segunda-feira, 11 de agosto de 2014

CAPÍTULO XXXI – RELAÇÃO-ESTRUTURA BÁSICOS



Como alimento para o pensamento, sugerimos considerar esta sentença, como introdução para uma discussão de padrões de relacionamento: Há apenas duas qualidades de relacionamento: (1) Medição – “Espaço-Tempo” (que não diz respeito a este estudo); (2) Vibração – que é nosso escopo. Dentre as qualidades vibratórias há dois tipos básicos: (1) Aquela do macrocosmo e microcosmo entre si; (2) a fraternidade de microcosmos entre si.

O primeiro tipo é considerado assim, pois o Desconhecido não tem fraternidade com nada mais; ele engloba tudo que é – “tudo que é” é sua expressão. Entretanto, em cada oitava inferior, o Desconhecido se expressa em miríades de tipos de microcosmos, cada um dos quais fraternais aos outros e cada um dos quais é “macrocosmo” para as oitavas inferiores a eles; por exemplo, “seus próprios microcosmos”.

Nós consideraremos um “alinhamento” hipotético de modo a enquadrar esta miríade de microcosmos. Primeiro, o Desconhecido em si mesmo. Sua figura será um ponto – de teoricamente nenhuma dimensão – colocado exatamente no centro de uma folha de papel. Não temos forma mais simples de representar a Fonte de Tudo. Então, o ponto central é envolvido pela circunferência de um círculo perfeito. O círculo em questão é visto como a representação da perfeita existência do Desconhecido: Vida e Natureza; Criatividade e Manifestação; Positivo e Negativo; Causa e Efeito. A polaridade pode então ser pensada como a “Ação da Vida”, o “Ser” do Desconhecido. É a dimensão macrocósmica; todas as outras dimensões são seus microcosmos. É a bi-unidade essencial pela qual a unidade expressa seus potenciais.

A mandala, até aqui, representa com máxima clareza e simplicidade o TODO da Vida composto. Agora, consideraremos a mandala em sua figuração essencial do “Macorcosmo-ao-Microcosmo”.

A partir do ponto central, desenhe um raio horizontal para a esquerda. Este raio é a expressão do Desconhecido, de seus potenciais à oitava extrema da manifestação física. Este raio representa, pelo seu ponto na circunferência, o “mais longe da Fonte que o Desconhecido pode se projetar”. A partir daquele ponto, a viagem ao redor da circunferência do círculo (no sentido anti-horário) é a delineação dos processos evolucionários pela liberação de potencial. O raio, em resumo, é “a mandala do microcosmo” – o composto de todas as possíveis expressões do Desconhecido.

(Há apenas um raio em cada círculo, todos os outros raios são emanações deste. Prove isso criando um círculo com o compasso; no instante que você coloca o ponto do grafite no papel você estabeleceu o raio do círculo. O círculo está criado (emanado) pelo movimento do compasso através do “tecido” do espaço-tempo para completar a figura; você não usou nenhum outro raio, mas aquele com o qual você iniciou).

Não temos como saber qual a extensão da primeira oitava de expressão do Desconhecido. Mas, como devemos usar palavras específicas para transmitir ideias, simplesmente pensaremos esta oitava como “O Universo”. Então, nos remetendo à mandala, o ponto do raio é visto como sendo o corpo do Desconhecido – a totalidade do círculo representará a realização de todos os potenciais inerentes ao Desconhecido.

Como esta mandala é arquetípica, podemos e a usaremos como o símbolo da expressão da Vida em todas as oitavas inferiores, a primeira das quais designaremos como “arqui-galáxia”. O raio do círculo agora representa o composto dos potenciais de cada arqui-galáxia individual – que é “fraternal” com todas as demais arqui-galáxias. O microcosmos da arqui-galáxia nós o pensaremos como “galáxia” e o raio é então o potencial de cada galáxia, todas as galáxias sendo fraternais umas com as outras. Então, consideramos o raio como o potencial de, diríamos todos os sistemas solares, pelo seu padrão arquetípico, sendo fraternais uns aos outros; então a composição de todos os corpos planetários que são microcósmicos ao Logos solar de cada sistema solar. Todos os planetas de cada sistema sendo fraternos mutuamente.

