilho” e “radiância” extras se pensares em termos de espectro, assim como sua apreciação da arte ganha em profundidade na medida em que te tornas ciente dos valores e belezas dos seus variados atributos e essências. “Veja” os quatro trígonos genéricos desdobrados a partir dos pontos estruturais cardinal, fixo e mutável; “veja” a quimicalização do espírito em direção à objetificação pelo desdobramento dos três modos das quatro cruzes estruturais dos signos de fogo, terra, ar e água. Pense espectro em relação a tudo que vem à sua atenção – arquétipos, sub-arquétipos e assim por diante – por um instante. Você desdobrará concomitantemente uma capacidade marcante de perceber os valores das posições e padrões planetários. “Pensar espectral” é pensar arquetipicamente. Pensar arquetipicamente é exercitar a mente ritmicamente.


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

CAPÍTULO XLIV – O PONTO, A LINHA E O CÍRCULO

            Por muito tempo uma das mais profundamente arraigadas convicções pessoais do autor é que a astrologia é a arte interpretativa suprema. “Suprema”, pois seus elementos estruturais e simbólicos compõem os elementos estruturais e simbólicos das outras artes. É a representação simbólica dos princípios cósmicos “expressos humanamente”; como tal, ela representa tudo o que a humanidade busca expressar em termos das belas artes. É o padrão das ações e reações e essas duas palavras juntas que constituem o que chamamos “experiência humana” que por sua vez é a “destilação da consciência espiritual”. Arte, em qualquer forma, serve para intensificar e vivificar a percepção do homem sobre si mesmo, outras pessoas e o mundo ao seu redor.
            A simplicidade fundamental do simbolismo astrológico tem alcance profundo sobre nossa consciência devido à sua qualidade arquetípica; posteriormente suas mensagens – através dos planetas, signos, casas e aspectos – nos alcançam continuamente como se nós descobríssemos nossos recursos de sabedoria e percepção. Todos os artistas considerados grandes o são devido a algum alto desenvolvimento incomum em pelo menos algum ramo de sua arte particular; o grande astrólogo é aquele que efetivou a integração harmoniosa do intelecto com o amor e com a intuição. Ele é, pela natureza de seu talento, um intelecto e instrumento, um estimulador e um refletor, um pai e um irmão. Ele conhece a escuridão, mas sua percepção é centrada na Luz; ele serve para iluminar a consciência dos outros em relação a sua identidade real como expressões da Lei de Causa e Efeito, que é polaridade cósmica em ação através do arquétipo humano.
            Este discurso introdutório sobre “ponto, linha e círculo” tem o propósito de preparar mentalmente para a consideração das analogias entre as belas artes e a astrologia. Qualquer trabalho artístico é uma organização quimificada de elementos, abstratos e concretos, que serve para corporificar uma ideia arquetípica. A concepção da ideia é a ação da polaridade feminina do artista; ela representa seu funcionamento como focalizador dos poderes inspiracionais e como percebedor do arquétipo, por intuição. Pelo exercício do poder da vontade com estratégia técnica (a polaridade masculina), uma fusão vibratória ocorre de forma a tornar possível a gestação da corporificação – o arquétipo é condensado e objetivado através do meio artístico particular – a perfeição inerente ao arquétipo é relativamente manifesta em tom, cor, designs, movimento, gestos, palavras, etc. A fusão da intuição com a vontade é o exercício da bipolaridade – o artista é ao mesmo tempo “pai-mãe” de seu trabalho. Seres humanos não podem – criar tons, cores, designs, movimentos, gestos, etc. Temos, entretanto a faculdade de nos tornar sensíveis à existência e à natureza dos arquétipos, e nossos talentos nos permitem manifestar nossos conceitos de arquétipos, que são, e sempre tem sido residentes na Mente Divina. Como indivíduos, nós simplesmente damos expressões individualizadas a eles. Pense a esse respeito em conexão com aquelas obras de arte que você ama mais profundamente e que o inspiram mais intensamente. Elas sempre vivem em sua consciência e servem para simbolizar realidades internas a você. Sua resposta a elas é parte e parcela de seu corpo alma; suas essências viverão nele enquanto você existir. Elas são, em qualquer forma, sentenças vibratórias da verdade. A “criatividade” do manifestante artístico é a originalidade com a qual ele corporifica o arquétipo.
