terça-feira, 6 de agosto de 2013

CAPÍTULO XXI - A SEGUNDA CASA

Livre tradução de: http://rosanista.users4.50megs.com/library01/siaeng27.htm
As condições pertinentes à segunda casa da roda da Carta focalizam muito daquilo que o astrólogo, em seu trabalho é chamado a interpretar. Uma vez que cada fase do horóscopo tem seu princípio particular, sugere-se que ampliemos nosso conceito da segunda casa para além da abordagem tradicional que a vê como dinheiro e posses.
            Em primeiro lugar para colocar a segunda casa no esquema das coisas, consideremos um mandala feito do seguinte modo. Uma roda com casas: coloque os símbolos de Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem nas seis primeiras cúspides; trace uma linha reta da cúspide da primeira à cúspide da quinta; trace outra linha da cúspide da quinta à cúspide da sétima. O setor das quatro primeiras casas corresponde ao 1º Grau da escola primária que todos nós cursamos na infância como base para nossa experiência educacional. O setor adicional da quinta e sexta casas poder-se-ia considerar correspondente à nossa educação colegial no 2º Grau, iniciada como é pelo impulso vital da quinta casa. O condicionamento interno indicado por estas seis primeiras casas encontra sua expressão no hemisfério superior, iniciado pela sétima casa, a casa da consciência de parceria; isto é análogo à experiência no mundo em que entramos após completarmos nossa educação formal; pomos nosso conhecimento a funcionar. O composto destas seis casas é o que trazemos a toda experiência da maturidade para regenerar e aperfeiçoar, assim como trazemos para as nossas experiências da maturidade como adultos todo o treinamento, condicionamento e cursos que fizemos em nossos anos de crescimento. As expressões não espiritualizadas das seis casas – particularmente das quatro primeiras – indicam a raiz quadrada essencial de todos os nossos problemas.
            Quando consideramos que a consciência humana primitiva expressa a quinta casa como expressão instintiva – como um recurso da quarta casa – ao invés de criatividade consciente, não é de admirar que a humanidade tenda a funcionar amplamente na consciência das cinco primeiras casas. Para a maioria das pessoas, até a sexta casa é uma expressão de sustento material ao invés de uma expressão de contribuição impessoal em serviços. Há tanto da consciência de relação humana primariamente arraigada na consciência de identidade da quarta casa com a família e raça, que as decisões são tomadas em termos de sentimento grupal ao invés de sê-lo pelos requerimentos de desenvolvimento pessoal e desejo de expressar a consciência de integridade pessoal. Como a consciência física é o reino no qual as pessoas tendem a viver, a segunda casa enfoca muito de seus padrões de experiência e padrões de problemas, porque a segunda casa é o símbolo essencial da consciência de sustento para toda a roda, concentrado por seu significado no setor das quatro primeiras casas. As três primeiras casas podem ser chamadas apropriadamente de quadrante da colheita – representando os processos do plano interno pelos quais nós nos integramos com a tríplice dimensão da manifestação física.
            “Posse” e “propriedade” são palavras que identificam a consciência da maioria das pessoas com a expressão de sua segunda casa. Contudo, o princípio real da segunda casa revela-se quando consideramos o ponto filosófico de que nós não possuímos, nem somos proprietários de, nenhuma coisa física. A única coisa que possuímos é a consciência. A qualidade dessa posse encontra-se em nossas reações a qualquer fase da vida; a regeneração depende da nossa capacidade de administrá-la. A vida da humanidade é uma coisa interna – a expressão material é seu veículo. Portanto, aquilo que chamamos “desejos de possuir coisas” é a maneira primitiva de dizer que desejamos experiências pelas quais possamos exercitar nossa faculdade de administração das formas físicas e o progresso proporcionado pela regeneração.
            Uma vez que cada fator encontrado na roda do horóscopo é uma coisa necessária na vida da humanidade, não existe fator que seja “errado” ou “mau”. A segunda casa – como um capítulo de experiência e um nível de consciência –, tanto quanto qualquer outra casa é um símbolo do Espírito. Ela transmite essencialmente a consciência emocional ou de desejo, pela qual a humanidade procura conseguir as coisas necessárias ao seu sustento. Dizer “Eu Tenho” é uma extensão da consciência da primeira casa, a consciência de “Eu Sou”. O impulso subjacente do “Eu Sou” é sustentar a si próprio – é ser capaz de continuar dizendo “Eu Sou” e perpetuar essa consciência no mundo da forma. Para algumas pessoas, “meus filhos” ou “minha esposa” são ditos com o mesmo grau de consciência de posse que dizem “meu dinheiro”. Ambas as frases implicam em auto-perpetuação e auto-expressão.
