A
função dos aspectos de sextil e trígono é revelar graus relativos de
consciência regenerada da humanidade. Eles são nossos pontos de iluminação;
nossos “impulsos em direção ao Bom maior” (sextil) e “realização do Bom manifesto”
(trígono). O sextil é o processo pelo qual o trígono é criado.
O
astrólogo filosoficamente inspirado nunca pensa ou se refere ao sextil e ao
trígono como aspectos de “sorte”, porque ele sabe que cada fator em um
horóscopo é um efeito de uma causa específica; a causa original foi,
obviamente, uma expressão em ação de um nível particular de consciência no
passado. Ele reconhece que todo sextil em um mapa representa certo trabalho de
regeneração que, iniciado no passado, foi trazido a tal ponto de eficiência que
ele agora se apresenta como um dínamo para a realização de mais e maiores
poderes regenerativos nesta encarnação. Ele reconhece que cada trígono é um
registro de equilíbrio no relacionamento entre dois fatores planetários; um
trígono é sempre o resultado de regeneração da consciência – ele nunca é um
afortunado “acidente de hereditariedade” de forma alguma ou em qualquer nível
de desenvolvimento.
Para
muitos, o sextil é considerado um aspecto “menor” ou “pequeno”; talvez esta
interpretação seja feita devido ao aspecto envolver apenas 60 graus – metade de
um trígono. Quando estudamos o símbolo do sextil somos alertados ao fato que o
sextil é tão “maior” quanto qualquer aspecto; quando reconhecemos sua
significância como figura das fases dinâmicas da evolução, percebemos que ele é
um dos mais importantes dentre todos os símbolos astrológicos, sendo aquele
pelo qual o astrólogo, ao compreendê-lo, pode oferecer maior auxílio aos que
estão procurando melhor percepção de suas próprias fontes de Luz.
A
forma geométrica essencial do símbolo do aspecto sextil é hexagonal – uma
figura de seis lados iguais que repousa, assim como a quadratura e o trígono,
sobre uma base horizontal. Os pontos de partida cíclicos da quadratura e do
trígono são o ponto médio e a cúspide da segunda casa, respectivamente; o
sextil “começa” no Ascendente – o primeiro fator que revela a qualidade
dinâmica essencial e significância do aspecto. Assim como o trígono, progressos
pelo hexágono é feito a partir de diagonais nos pontos de virada; uma diagonal
composta de horizontal e vertical implica na abstração de “para cima e para
frente sempre” – o símbolo da evolução espiritualizada.
A
primeira diagonal do hexágono corta através da primeira e segunda casas e
estabelece contato com a cúspide da terceira casa. Em outras palavras, ele
passa por um atalho através do potencial de desejo da segunda casa e
diretamente conecta o “EU SOU” do ascendente com o “Eu Penso” da terceira casa.
Seguindo adiante no hexágono vemos que as outras cinco linhas cortam através
das casas que abstratamente relacionadas com os signos de água e de terra e que
o símbolo todo tem, assim como seus pontos estruturais, as casas relacionadas
aos signos de fogo (Espírito) e de as (Mente). (Estas casas são também identificáveis
pelos dois pares de “relações paralelas” – primeira e sétima, terceira e nona –
mais as duas casas do potencial de poder do Amor – a quinta, e sua polaridade
espiritualizada, a décima primeira). O símbolo nos diz que o aspecto do sextil
representa os recursos propulsores dinâmicos e positivos da consciência humana
– ele corta através dos níveis do desejo e do instinto – colocando em expressão
aqueles fatores da consciência que neutralizam os miasmas nos recursos
subconscientes dos sentimentos intensos.
Os
símbolos da quadratura e dos trígonos são “fechados”, representando um estado
de consciência no qual algo definido foi alcançado. A quadratura é não
regeneração que se tornou “encarceramento” – ela deve ser forçosamente
afrouxada por agências regenerativas de modo que a evolução possa continuar; o
trígono é um nível específico de florescimento – um nível de sincronização
interior e equilíbrio. Ele será no tempo certo descristalizado assim como a
flor é descristalizada em seu próprio tempo, de forma que os novos processos de
vida da planta possam progredir. Os dois planetas envolvidos no aspecto do
trígono estão destinados a entrar em relação de trígono com outros planetas no
futuro, de forma que a qualidade “estática” da sua relação presente se tornará,
no tempo certo, sujeita às forças evolucionárias para a criação de novos
padrões de experiências a partir dos quais novos trígonos resultem.