            Alguns poucos exemplos – para ilustrar a qualidade arquetípica da grande arte: A música de Johann Sebastian Bach; o canto de Marian Anderson; a arte da dança de Isadora Duncan, Vaslav Nijinsky e Mary Wigman; o atuar de Eleanora Duse e John Barrymore; os dramas de Shakespeare; a escultura de Rodin; as novelas de Pearl Buck; a arquitetura do antigo Egito; a poesia de Verlaine, etc.
            Sem o “ponto, linha e círculo” não pode haver representação astrológica. Sem compreender o significado arquetípico destes três não podemos compreender o significado arquetípico de uma obra de arte nem de um horóscopo. Na composição do “ponto, linha e círculo” como sequência, é visto o símbolo da emanação – macrocósmica e microcósmica, divina e humana. Você já ficou curioso em saber como fazer para criar um símbolo a partir de “nada”? É simples. Você se conforma ao significado da palavra e não faz nada. Você deixa o papel em branco. No instante que você indicar algo no papel, você terá dado corpo a "algo". O fator mais fascinante na simbologia é o estudo do ponto - pois o ponto é o início de toda representação. Você pode desenhar uma reta inteira de uma vez só? Não, você teve de começar com um ponto. Refutar com "mas eu posso usar uma estampa e desenhar a reta de uma vez só" é equívoco; a estampa (feita para desenhar uma linha) foi feita pelo mesmo processo.
            Pessoas - a maioria - são inclinadas a pensar que um zero (círculo) é o símbolo de "nada". O mero fato de zero ser uma "coisa desenhada" invalida automaticamente esta interpretação. ("Um e zero" - enquanto desenho - não é "um" mas "dez"). Consideremos a natureza de um "círculo-zero" do ponto de vista de como ele é essencialmente feito; a partir disso, talvez, possamos alcançar uma percepção mais clara do que ele essencialmente simboliza. (Note que na adição e na multiplicação, nossos resultados numéricos emanam para a esquerda - assim como a linha Ascendente "emana" a partir do centro da Grande Mandala para o tempo-espaço específico. O número mais distante à esquerda no resultado aritmético é análogo ao ponto ascendente).
            No instante que seu lápis toca o papel você estabelece o ponto. Por sequência de movimento no tempo-espaço você desenha a linha a partir daquele ponto. O ponto então é a fonte da linha enquanto representação. A polaridade é representada aqui: sua vontade e mente se impõem sobre as substâncias materiais do lápis e papel; o pensamento de desenhar a linha é sua ação subjetiva; o desenho é a ação objetiva que resulta na manifestação da linha. Dos dois instrumentos, o lápis é masculino, pois sua substância é qualificada para fazer a marca; o papel é feminino, pois sua natureza é “receber” a impressão da ponta do lápis e refletir a representação de sua ideia. Por correspondência, você é (nesta ação) Deus; o lápis e o papel são matéria e a linha é o resultado específico da ação de sua vontade sobre a substância material; por correspondência novamente – como Deus Pai-Mãe (Imaginação e Vontade criativas) utiliza o material universo para manifestar arquétipos – e aqueles arquétipos podem ser “humanidade”, “gato”, “carvalho”, “colibri” (humano, quadrúpede, vegetal ou pássaro). A ação da ponta do lápis no papel é análoga à ação da polaridade cósmica no e através do universo material, resultando em uma manifestação especializada.
            Assim como vocês, uma “emanação” do Deus Pai-Mãe, são fontes de suas expressões, o ponto que você desenhou é a fonte de todas as linhas, planos e (teoricamente) sólidos que podem emanar dele. Como tal, ele é o símbolo abstrato da infinita subjetividade; daquele ponto linhas podem ser desenhadas em espaço infinito e tempo infinito. Pois as “vidas” linhas é a evidência de que o ponto existe; pois estarmos sustentados em manifestação é evidência de que nossa fonte existe. A linha é então o efeito específico de uma causa específica; o desenho dela é um processo de quimificação; a medida dela é o exercício de sua vontade para manifestar em perfeição o arquétipo em sua mente. (Uma linha indefinida é a manifestação não atingida do arquétipo, uma linha medida é especificamente, definidamente qualificada como uma representação arquetípica). De fato o ponto é um “ponto preenchido”; abstratamente, e agora estamos lidando com abstrações, ele simboliza a composição pura de todas as dimensões. Dê à palavra “arquétipo” muita atenção e pensar – ela poderia ser objeto de estudo para toda uma vida, pois é uma das mais fascinantes e iluminadas palavras.