            A essência de qualquer fator astrológico encontra-se na consideração do princípio espiritual inerente ao fator. Como a segunda casa tem sua “espiritualidade” particular, vamos considerar três mandalas abstraídos da Carta natural ou arquetípica. (Esta é uma roda com os trinta graus de cada signo na casa apropriada, começando com Áries na primeira cúspide; os regentes planetários são relacionados às casas e signos de sua dignificação).
            O primeiro mandala será uma roda em branco, exceto para as cúspides das quatro primeiras casas que formam o primeiro quadrante. Os símbolos de Áries, Touro e Gêmeos são postos nas cúspides das três primeiras casas respectivamente. Nossas frases-chaves serão:
            Primeira casa: Eu sou uma consciência individualizada;
            Segunda casa: Eu desejo sustentar minha consciência nas dimensões físicas;
            Terceira casa: Eu aprendo como tornar possível esse sustento.
            Este quadrante de “colheita” representa nossos processos de “fincar raízes” em qualquer ciclo de evolução.
            Vênus, regente de Touro é regente abstrato da segunda casa, é o princípio da atração; seu significado relativo à segunda casa é o impulso de atrair para nós próprios os meios de sustento material ou o fluxo de abundância material. De nenhum outro modo é mais evidente a afirmativa de que nós não fazemos dinheiro. Na realidade fazemos algo em troca por dinheiro. Isto chama atenção para o arqui-princípio da vibração Venusiana: equilíbrio através da troca. Visto como uma expressão deste arqui-princípio, o dinheiro é troca material entre as pessoas; não uma posse material; em outras palavras, é algo recebido como retorno de algo feito. Neste ponto a essência do uso correto do dinheiro é o cumprimento perfeito do acordo mútuo. O Mandamento “Não furtarás” foi dado como uma regra de procedimento contra a tentação de violar-se a expressão material de um princípio universal.
            Para ampliar nossa apreciação da segunda casa, vamos ligá-la agora à outra casa que é regida abstratamente por Vênus através de Libra – a sétima casa.
            O mandala será: a roda de doze casas; os símbolos de Touro e Libra nas cúspides da segunda e sétima casa, respectivamente. O símbolo de Vênus em ambas as casas; sombreie levemente essas casas de modo que elas se destaquem das demais na roda. Temos aqui o arquétipo do mandala de Vênus – o retrato abstrato do foco de influência da deusa sobre a experiência de vida da humanidade. A segunda casa ilustra o Princípio de Atração na consciência do homem para atrair material para o sustento próprio; a sétima casa é a união de pessoas que se complementam mutuamente. Em outras palavras, a Vida, nos processos de relacionamento humano, alcança o equilíbrio através do intercâmbio amoroso entre complementares.
            Abstratamente, a sétima casa identifica todos os pares de doadores e credores. O empregado dá seu trabalho – o empregador dá o pagamento. A vida física do empregado é sustentada pelo uso do dinheiro que recebe; a vida da empresa do empregador é sustentada pelos esforços daqueles que trabalham para ele. Quando a mutualidade do bem é mantida em tais relacionamentos, todas as pessoas envolvidas beneficiam-se umas às outras através de trocas justas. Quando os princípios de qualquer dos fatores são violados, os resultados são desarmonia e desequilíbrio. Isto se evidencia em todos os planos – entre indivíduos, entre dois grupos ou entre duas nações.
            Devemos ter em mente que o dinheiro – nosso símbolo de posse material – é na realidade um “fluído” no sentido de que alguma forma de troca entre as pessoas acontece em toda parte e a toda hora. É como o sangue circulando pelo corpo físico para sustentar a vida física. Cessando ou congestionando-se a circulação de dinheiro na vida econômica, observe os resultados. Serão evidentes em qualquer lugar.
            A circulação do sangue no corpo físico começa com “produção”; e o “retorno” é feito quando o impulso inicial completa seu trabalho. A circulação do dinheiro entre as pessoas começa, primeiramente, quando algo é feito para que ele seja dado como pagamento. A humanidade, para funcionar com êxito financeiro, deve aprender a ter boa vontade para apresentar o melhor rendimento possível na qualidade do serviço a ser prestado. A sexta casa forma o primeiro aspecto de trígono com a segunda casa, sendo que a sexta casa introduz a sétima, símbolo do abstrato da experiência de relacionamento.