Na experiência humana vemos esta
descristalização de trígonos representadas quando consideramos aquelas coisas
que representam felicidade, harmonia e contentamento para uma criança de 6 anos
e que não trazem satisfação para um homem de 40. Aquilo que pode representar o
florescimento de uma cultura de aborígenes na floresta pode parecer infantil
para uma pessoa que está se manifestando como membro de uma sociedade
verdadeiramente cultural. “Qualquer planeta em trígono com outro planeta”
representa essencialmente, um florescimento de consciência; mas, as manifestações dos trígonos são relativas
ao desenvolvimento evolucionário.
Quando
consideramos o símbolo do sextil, estamos olhando para uma figura de “linhas de
força”. Este símbolo, diferente de outros símbolos de aspectos, abre uma figura
de radiações a partir do centro. Uma vez que é aberto, há uma implicação de
indefinição de forma. Ele é de fato processo em progresso ao invés de algo
alcançado. As seis linhas – cúspides das casas de ar e fogo – representam uma
carga de nova luz e calor a partir do centro; não do centro em si, mas daquilo
que emana dele.
O
aspecto de sextil é o princípio de alavancagem e contraforça. Ele tem que ter
algo para trabalhar contra e, em relação aos níveis de consciência humanos, a
coisa contra a qual ele trabalha contra é sempre um estado não regenerado. Nós
não podemos permanecer em um estado específico indefinidamente; fazê-lo seria
assegurar estagnação. (Traduza “estagnação” significando “morte”). O aspecto de
sextil é o mecanismo pelo qual o Progresso Cósmico se expressa através de nós
para descristalizar congestões tornando possíveis as grandes mudanças
alquímicas de transmutação e liberação regenerada de potenciais.
Dois planetas em aspecto de quadratura denotam um estado
de inércia através da não regeneração; estas forças devem, se a Vida for
expressão progressiva através de uma pessoa, ser descristalizadas de forma que
as energias da alma possam ser redistribuídas tornando possível um
relacionamento harmonioso eventual como um trígono. Um planeta que faz sextil
com um dos dois planetas da quadratura é a agência alquímica – contraforça
contra a inércia da quadratura. A troca vibracional entre estes planetas é o
potencial de descristalização para redirecionamento das energias do planeta
quadrado. É como um produto químico colocado na água que torna o processo da
lavagem mais fácil e bem acabado, ou o líquido que amolece a
gordura de um cano, de forma que o cano pode mais facilmente drenar a água a
ser descartada. Quando os dois planetas de uma oposição estão respectivamente
trinados e sextilados por um terceiro planeta, é o planeta do sextil que está
sendo trabalhado pela agência regenerativa. Se você tiver a opostunidade de
estudar um mapa em que um planeta apresenta apenas faz sextil com outros
planetas, dê atenção muito especial a este planeta; pois seu cultivo depende
muito do desenvolvimento espiritual da pessoa; este planeta provê uma
siginificativa contraforça contra muito do que pode estar se apresentando como
não regeneração.
Dois planetas que se apresentam em um sextil não
aspectado contam uma história que em sua inter-relação evolucionária foram
permitidos a sair para um bom começo – uma indicação de percepção direta da
expressão regenerativa e uma bela promessa de florescimento para um
relacionamento de trígono não está longe no futuro. Entretanto, o trabalho
regenerativo deve ser expresso continuamente para fazer este florescimento
possível; complicações por padrões não regenerados podem resultar em “trabalho
arruinado”. Ajude esta pessoa a compreender os princípios destes dois planetas
de modo que possa saber como fazer trabalhar estas expressões particulares como
neutralizadores para outras vibrações do tipo não regenerado, e desenvolver
seus potenciais em relações de reciprocidade. Devemos dar atenção muito
cuidadosa ao estudo dos sextis e semi-sextis que encontrarmos em qualquer mapa;
nós reconhecemos que eles são os trabalhos da consciência regenerada para descristalizar
e redistribuir padrões energéticos que se tornaram estagnados na não
regeneração.
O símbolo do trígono, quando relacionado ao mapa
abstrato, coincide com as cúspides das casas 2,6 e 10 – um triângulo equilátero
que repousa sobre a base horizontal. Simétrico como o trígono de água, o
trígono de terra também representa, pela sua horizontalidade, uma paz – um
“descanso perfeito”. Neste símbolo vemos a consciência humana aproveitando os
frutos do esforço construtivo; após uma fase de redirecionamento, o pleno
florescimento é realizado e desfrutado – seja em momentos durante a encarnação
ou durante um ciclo de encarnação.