            O ponto agora é visto como sendo – enquanto símbolo abstrato – o arquétipo da fonte: Deus, causa, essência subjetiva, núcleo, semente, etc. A linha, correspondentemente, é a primeira emanação da fonte potencial, pois nenhuma outra linha foi, até o momento, desenhada a partir do ponto. Quando a linha é completa por medidas específicas, ela é plenamente “quimicalizada” e qualificada, pelos seus atributos de adequação a emanar planos e sólidos. Assim como a criança, “emanada” pelos seus pais, possui os atributos de tornar-se um pai em si quando amadurece; sua maturidade, de corpo e emoção, o qualifica para uma identidade específica – vida parental – conforme a medida da linha especificamente o qualifica.
            Aplicado ao sujeito deste discurso, o ponto é a ideia arquetípica do artista. O desenho da linha é a ação de manifestar o arquétipo. A linha medida, completa, é o trabalho terminado agora qualificado pelos seus atributos para ser visto, escutado e aproveitado – em resposta. Na Grande Mandala Astrológica, o centro é a Divindade inerente do arquétipo humanidade; a linha desenhada para a esquerda é o ascendente abstrato, Áries, o “Eu sou” de todos os seres humanos. No horóscopo do humano individual o ponto central é sua “chispa divina”, sua porção individualizada da divindade, a quimicalização da qual é a linha desenhada horizontalmente para a esquerda a partir do ponto; seu contato com a circunferência do círculo é seu nascimento físico – a objetivação de seu “Eu sou”. Como há apenas um raio em qualquer círculo, esta “linha ascendente” é a composição das quatro identidades humanas básicas: macho e/ou fêmea; complementação (e estes dois compreendem a identidade sexual); gêneros masculino e feminino (estes dois compreendem as identidades de serem Causadores e Efeitos das Causas ou Expressores e Reatores).
            A palavra “Arte” corresponde à palavra “Artista” assim como a palavra “Humanidade” corresponde à palavra composta “Homem-Mulher”. Há muitas formas de expressão artística assim como vários tipos de seres humanos. Arte, enquanto palavra arquetípica significa: a manifestação dos arquétipos através do tom, cor, substância, palavra, movimento e dos elementos abstratos do rimo e design. “Humanidade” significa: manifestação, neste planeta de uma ideia arquetípica do Deus Pai-Mãe; ela é expressa através das duas aparências sexuais macho e fêmea nas “dimensões evolucionárias” de não realização e de relativa realização dos potenciais Divinos. Agora, as emanações da linha – enquanto em si mesmo, uma “fonte”:
            Assim como o número arquetípico é “um”, há apenas um centro e um raio em todo horóscopo – assim, consequentemente, dois diâmetros. O artista possui – manifestamente e/ou interpretativamente – um dom artístico que é sua habilidade de perceber arquétipos e manifestá-los. Mas pode haver muitas formas pelas quais ele pode exercitar seu “Eu sou” artístico – seja por participação em diferentes formas de arte ou em diferentes fases de uma forma particular. Há em astrologia três expressões das quatro identidades básicas previamente mencionadas. Em cada uma dessas doze identidades, o humano expressa seus potenciais especializados; em cada uma dessas fases dos dons artísticos (os gêneros do qual, masculino e feminino, são manifestantes e intérpretes, respectivamente) ele expressa seus potenciais artísticos especializados; o dramaturgo expressa através de várias formas de arte dramática e a atriz aprende a interpretar vários tipos de papéis; o musicista lida ou pode lidar com diferentes instrumentos e formas musicais; o arquiteto e o escultor aprendem a adaptar diferentes substâncias para dar corpo às suas ideias. O artista preenche o "raio da roda" com cada demonstração satisfatória de seus dons manifestativos e/ou interpretativos; o indivíduo humano preenche "seu raio" quando se torna consciente dos princípios espirituais envolvidos em seus padrões de experiência e expressa aquela realização em sua vida diária. Como o "fim" de tudo isso é simbolizado? Consideremos a realização do ponto - o círculo:
            A beleza inefável de um círculo perfeito é o símbolo supremo da realização espiritual e do cumprimento perfeito dos potenciais da humanidade. Subsequente à realização e ao cumprimento potencial, vem a liberação perfeita, no tempo perfeito, a partir do encadeamento à forma. "Forma" pode significar um relacionamento especial, um padrão específico de experiência em uma oitava particular, um estado específico de manifestação ou um ciclo evolucionário específico. Para ilustrar:
            Desenhe em um papel a próxima forma geométrica mais simples - um triângulo equilátero. Os pontos médios dos lados são os três pontos mais próximos ao centro (da figura). Conforme você se move ao longo do triângulo a partir de qualquer um desses três pontos você se afasta do centro até que você chegue ao próximo ângulo. Faça o mesmo com o quadrado - os pontos médios de cada lado são os quatro pontos mais próximos ao centro e os pontos angulares os mais distantes. Todas as figuras com três ou mais lados e fechadas simbolizam cristais - elas representam estados estáticos. Há movimento ao redor delas, apesar da ritmicidade nas figuras equilaterais não ser constante em relação ao centro. Quanto a isso, o círculo difere das demais figuras fechadas. Trace um ponto em qualquer local da circunferência de um círculo perfeito e perceba que a distância entre o ponto e o centro se manteve a mesma o tempo todo. Assim, a "perfeição espiritual" do círculo e sua perfeição estética (um contínuo e perfeitamente controlado "fluxo" a partir de um dado ponto) representam o ideal da expressão rítmica e harmoniosa dos potenciais e suas realizações perfeitas em Amor-Sabedoria.
            Como o triângulo equilátero - o "Grande Trino" - é o próximo símbolo espiritual mais significativo (devido à "proximidade" de seus pontos médios ao centro), temos nele a figura da perfeição relativa do ser humano exercitando de tempos em tempos, os melhores e o mais elevado de seus atributos. Sendo humano, ele não fica naqueles pontos altos (aqueles próximos ao centro - e eles guardam analogia com os pontos médios do diâmetro horoscópico); ele tende a afastar-se de seu Centro em direção ao próximo ângulo - que simboliza uma nova identidade para posterior liberação de poderes de Amor-Sabedoria. Estude os quatro trinos genéricos, cada envolto em um círculo, com os pontos médios de seus lados conectados ao centro - para representar "proximidade". Os pontos angulares estando distantes do centro estarão em cada um dos símbolos, o poder trino da identidade (cardeal) a ser expressa e realizada a partir do amor (fixo) e sabedoria (mutável). O envolvimento dos três pontos médios por um círculo menor representa o "retorno" da individualização (Adão e Eva) à unidade (Paraíso) pela redenção através do Amor-Sabedoria (Cristo). Continuando esse processo de criar círculos menores da mesma forma poderia eventualmente, de um ponto de vista simbólico abstrato, reduzir o círculo original a seu ponto Central original, as conclusões da experiência de um arquétipo manifesto: “da Subjetividade através da Objetividade e de volta à Subjetividade". Para concluir:
            O círculo não é um "símbolo químico". Ele é a manifestação da perfeição inerente de uma expressão quimicalizada. Ele é o ideal da objetivação perfeita e da realização perfeita. Ele é a infinidade do efeito perfeito, enquanto o ponto central é a perfeição infinita do arquétipo. O círculo da roda horoscópica é o arquétipo humano a ser manifesto (Maestria); ele é a verdade, a divindade e a beleza - o poder inspiracional - da obra de arte completa. Ele é a consciência refinada e sensibilizada do artista enquanto agente de manifestação - intérprete - e "intérprete" significa "professor" assim como "performer" - e a plenificação de seus dons sagrados enquanto instrumento espiritual. O ponto central do círculo é a fonte divina da manifestação - em todos os planos, oitavas e ciclos.