            O sucesso no ganho de dinheiro começa pela retidão mútua na consciência de troca e na consciência de serviço. A deficiência ou obscuridade dessas consciências garante eventualmente “problemas financeiros” na forma de remorso subconsciente, perda de confiança própria, desconfiança dos outros (lembranças de desonestidades passadas), avareza, e o tipo de extravagância que é toda “produção” sem levar em conta o equilíbrio da troca. Estes quadros financeiros negativos são resultados de ultrajes perpetrados no passado contra o Princípio de Intercâmbio Mútuo e são manifestações de desamor ao próximo. Esses quadros atuam como imãs para experiências negativas, perdas, limitações, e, até que sejam regenerados pelo princípio, asseguram a experiência contínua de negativos financeiros.
            O mandala de Vênus é a ilustração astrológica do dito: “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. Não ao dinheiro em si; porque o dinheiro por si mesmo não tem poder. Mas quando a consciência de uma pessoa está “enraizada” na segunda casa sua consciência de amor está enraizada no apego às suas posses.
            Portanto, a alquimia do Amor na relação dele com outras pessoas são bloqueadas e com o tempo, isto se congestiona a tal ponto que qualquer situação ou pessoa será vista como uma ameaça aos seus bens. Sua ganância, desconfiança, avareza, medo, etc., levam-no a criar imagens mentais muito deformadas das pessoas, e isto o leva automaticamente a afastá-las cada vez mais de si. O mal cresce a tal ponto que nossa consciência nos separa dos demais. Vemos, portanto que o dinheiro não é apenas um meio de troca material, mas pelo modo como é usado, dá uma indicação direta da consciência amorosa da pessoa.
            A pessoa pode gostar mais de possuir bens do que amar e respeitar as pessoas ou em certos padrões de relação – pais, esposa, filhos, etc. – pode exercitar uma bela consciência amorosa e nos negócios ter a consciência de um pirata; ou sua consciência pode estar integrada na finalidade de manter equilibrado e harmonioso o relacionamento com todas as pessoas. Podemos servir a Deus exercendo o redentor poder do Amor ou servir a Mamon escravizando-nos a ilusão de possuir as coisas. Enquanto esta ilusão dominar nossa consciência, atrairemos experiências negativas e dolorosas.
            Assim que tenhamos uma atitude e um relacionamento correto com as pessoas como o ponto focal da consciência, as correntes do poder do Amor iniciam um processo alquímico que liberta da escravidão de “ser possuído pelas posses”. A despeito do que qualquer outro faça cada ser humano deve, no devido tempo, dar-se conta do valor espiritual do reto uso do dinheiro. Quando chega esse tempo, manifesta a certeza de relacionamento correto entre as pessoas. A honestidade é um florescimento do coração humano pelo qual a consciência é capaz de interpretar as coisas da Vida pelo que elas são na realidade. As pessoas honestas veem as coisas como elas são quanto ao princípio e como expressões dos princípios. As pessoas verdadeiramente honestas, não precisam ser “legisladas” na ação honesta por leis ou pela ameaça de castigo; elas funcionam na consciência da troca e do respeito com outras pessoas de todas as maneiras.
            O processo envolvido na leitura astrológica pode ser enunciado deste modo: primeiro uma sólida compreensão do significado abstrato ou espiritual de cada fator na Carta; e segundo a aplicação da compreensão abstrata aos pormenores da Carta em consideração. Isto porque cada horóscopo humano é uma variação do Horóscopo Arquetípico que é o Grande Símbolo Vibratório da entidade que chamamos Humanidade. Este arquétipo é a roda de doze casas, com os símbolos dos signos colocados nas cúspides, começando com o grau zero de Áries na primeira, zero de Touro na segunda, e assim sucessivamente com os demais signos nas casas. Completa-se o Arquétipo com a colocação dos estelares nas casas e signos de suas dignificações. Cada fator é justamente tão importante quanto qualquer outro, uma vez que todos são expressões de consciência na encarnação. Todos são espirituais, todos são bons, e todos são necessários. Todo astrólogo deve fundamentar-se nesta compreensão se deseja desenvolver a habilidade para receber os potenciais espirituais delineados na Carta que estuda, assim como as causas e propósitos a serem descobertos.