Agora, como estamos primariamente considerando seres humanos, o raio é visto como representando os potenciais inerentes à ideia logóica que denominamos “Humanidade” – a oitava superior do potencial evolucionário neste planeta em particular. O raio é agora visto como representando todos os seres humanos se manifestando no interior do envelope etérico ao redor da Terra e também em sua superfície. Todos os outros raios que possam ser representados no círculo são uma emanação do arqui-ponto da consciência que nos referimos como “Eu Sou” – o reconhecimento do ser como uma expressão da ideia perfeita na mente de nosso Deus Pai-Mãe.

A “fraternidade dos microcosmos” está agora representada por esta mandala como o arqui-símbolo da humanidade encarnada; seu desenho é o mesmo para todos os seres humanos, que, por Lei, encarnam na bi-una dimensão da medida (espaço-tempo) e polaridade (vibração masculino-feminina). Cada um destes fatores é interdependente com o outro: a encarnação não se faz – nem pode ser feita – sem ambos.

Até aqui, temos o potencial de preenchimento vibratório de cada ser humano como a expressão de seu macrocosmo – o Ascendente de seu horóscopo.

A ideia que chamamos humanidade carrega o padrão vibratório bi-uno de relacionamento deste modo; O relacionamento entre macro e microcosmos é evidenciado no relacionamento de pais e filhos. Em outras palavras por polaridade: o relacionamento mútuo de pai/mãe com filho/filha. Este padrão é “tipo um” como a estrutura de relacionamento arquetípica de todos os seres humanos entre si; todos os outros relacionamentos são derivações fraternais desta.

Como o sexo físico é uma especialização do composto que chamamos de “gênero”, reconhecemos que cada ser humano, é em suas funções naturais interiores a dimensão universal da bipolaridade. Todo homem e mulher compõem as qualidades vibratórias masculino/feminino. Ser “masculino” é impregnar, projetar, expressar, estimular; ser feminina é ser impregnada, servir como objeto para projeção, incorporar a expressão, ser estimulada, refletir aquilo que foi lançado adiante.

Agora ampliaremos nossa mandala para representar, astrologicamente, este “padrão de relacionamento arquetípico”.

Prolongue o raio para a direita, criando o diâmetro horizontal; desenhe o diâmetro vertical, criando a “cruz da encarnação”. Coloque o símbolo de Áries no ponto do Ascendente, Libra em seu oposto, Câncer na parte inferior da roda e Capricórnio no topo. Temos agora o círculo quadrado pelos signos cardinais – os novos pontos de direção; os raios são as quatro formas básicas de dizer “Eu Sou”; os diâmetros são as duas formas básicas de dizermos “Nós Somos”; e o desenho estrutural total descreve o composto “daquilo que gera e daquilo que é gerado” a quádrupla representação da polaridade em ação na ideia da expressão da vida, “Humanidade”.

Desenhe uma linha vertical e concentre-se nela por um instante como o símbolo essencial da ação geradora da polaridade. Ela é a ação de produzir, a função parental composta, o processo de construção da forma pelo qual os pais fundem suas substâncias e energias masculina e feminina como contribuição para o Ego encarnante; as especializações do “masculino e feminino” compõem a expressão dinâmica da polaridade.

Agora desenhe uma linha horizontal de aproximadamente o mesmo comprimento da vertical; esta linha é o objetivo da vertical, o “polo negativo” da linha parental, aquela que foi produzida pelos pais, que foi forma dada (encarnada) pelos pais. Desde que cada “gerado” é bipolar, nós agora reconhecemos que os extremos desta linha horizontal representam o masculino e feminino – tanto um como outro – do horóscopo; cada um é a contraparte genérica do outro (como pai e mãe são contrapartes genéricas mútuas). A horizontal é então o filho/filha do pai/mãe.

Para considerar a qualidade genérica dos doze signos zodiacais: medite em um “espectro genérico” sobre as quatro qualidades básicas que designamos como: (1) masculino-macho; (2) feminino-macho; (3) masculino-fêmea; (4) feminino-fêmea. Este agrupamento combina, efetivamente, os dois aspectos do sexo com os dois aspectos das qualidades vibratórias genéricas – a “dupla expressão da dupla polaridade”.

Voltando à mandala com o signos cardinais reconhecemos que estes quatro signos representam o “início” de um dos quatro fatores no “espectro genérico”; cada um “inicia” um quadrante do mapa e um dos trígonos elementais. Cada um é, então, o aspecto Ser de seu elemento particular, os outros dois aspectos de cada trígono representam os ideais de Amor e Sabedoria. O “trígono” dos elementos representam os objetivos essenciais de nossos desdobramentos, a recuperação de nossos “Paraísos perdidos” através das transmutações e irradiações idealizadas de nossos potenciais genéricos.