Alguns astrólogos correlacionam o símbolo do trígono com
o significado essencial do planeta Júpiter – devido, supõem-se, à “alegria” ou
“boa fortuna” pela qual eles identificam aquela vibração benevolente. Júpiter,
com todo devido respeito a suas inúmeras virtudes, é uma vibração dinâmica; o
trígono é equilibrado, uma indicação de harmonia interior, o florescimento da
consciência espiritualizada, uma percepção do Eu Superior – todos, resultados
de esforços transmutativos.
Aplique o triângulo com base horizontal ao mapa de doze
casas e perceba que, ciclicamente, ele começa na cúspide da segunda casa; ele viaja
através da cúspide da sexta casa e a seguir, diretamente para a cúspide da décima
casa. O mapa é a representação da evolução da consciência humana através de padrões
de experiência e, portanto o significado interior do trígono deve ser
encontrado na consideração das casas que ele abstratamente representa, e a
partir daí ser deduzida a vibração planetária com a qual mais proximamente ele corresponde.
Uma vez que o trígono representa resultado regenerado, vamos aplicar palavras
chave regeneradas às três casas envolvidas:
Segunda casa: “posse e desejo de posses” foram
transmutados para consciência da troca correta de dinheiro e bens materiais, serviço
perfeito e a resultante regeneração dos relacionamentos entre pessoas que
aprenderam a dirigir as trocas financeiras através do sentimento correto entre
as partes.
Sexta casa: A consciência de “Trabalho” é regenerada para
uma expressão de Serviço Amoroso como liberação dos potenciais da quinta casa;
como extensão da regeneração da segunda casa, pessoas que trabalham e pessoas para
as quais se trabalha estão em relação de equilíbrio e simpatia mútuos; as
trocas monetárias e de commodities estão balanceadas pelas trocas em valor de
trabalho; a consciência correta da troca monetária se correlaciona com a melhor
expressão do potencial de trabalho. “Capital versus Trabalho” é transmutado
para “Capital e Trabalho” harmoniosamente integrados como base – a linha
horizontal – para a estrutura vertical ao terceiro ponto que é:
A décima casa: a conquista de uma Sociedade perfeita,
incluindo e englobando as melhores expressões de todas as classes e níveis
evolutivos da humanidade. Uma vez que as casas de terra sucedem as casas de
fogo, configura-se a figura de que a sociedade perfeita é a manifestação dos
poderes de autoconsciência, amor e sabedoria de todas as pessoas. O aspecto do
trígono em um horóscopo individual representa uma percepção alcançada de algum nível
ou fase, da relação correta do indivíduo como o mundo em seu aspecto mais
amplo; o símbolo em si, como abstração do Grande Horóscopo, representa o
florescimento espiritual, cultural e econômico da humanidade, como uma entidade
(hierarquia), em seu caminho evolucionário.
Civilizações crescem, florescem e fenecem; indivíduos
crescem para, passam através e transcendem “pontos de descanso” em sua experiência
individual, mas o trígono é o ápice, a “conquista perfeita” – o florescer do
melhor na consciência individual ou coletiva. Sua correlação planetária não é Júpiter,
mas Vênus, o arquétipo da essência feminina da consciência – Harmonia, Amor e
Beleza destilados das lutas e crescimentos de todas as pessoas; mel destilado
do néctar das flores; a perfeição da linha, estrutura e cor do corpo humano
cultivado; o brilho e as irradiações da joia meticulosamente cortada: cultura
que representa o melhor das realizações da humanidade.
Através de seus trígonos você está consciente da sua consciência
de Deus – você está “sintonizado” com o seu melhor: a amplitude, beleza e
harmonia das suas condições exteriores são o reflexo de sua consciência regenerada.
Faça mais que simplesmente usufruir seus trígonos – compartilhe-os com todas as
pessoas que você contatar mantendo sua “consciência trina” viva e expressiva
sempre. Deste modo você não apenas compartilha seus tesouros, mas pelo poder
das vibrações simpáticas, você “ativa” outras pessoas para uma maior consciência
de seu Bom interior, estimulando os bons aspectos em seus mapas.