            Desvendar os segredos da segunda casa é um dos mais significativos serviços que o astrólogo pode prestar porque a humanidade, em sua maior parte, vive escravizada ao desejo de posses. A consciência de posse é o nível primitivo do princípio da segunda casa; o princípio em si é a capacidade administrativa – a responsabilidade do uso certo e das trocas justas. Quando um horóscopo é lido do ponto de vista das posses, o fator acúmulo é enfatizado – ou pode ser enfatizado – na mente do nativo. O astrólogo não deve descuidar-se da oportunidade de alertar seu cliente para o princípio. É o conhecimento do princípio que abre a consciência para as soluções e reorientações.
            A faculdade da segunda casa pode ser vista claramente ao considerar-se o seguinte mandala: uma roda de doze casas; os símbolos de Áries, Touro, Gêmeos nas cúspides da primeira, segunda e terceira casas respectivamente; uma linha reta liga as cúspides da primeira e quarta casa, circunscrevendo assim as três primeiras casas. A segunda casa transmite uma implicação emocional, o desejo de sustentar a vida física. A terceira casa é mental, o processo de aprender como efetuar esse sustento. Nós sustentamos a vida física mediante o uso das coisas da Terra, não por nos apegarmos a elas. Em análise final, não podemos nos apegar a qualquer coisa física, mas o uso que fazemos das coisas físicas – inclusive o dinheiro – retrata nossa consciência de escravidão ao sentido de posse ou a liberdade íntima para usar as coisas da terra com juízo e inteligência.
            A leitura de qualquer Carta pode ser um assunto complicado. Classifiquemos os fatores que podem pertencer aos padrões da segunda casa, considerando-os em sequência. Esta classificação envolverá a criação de vários mandalas de luz branca. Use somente as posições planetárias por signo e casa, não os números dos graus; vamos tentar perceber o funcionamento do princípio através dos padrões da segunda casa, e não queremos limitar nossa percepção pelo efeito psicologicamente negativo de impressionar nossas mentes com os “maus” aspectos.
            Primeiro mandala: o símbolo do signo da segunda casa sobre a segunda cúspide; ponha o símbolo de seu regente planetário em seu correspondente signo e casa. Este é o “mandala essencial da segunda casa” de qualquer horóscopo; ele transmite pelo signo na cúspide, a consciência da pessoa em relação ao dinheiro e às posses; a posição do seu regente indica onde e em que capacidade esta consciência vai achar sua mais completa realização do poder de atrair os meios terrenos através do exercício da troca perfeita. Isto serve também para delinear o departamento de experiência que focalizará o melhor da consciência financeira da pessoa e, essencialmente, mostra até que ponto o nível espiritual de capacidade administrativa é expresso ou pode ser expresso pela pessoa. Mostra também a tendência da pessoa em expressar possessividade ou o uso da posse.
            Segundo mandala (ou grupo): um mandala para cada estelar na segunda casa e no signo da segunda casa. Ponha os símbolos dos signos nas cúspides das casas regidas por esses estelares. Tais estelares focalizam a consciência de posse muito mais intensamente que qualquer outro padrão, pois o capítulo de experiência sincroniza-se com o padrão da consciência. Este mandala enfatiza muito fortemente as experiências financeiras; tais experiências podem incluir finanças em propriedades, em investimentos; em suma, todo tipo de experiências que sejam focalizações da consciência financeira. A regeneração das casas regidas pelos estelares depende definitivamente da regeneração da consciência de posse.
            Terceiro mandala: um mandala para cada estelar no signo da segunda casa, mas na primeira casa. Esta é uma fase da consciência financeira em formação. O desenvolvimento pessoal – ou desenvolvimento da personalidade – nesta encarnação é preparar experiência financeira para o futuro. A habilidade financeira é vista mais como um ponto de avaliação pessoal do que como a faculdade de aquisição por si mesma.
            Quarto mandala: estelares na segunda casa, mas no signo da terceira casa: a educação e o desenvolvimento mental são focalizados através de experiências financeiras. Disciplinas mentais vão ser encontradas em experiências relacionadas com o ganhar dinheiro. Em tal padrão a abordagem tende a ser colorida pela qualidade do desejo de obter e reter. Os terceiros e quarto mandalas são padrões de repercussão, pois os estelares assim colocados estão em casas que precedem aquela a que estão relacionados por signo. O quarto mandala nos informa que a pessoa ainda não está – até certo ponto – puramente integrada na mentalização abstrata ou impessoal; ela tende a “pensar em termos de seus desejos de posse e avaliação financeira”.
            Estes quatro mandalas focalizam os padrões de experiência da segunda casa. O desenvolvimento harmonioso deste fator em nossa experiência terrena fica demonstrado a ser de enorme significância para o crescimento anímico quando recordamos que a segunda casa é o primeiro passo na formação do Grande Trígono do Elemento Terra. A base deste trígono é a horizontal que liga a cúspide da segunda casa à cúspide da sexta casa; a implicação simbólica é que o Princípio do Serviço Perfeito (uma fase da consciência impessoal) depende diretamente do exercício justo da consciência monetária. O ápice do trígono de Terra é a décima casa – a Sociedade e suas expressões aperfeiçoadas como uma entidade universal. Os defeitos da segunda e da sexta casa asseguram defeitos na décima. A frase “Capital (segunda casa) versus Trabalho (sexta casa)” é tão negativa quanto qualquer coisa pode ser. Ela deve se tornar “Capital e Trabalho”, funcionando juntos na troca perfeita entre todos os fatores para que o ápice de qualquer sociedade ou civilização possa alcançar o melhor. A regência natural – ou abstrata – da décima casa por Saturno e a exaltação deste em Libra – signo regido por Vênus, e que também abstratamente rege a segunda casa – é algo sobre o que todos nós podemos meditar. Ela ilustra o sentido essencial da palavra civilização: “Relações civis entre todas as pessoas em seus procedimentos com as coisas terrenas e em todas as trocas pertinentes a estas”.
            Não obstante o signo na segunda cúspide e os estelares envolvidos deve-se ter em mente que Vênus é o símbolo arquetípico da segunda casa como um fator de consciência espiritual. Neste ponto é apropriado dizer que os regentes naturais ou abstratos, dos signos e casas condensam - ou concentram – o sentido esotérico das casas como capítulos de nosso desenvolvimento. Por conseguinte, nossa consideração sobre a leitura da segunda casa não pode ser completa sem estudarmos as posições e padrões de Vênus; além disso, devemos intensificar nossa consciência do significado de Vênus como o “Princípio do Equilíbrio” (Harmonia e Equilíbrio) através das trocas.
            Quinto mandala – o mandala de Vênus: Touro na segunda cúspide, Libra na sétima cúspide. Estude este mandala girando a roda de tal maneira que cada cúspide, por sua vez, torne-se o Ascendente. Observe como os dois signos – formando o aspecto de 150º - relacionam-se à roda como um todo nessas diferentes posições. Touro e Libra compõem a “consciência do dinheiro” e a “consciência de relação”. O princípio, conforme dito antes é “Equilíbrio através da mutualidade de dar e receber” – o Princípio do Matrimônio. Medite sobre o mandala de Vênus de qualquer Carta que lhe peçam para interpretar, do ponto de vista financeiro, para chegar às raízes da consciência básica de troca do nativo. As posições de Vênus por casa e signo – não importando seus aspectos – dar-lhe-ão um indício sobre as razões esotéricas para a manifestação de falta ou insuficiência de dinheiro. Os estelares que afligem Vênus devem ser regenerados se a raiz da consciência de pobreza tiver de ser removida. As aflições a Vênus mostram somente como a pessoa, em suas encarnações anteriores, expressaram desequilíbrio e desarmonia em suas relações com outras pessoas. As condições referentes à segunda casa são especialmente para esta encarnação, mas Vênus é o símbolo arquetípico do relacionamento certo em todas as fases e em todos os planos. Ajude o individuo a tornar-se mais cônscio da verdade deste princípio. Fazer isso é uma de suas maiores responsabilidades.
            Concluindo esta exposição: utilize as palavras-chave espirituais dos estelares quando eles expressem as condições de regência ou ocupação da segunda casa; isto assegura a percepção do propósito esotérico do dinheiro nesta encarnação da pessoa. Não o enfraqueça tomando decisões financeiras por ele – fazer isso é uma violação do seu próprio Princípio de Serviço. Alerte-o para a sua própria consciência do Princípio, e encoraje-o a tomar o seu próprio caminho (financeiro), seguir nos caminhos do exercício de sua inteligência financeira o melhor possível, com boa vontade, honestidade, e perfeito intercâmbio com todas as pessoas.