Portanto, os dois signos cardinais que se referem à qualidade básica masculina são Áries e Capricórnio. Os outros dois descrevem a qualidade feminina básica da polaridade – Câncer e Libra.

Crie quatro mandalas representando os trígonos dos elementos. Como estes trígonos são os símbolos dos atributos de “Ser, Amor e Sabedoria”, eles representam a idealidade das quatro variações genéricas. Os signos de fogo e ar são do gênero masculino e os de terra e água são femininos.

Agora, mais duas mandalas, cada uma com a combinação dos seis signos masculinos e os seis signos femininos, respectivamente. A mandala masculina contém duas verticais, a feminina contém duas horizontais. Quando conectamos os pontos da mandala masculina ao centro por linhas retas temos o símbolo da alquimia – o símbolo do aspecto de sextil: a descristalização dinâmica das energias congestas através de expressões transmutadas. As horizontais da mandala feminina indicam uma “qualidade estática” – “algo sobre o qual algo mais pode descansar”; uma figura clara do estabelecimento da sociedade ideal com base no parentesco ideal. Em que outra base a sociedade (em suas expressões mais elevadas) repousaria senão nas expressões de Amor-Sabedoria daqueles que a cuidam como parentes pessoal ou impessoalmente? O símbolo do sextil que está envolvido na mandala masculina porta o potencial dinâmico de todo homem e mulher para regenerar seus padrões vibratórios e liberar seus potenciais evolucionariamente em elevadas oitavas de consciência.

Marte, o regente de Áries, o “gerado masculino”, encontra sua exaltação no signo de Saturno, Capricórnio: o cumprimento do princípio impregnativo masculino na paternidade. “Paternidade” é a versão masculina de “gerar na forma”. Não podemos permanecer “tomadores de vida” para sempre – devemos nos tornar “dadores de vida” se quisermos nos realizar plenamente. A exaltação planetária não é simplesmente outra forma de dizer vibratoriamente maturidade?

Touro, o princípio de “cuidar da Forma”, é o segundo, ou aspecto amor do trígono de Terra iniciado por Capricórnio. “Ganhar o pão” tem sido a principal forma pela qual o masculino expressa seu potencial de amor há tempos. Sua responsabilidade, como pai, era ganhar e trabalhar de forma que seus “amados” e seus “gerados” pudessem ser sustentados materialmente. Desde que as mulheres passaram ao exercício livre de suas qualidades positivas, desde que este processo de repolarização surgiu no último século, reconhecemos que o homem tem maiores oitavas a cumprir como pai; a psicologia refuta o antigo dito de que criar crianças é principalmente função da mãe; sabemos hoje, do nosso reconhecimento dos princípios parentais, que o Amor-Sabedoria do pai é tão importante e necessário para a plenitude da relação parental. Sagitário, o terceiro signo de fogo e aspecto Sabedoria do trígono masculino-macho, é o signo da décima segunda casa de Capricórnio: o aspecto sabedoria do masculino é visto então como a redenção a partir da qual o homem exercita seus potenciais espirituais no padrão experiencial da paternidade. “Fazer dinheiro” já foi considerado o único fator pelo qual o homem expressa seu amor pelos seus filhos; “fazer mentes, fazer corações, fazer espírito e compreensão” é visto como sendo o ideal do pai como fator na experiência de suas crianças.

Vênus, como regente de Libra e complemento de Marte-Áries, é o “gerado feminino” do pai-mãe Saturno-Lua. Sua plenitude na maternidade é mostrada por Câncer como seu signo de décima casa – assim como Capricórnio é para Marte; mas no padrão feminino as exaltações ocorrem de modo diverso do masculino. (Incidentalmente, em um horóscopo de mulher sua Vênus nos dá a pista vibratória básica sobre como ela tende a sentir-se como esposa. Em um mapa masculino, Marte designará como o homem se sente interiormente como marido).

O signo de Vênus, Libra, é o ponto de exaltação do símbolo do pai, Saturno, e Libra é a própria décima casa do signo de Saturno. A “maturidade” da vibração do pai é encontrada na delicadeza da vibração de Vênus mais a qualidade de balanço implicada pela vibração harmonizadora do “amável” planeta. O pai como macho deve reconhecer o valor da vibração feminina cultivada como uma “equalização” de sua própria qualidade; quando seu próprio potencial feminino é utilizado em sua experiência parental, ele percebe com compreensão os requisitos femininos “dela de quem ele foi gerado”; utilizar apenas suas qualidades masculinas de sentimento e percepção representaria também uma “complementação” com o feminino gerado; haveria uma falta de percepção balanceada.

A Lua encontra sua maturidade vibracional no outro signo de Vênus, Touro, a décima primeira casa de Câncer. O padrão de “décimo primeiro signo” transmite a qualidade de Aquário (o décimo primeiro signo do zodíaco) e as palavras chave “individualidade” e “liberação” representam a exaltação do princípio materno quando ela reconhece e aprecia a individualidade daquele que ela gerou e libera o gerado para sua própria e única realização. “Mãe” que se excede na nutrição e na proteção do gerado não reconhece a necessidade única deste ser quanto ao seu desabrochar, desenvolvimento e exercício de seus potenciais. Mas, com a apreciação da perspectiva de individualidade do ser gerado, ela cumpre sua tarefa natural, de guiar e proteger pela liberação amorosa do ser, a fim de favorecê-lo a encontrar seus próprios níveis de idealismo e realização. Quando Saturno encontra a maturidade emocional através da influência refinada de Libra, Júpiter – como regente do signo de redenção de Saturno, Sagitário – encontra sua maturidade na qualidade de resposta simpática de seu signo de exaltação, Câncer, o signo mãe. Aqui a natureza masculina expressa seu potencial para proteção afetuosa e simpatia por – e em direção ao – ser gerado. A sabedoria interior do pai é aqui amplificada e envolta pela consciência emocional sensível e responsiva ao potencial maternal, e sua masculinidade essencial é complementada pela sua própria necessidade de expressar o composto de sua sabedoria e sentimento.

Vênus encontra sua maturidade em uma oitava que é muito mais alta que meramente um complemento ou reflexão da vibração ariana de Marte. Sua exaltação em Peixes – a Sabedoria inspirada – aspecto do trígono de água que se inicia pelo princípio da maternidade, a Lua, através do signo de Câncer. Peixes é a casa de Netuno, o princípio do ideal em si, a “super-mãe”, a “toda envolvente, toda protetora, toda redentora” oitava do princípio maternal. Peixes, o signo da décima segunda casa do cinturão zodiacal é o resíduo dos ideais não cumpridos que torna necessária a nova encarnação. É o símbolo da redenção da humanidade pela mais alta oitava de sua consciência, e como a dignidade cardinal de Vênus é a casa da complementação e o signo do equilíbrio, Libra, vemos que o perfeito cumprimento dos padrões humanos de relacionamento e a expressão ideal das qualidades genéricas de nossa natureza vibratória constituem a redenção do mundo. Quando percebemos o perfeito potencial dos elementos masculino e do feminino em cada ser humano, significa que nós purgamos nossa consciência de figuras sombrias de pecados, crimes, doenças, medo e feiura. Vênus, pela sua maturidade em Peixes, é a realização perfeita da perfeita reflexão do Deus pai-mãe em cada ser humano.

Os processos evolucionários trazem todos os seres humanos para a fraternidade cedo ou tarde, com pessoas funcionando em todos os outros padrões; o “filho” se torna “marido e pai” – fraterno com todos os outros maridos e pais; o tipo de pai que ele tem agora representa sua “referência de paternidade” no passado; o tipo de pai que ele reencarnará na próxima vez dependerá em como ele cumpre com seu padrão de responsabilidade nesta vida. Em suma, nós, cada um de nós, carregamos no interior um ideal de cada padrão básico de relacionamento; cada um é seu próprio e sua própria marido/mulher, pai/mãe, irmão/irmã e filho/filha. Nossas experiências nos ciclos de encarnação acontecem com o propósito de tornar real – realizar – estas figuras ideais expressando nossa qualidade ideal de poderes genéricos; a finalidade em vista é a realização do ideal humano – a manifestação da ideia humana perfeita.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PORQUE SOFREMOS?



“Porque sofremos?” é pergunta que move o humano interessado em vida. Assim como motor, serve de lanterna para a consciência aos que desconfiam que a vida possa ser algo maior que aparenta em sua breve existência terrena.

Huberto Rohden explorou o tema com maestria na imprescindível obra “Porque sofremos?” disponível no seguinte link: PORQUE SOFREMOS?

Recentemente o tema foi abordado em uma série de palestras. Tendo em vista sua relevância assim como a correlação astrológica proposta pelos expositores, fiquem registradas as reflexões, como exercício de saúde, desde que visitados com coração: